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Canto de Descanço

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Canto de Descanço Empty Canto de Descanço

Mensagem por Anna Kolhs Müller Sáb 27 Set - 10:32

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Anna Kolhs Müller
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Canto de Descanço Empty Re: Canto de Descanço

Mensagem por Mini Hoyer Looken Qui 22 Jan - 17:57


I have loved you since we were 18

all i can do it's say that these arms were made for holding you ★
Sábados eram meus dias santos. Por que? Porque eu podia me permitir o luxo de não ser atormentada. Mas mesmo sem a presença de alunos enchendo minha cabeça tinha que me dedicar a eles e suas atividades acadêmicas. Pelo menos a mansão era bem mais agradável e confortável que o castelo. Encontrava-me jogada na cama do canto mais útil do lugar, o de descanso. Abri e fechei os dedos dos pés, aliviando-os da tensão dos meus saltos. Coloquei os sapatos, com cuidado, ao meu lado na cama e tirei as lentes, enfiando-as de um jeito mais delicado ainda dentro dos saltos. Pisquei, me lembrando como era bom não sentir algo nos meus olhos.

Já haviam se passado umas duas horas e eu ainda estava com a cara enfiada nos trabalhos, mas pelo menos já estava na metade do alfabeto. Leo McCartney. Como esse menino sabe de feitiços! Mas, claro, todos sabiam depois de terem presenciado tamanha batalha. Alguma coisa caiu na minha frente na cama, fazendo com que os papeis da minha mão - os quais eu não segurava com firmeza - voassem por todos os lados e meus sapatos caíssem no chão com um estrondo. Droga! - Minhas lentes! -  Disse alto, já que nunca fora característica minha gritar, mesmo em tamanha situação. Me abaixei apenas para constatar que os sapatos havia girado e caído em cima da lente, quebrando-as. - Por Merlin... - Murmurei estressada, imaginando quem havia causado o estrago. Levantei-me, dando de cara exatamente com quem eu esperava ver. - Simon! - Repreendi num tom irritado. Ele nunca tinha noção dos estragos que causava.

Peguei as lentes do chão, me abaixando rapidamente. Tinha acabado de lembrar que estava sem ela na frente de alguém. E pior: dele. Sim, nós havíamos namorado na adolescência e ele fora minha grande paixão, mas isso não excluía ele dentre a dominação "ninguém" de quando eu mencionava o número de pessoas que sabiam do meu probleminha genético. Na realidade, eu não mencionava muito esse "ninguém" exatamente porque não tinha com quem conversar sobre meus olhos.

Pigarreei, tendo certeza que Simon estava parado, de pé, olhando para mim de cima. - Você pode ir embora? - Perguntei no auge da minha vergonha. Não estava mesmo afim de explicar tudo isso para alguém. - Por favor, grifino! - Pedi como um impulso, choramingando. Mas é claro que isso só fez com que ele quisesse me ajudar mais ainda. Me levantei com a ajuda de Simon e me sentei na cama de frente pra ele, respirando fundo. Ele parou e hesitou por um instante antes de perguntar o que havia comigo. Como ele podia ser tão lerdo assim? Era tão claro o quanto ele gostava de mim, sempre fora, mas agora acabara se transformar em uma dúvida.  - Não está vendo nada diferente? Em mim? - Perguntei, incrédula. Ele apontou para o meu cabelo e fez um comentário.  - Meu cabelo? Sim mas... - Comecei a responder, mas fui interrompida pela sua risada. Não podia acreditar que ele estava me fazendo de boba. Tinha notado e estava brincando! Simon era realmente o Peter Pan, o garoto que nunca cresce. E o pior de concluir algo assim é perceber, junto a isso, que era por isso que eu o amava.

Me joguei em cima de Simon, socando-o, com os punhos afiadíssimos, compreendendo cada parte descoberta enquanto dizia repetidas vezes para que ele não brincasse comigo. Ele riu e tentou me segurar e me afastar ao mesmo tempo, sem força, concentração ou equilíbrio para evitar cair deitado, o que era uma grande desvantagem para ele, visto que agora era mais fácil socá-lo. Mas de algum jeito ele conseguiu segurar meus dois pulsos e me imobilizar. E então estávamos perto demais. Droga, droga, droga! Não ceda, Minnie! -Você quebrou as minhas lentes. - Foi a coisa mais corta-clima que consegui encontrar para dizer, mas saiu como um sussurro. Nada entre nós conseguia cortar o clima, não havia nada que pudesse ser dito, nada que Simon não desse seu jeito de retrucar e deixar mais romântico ainda. -Você está delirando. - Insisti, gritando para o meu cérebro para que ele fosse útil e fizesse com que qualquer parte, qualquer parte, se mexesse, mas ele não me obedecia, porque meu coração gritava mais alto do que meus pensamentos, me explicando que, depois de anos, agora ele é quem estava no comando.


★ VERA
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Mensagem por Simon Czarevich O'Brady Qui 22 Jan - 19:00



since we were 18

Não conseguia parar de pensar em como Alasca estava agindo de um jeito estranho e já imaginava porque. No meio de uma das minhas aulas da semana eu chamara por ela quando esta levantou a mão, mas ela disse que seu nome era Julietta. Então fui checar a ficha e não era uma brincadeira da minha irmã. Existia outra garota, exatamente como ela, mas chamada Julietta. Como ela havia acabado de passar para a minha classe, só percebera isso agora. Alasca devia ter percebido e a cabeça dela devia estar uma confusão. Eu tinha que ajudar a minha irmã, só não sabia como. Respirei fundo, deixando minhas pernas me conduzirem a minha parte favorita dos jardins para pensar.

E se já era minha parte favorita, acabara de se tornar a melhor de todas, sem dúvida. Mini estava sentada, com as pernas esticadas sob a cama. Estava tão concentrada que podia enxergar sua inconfundível e característica ruga na testa. Uma graça. Tão linda que eu não pude me conter, era como se ela me chamasse. Quase pude ver seus cabelos no tom vermelho que ela costumava amar usar na adolescência. Minha ruivinha agora era a loira de ninguém. Sorri, andando calmamente ao seu encontro. Estava tão hipnotizado que apenas cai na cama, me sentando enquanto a observava, o que fez com que ela se assustasse e a cama se movesse, despertando-a de seu transe e bagunçando tudo. Minnie parecia desesperada e eu não entendia tamanho tumulto. Ela gritava por suas lentes. Mas que lentes? A visão da corvina sempre fora perfeita, sem o indício nenhum de miopia ou astigmatismo. Levantei-me, esperando que ela se acalmasse. — Eu! — Confirmei, enquanto ela se levantava e tentava gritar. Mas não conseguia. Mini sempre fora assim: não conseguia se manifestar do jeito que queria, com firmeza e intensidade. E isso era adorável, excluindo o fato de que eu nunca sabia o que ela sentia.  — Mini o que... — Comecei, me referindo as lentes e olhando nos seus olhos, que pareciam mudar de cor. Mas fui interrompido pelo seu movimento brusco e repentino em direção ao chão.

Continuei em pé, no mesmo lugar que estivera, observando-a com o olhar sob seu corpo encolhido no chão. Pigarreando, a professora pediu para que eu fosse embora. Como ela conseguia ser tão indiferente, sempre, e nunca soar realmente indiferente? — Não, Minnie. — Respondi, usando seu nome certo. Será que essa menina vestida de mulher não conseguia entender que nada no mundo vai fazer ele deixá-la? E ela também não entendia as coisas que faziam meu coração disparar. — Você me chamou de grifino. — Comentei, como se não fosse algo obvio. Queria pedir para que ela repetisse, mas me contentei em me abaixar a sua frente e ajudá-la a se levantar. Olhei bem no fundo dos seus olhos, sentindo o mundo ao meu redor derreter. Seus olhos, foi ai que eu percebi, me eram desconhecidos. Eu definitivamente não fazia ideia do que era amor, o amor que sente-se ao olhar nos olhos dela até agora. Olhos que eram de cores diferentes, como as fases do nosso amor, mas os dois continuavam sendo olhos e nossas fases continuavam sendo amor. Mini estava tão desgovernada, tão perdida e contida, como se quisesse se esconder de mim afinal. — O que há com você? — Perguntei, respirando fundo e colocando uma mecha de seu cabelos atrás de sua orelha. Surpreso, percebi que ela estava amedrontada, se perguntando se eu não estava notando seus olhos. Claro que sem dizer com essas palavras, porque ela nunca era tão clara. Coloquei outra mecha dela atrás da orelha, agora a do lado oposto. — Seu cabelo agora é dourado — Comentei, apontando para este, observando sua reação. E... Ponto pro Simon! Mini caiu e eu não pude evitar de rir antes da hora.

Foi engraçado como ela se sentiu ofendida e pulou em cima de mim, me jogando deitado na cama e me socando por inteiro. Não conseguia me defender, impossibilitado pelos risos. Ela era mais forte do que eu me lembrava, mas consegui segurar um de seus pulsos na metade de um soco e capturei o outro enquanto ela mirava. Girei-a, ficando sob ela de um jeito que a imobilizasse. Claro que a marrenta esquentada não gostou. Estávamos muito perto. Perto demais. Eu tinha que abaixar e beijá-la, mas não queria levar um tapa ou que ela ficasse mais distante. Era melhor ser amigo dela do que um nada. Mas eu simplesmente não conseguia. E ela tentava cortar o clima que existia entre nós. Impossível. — Ainda bem, porque seus olhos são lindos — Balbuciei, totalmente hipnotizado por aqueles olhos nada comuns. Ela riu, incrédula. Claro que não acreditava, para ela nenhum cara era capaz de amar uma mulher imperfeita. — Gosto de ver que você não é tão perfeita quanto parece — Comentei, soltando-a. Mini não fez nada, nem se moveu. Toquei seu rosto, presenciando a reação imediata dela. — Assim eu posso te alcançar — Expliquei, hesitando até não poder mais. E então me abaixei devagar, esperando que ela pedisse para parar, mas Minnie nada fez. Logo a única opção que me restou foi finalmente tocar meus lábios nos dela.
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