Aulas
4 participantes
Página 1 de 1
Aulas
É um tópico off criado para mostrar a vocês como era em Beauxbatons (RPG)
E pra vocês acompanharem como uma fanfic ♥
E pra vocês acompanharem como uma fanfic ♥
Marie-Angèlie Thévenet- Rank: Saint Mungu's
- Mensagens : 150
Idade : 27
Data de inscrição : 13/02/2012
Perfil Escolar
Escola/Casa:
Ano Escolar: Concluído
Varinha:
Re: Aulas
(voo)
in your eyes i see all my strength ☠
but I can see them also my insecurity
Depois do almoço passei um tempo na biblioteca, já que tinha sido injustamente suspensa da aula de Artes e Cassidy não. Abri uns dois ou três livros e fui passando os olhos nas páginas, examinando as imagens destes. Haviam algumas de bruxos duelando, outras de castelos, principalmente os das escola, Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. Perguntei-me mentalmente como seria na Durmstrang, uma escola só para garotos com algumas garotas admitidas, pelo que ouvia. Diziam que o ensino era rigoroso. O de Beauxbatons era tão... Tão livre e relaxado. Se não quisesse fazer alguma aula, era simplesmente não ir. Fácil. Eu, ao contrário de alguns folgados, gostava de comparecer e enfrentar o perigo de algumas das aulas. Queria passar de ano e me divertir com uma das minhas melhores amigas, Cassidy. Era tão divertido quando estavamos juntas e fazíamos brincadeiras e palhaçadas no meio da aula, quando ela reclamava e me irritava e quando eu quase metia a mão na cara dela.
Sai da biblioteca de cabeça baixa e fui até o campo, onde teria aula de voo. Me sentei na grama, verdinha e levemente molhada. Tirei um chiclete de melancia do bolso e masquei, observando uma movimentação de alunos e a professora chegando. Olhei para os lados a procura de Cassidy. A professora já chegara e dava um 'bom dia' não tão caloroso como de outros professores. Meus olhos zig-zaguearam pelo campo. Nada (?) Fiz o mesmo caminho, correndo os olhos da minha direita, até minha esquerda, onde um ser me olhava com os olhos forçadamente vesgos. Dei um pulo com o susto. Xinguei baixo, para que a professora não percebesse. - Se você me matar do coração não vai ter dupla, retardada. - Comentei, revirando os olhos. Tinha a capacidade de prestar atenção ao meu redor e ao mesmo tempo na fala dos professores isso facilitava em 99% da aula. - É claro que você vai comigo. - Respondi-a. Aquela garota se achava a top, só pode ser, mas, pelo amor de Merlin, vamos concordar, mais ou menos tudo nela é egocêntrico, então já não tinha problemas com isso. Eu sempre tinha as respostas na língua, então ou ela se calava ou eu ia ser obrigada a usá-las. Até era fácil conviver com Cassidy assim: você escuta ela, revira os olhos e dá uma resposta digna. - E eu não te perguntei. - Respondi, maldosamente, revirando os olhos. Isso deixava Cassy indignada e consideravelmente - tipo, completamente - furiosa.
Owens nos orientou sobre como seria o 'jogo' de quadribol. Isso era muito injusto. Artilheira e artilheira no mesmo time? Mas como eu sou a Lucy diva.com e capitã do time da Pax eu tinha prioridades. Cassidy que se virasse. Cheguei a cabeça perto de sua orelha, onde um brinco brilhava a luz do sol e quase me cegava. - Desculpe, Cassy, mas as artilheiras devem ser as mais divas. Então, desculpe ter que te jogar a real, batedora. - Ela deu sinal de que diria algo, então caí deitada na grama, fugindo de sua fala. Rezei para que a professora não me visse ali deitada e viesse brigar comigo ou tirar pontos da Paxllité.
Tá, a ideia da professora era legal, mas o que há com aquela mulher, cara? Não respira pra falar não? É sempre vamos fazer isso e é assim, daí blá blá blá... Assim não acompanho, tenha santa paciência. Ou calma, né, porque... Ela nos disse que haviam uniformes nos vestiários, elásticos de cabelo, bastões e mais um monte de bugigangas que poderíamos precisar. Sorri maleficamente. Tinha as cartas na manga. Íamos ganhar os cinco pontos pra Pax e o que mais poderia nos ajudar era a agilidade para nos aprontarmos. Não precisaríamos de primeiros socorros. Cassidy, pelo que lembrava, uma vez havia me ajudado como batedora então tinha alguma experiência.
Após um desejo de boa sorte, ela mandou que nos trocássemos. Sentei-me e Cassidy se adiantou, já em pé. Ela virou-se para ir ao vestiário, trocar as roupas. - Psiu! - Chamei-a. Ela voltou e virou-se para mim, com as sobrancelhas arqueadas. Estendi os braços e elas primeiramente se negou a ajudar que me levantasse. Suspirei. Como eu tinha uma amiga anta. - Olha só, me ajuda e a gente ganha isso. - Propus, apesar de não ser uma proposta havia soado como uma. Ela me estendeu as mãos e eu segurei-as, deixando com que me puxasse. Levantei-me mas não soltei uma de suas mãos, pelo contrário puxei-a pela mão até o vestiário. Quanto menos tempo perdêssemos mais pontos seríamos capazes de fazer.
Não imaginei que as garotas eram, não sei, agiam menos como os garotos achavam, tipo, nada haver essa coisa de Amor frágil. Quando chegamos ao vestiário estava tudo uma zona, as meninas mal conseguiam vestir as roupas. Algumas até pegavam tamanhos menores sei lá pra que. Nos vestimos no máximo com um minuto e pouco. Não perdi meu tempo arrumando o cabelo. Ele se encontrava trançado, mas a trança estava meio desfiada, okay, mas não iria perder meu tempo com ela novamente. Esperei a lerda da Cassidy se arrumar. Não que ela não soubesse vestir o uniforme como o resto ou se preocupasse em quebrar as unhas... Pensando bem, não tenho certeza se ela não estava preocupada com as unhas. Enfim, é que ela amava enrolar. Não de proposito, mas como precisava se fingir de diva tinha que estar bela como uma. Me sentei no banco esperando até ela finalmente, por milagre, conseguir se vestir.
Saímos para o campo com uma grande vantagem de tempo a frente das outras garotas. Não conseguia parar de pensar nos pontos. E em como isso já estava me dando fome. Afastei os pensamentos de gorda pra longe. Analisei as vassouras. Ok, eram todas iguais, mas eu queria escolher a que me chamasse mais atenção. Cas se adiantou, mas eu coloquei meu braço a sua frente. Ela teimou e se virou para uma vassoura, estendo a mão, mas eu a puxei. Cassidy me olhava agressivamente como se dissesse: 'Ei, perdi alguma coisa? Ou você quer perder um olho?' Sorri amigavelmente para ela. - Querida, se eu vou ter você como batedora, tenho o direito de ter a vassoura que eu ache mais segura - Forcei um olhar de 'óbvio, não?', porém ela continuou indiferente. Suspirei e me voltei para a vassoura que ela iria escolher antes e estendi a mão para ela, pegando-a. Pude perceber o olhar fuzilante de Cassy sobre mim, mas ignorei, apenas rindo baixo.
Subi na vassoura e dei impulso. Subi apenas alguns metros, o vento frio batendo leve e delicadamente no meu rosto, como se pedisse permissão para passar. Não havia sensação melhor. Comecei a rir do nada. Aquilo tudo era tão agradável e eu simplesmente amava tudo isso. Me sentia tão bem comigo mesma... Eu quase caía da vassoura enquanto ria, mas não conseguia controlar o impulso. Vi o suposto goleiro de brinquedo nos aros e aquilo só me fez rir mais ainda. Eu ia ter que enfrentar um boneco. Oh, Merlin, vamos ao ataque dos bonecos! Tenho que matá-lo antes que ele defenda a bola. Comecei a rir e não conseguia parar, por mais que tentasse e quisesse, era inevitável.
Do nada surge um ser voando ao meu lado e começa a gritar comigo. Eu não entendia completamente nada do que Cassidy dizia, era como se nem entrasse na minha cabeça e ela estivesse tão ocupada em rir que não conseguia raciocinar nem pensar em mais nada. Eu sabia que ela gritava comigo, é claro, mas o que nunca cheguei a descobrir. A única coisa que ouvi, logo que comecei a parar de rir foi ela gritando algo com 'TÁ LOUCONA, FILHA?'. Respirei fundo, ainda dando algumas risadinhas. - Eu sou loucona, mãe - Respondi-a. Ela bateu o bastão na mão. Olhei para estes como uma demente. - Hm... Bastão - Pronto. Tinha dado a oportunidade perfeita pra Cassy e suas ironias. Só o que me faltava. Revirei os olhos pela milésima vez e segurei o cabo da vassoura com mais força. A goles debaixo do meu braço. "Vamos, gatita, respira, é assim...", a voz de Quinn ecoou na minha cabeça. Ótimo. Olhei para baixo, tentando disfarçar para Cassidy.
As lágrimas começaram a rolar e era inevitável que qualquer um que estivesse próximo não ouvisse os soluços. Cassy voou até mim e segurou meus braços, me tranquilizando e perguntando o que havia. Eu balançava a cabeça negativamente por um motivo qualquer. Ela me aconchegava e perguntava-me qual o problema, se eu estava bem, o que tinha acontecido e mais um turbilhão de coisas. Passei as mãos no rosto, detendo e limpando as lágrimas. - Não é nada. - Não, Quinn não é nada. Eu a odiava por ter me feito sofrer sofrer tanto. Não iria me mostrar fraca pra sempre. Nem pensar.
Nos preparamos para o mini jogo. Corri com a goles pelo campo, o goleiro mexia-se nos aros. Cassidy vinha em meu alcance, com seu bastão preparado. Um balaço passou raspando na minha cabeça, mas Cass o rebateu. Fiquei com medo de que ela caísse com a força com que bateu nele, mas eu conheço aquela Campbell e ela sabia se virar. Voei o mais depressa para os aros e arremessei no da ponta. O goleiro defendeu. Droga. Virei meu rosto para olhar nos olhos de Cassy. Ela me incentivou, afirmando com a cabeça.
Respirei fundo e mergulhei. O goleiro, no aro central, olhou pra baixo me procurando, mas eu não estava no campo de visão dele. Subi rapidamente por trás dele e lancei a goles de frente no aro da direita. Ele se enfureceu, com uma cara de boneco encapetado e um balaço quase teria me acertado se Cassy, como um ninja não tivesse aparecido na minha frente e rebatido.
Voei mais rapidamente, saindo do centro novamente, e fingi que jogaria a goles para um lado, fiz menção de jogar para o outro, ele correu para defender aquele lado, mas na verdade joguei na primeira opção. Pensei que os botões nos olhos dele escondiam raios lazer, porque, santo Merlin, vou te dizer. Depois disso fui usando minhas táticas até que marcamos cinco pontos divamente.
Mergulhamos até chegarmos ao chão e Cassidy se dirigiu a minha frente, em direção a professora. Ela exalava superioridade. E quem disse que não era? Digo, não éramos? Ela se dirigiu a professora com todo o seu blá-blá-blá, de: 'de nada pela demonstração, professora' e 'eu sei que sou diva, mas quero meus cinco pontos'. Eu apenas ri, dei o braço a ela e me virei para a professora igualmente. - Tá, tia, não precisa ficar surpresa, agora, vá lá, cinco pontos pra Paxllité. Se precisar trago até torcida, mas dispensa a gente, fazendo o favor... - Pedi. Ela nos olhou com uma certa cara de desaprovação e nos mandou embora. Soltei um longo 'Eh!' e fomos nos trocar saltitando, para sair dali.
Sai da biblioteca de cabeça baixa e fui até o campo, onde teria aula de voo. Me sentei na grama, verdinha e levemente molhada. Tirei um chiclete de melancia do bolso e masquei, observando uma movimentação de alunos e a professora chegando. Olhei para os lados a procura de Cassidy. A professora já chegara e dava um 'bom dia' não tão caloroso como de outros professores. Meus olhos zig-zaguearam pelo campo. Nada (?) Fiz o mesmo caminho, correndo os olhos da minha direita, até minha esquerda, onde um ser me olhava com os olhos forçadamente vesgos. Dei um pulo com o susto. Xinguei baixo, para que a professora não percebesse. - Se você me matar do coração não vai ter dupla, retardada. - Comentei, revirando os olhos. Tinha a capacidade de prestar atenção ao meu redor e ao mesmo tempo na fala dos professores isso facilitava em 99% da aula. - É claro que você vai comigo. - Respondi-a. Aquela garota se achava a top, só pode ser, mas, pelo amor de Merlin, vamos concordar, mais ou menos tudo nela é egocêntrico, então já não tinha problemas com isso. Eu sempre tinha as respostas na língua, então ou ela se calava ou eu ia ser obrigada a usá-las. Até era fácil conviver com Cassidy assim: você escuta ela, revira os olhos e dá uma resposta digna. - E eu não te perguntei. - Respondi, maldosamente, revirando os olhos. Isso deixava Cassy indignada e consideravelmente - tipo, completamente - furiosa.
Owens nos orientou sobre como seria o 'jogo' de quadribol. Isso era muito injusto. Artilheira e artilheira no mesmo time? Mas como eu sou a Lucy diva.com e capitã do time da Pax eu tinha prioridades. Cassidy que se virasse. Cheguei a cabeça perto de sua orelha, onde um brinco brilhava a luz do sol e quase me cegava. - Desculpe, Cassy, mas as artilheiras devem ser as mais divas. Então, desculpe ter que te jogar a real, batedora. - Ela deu sinal de que diria algo, então caí deitada na grama, fugindo de sua fala. Rezei para que a professora não me visse ali deitada e viesse brigar comigo ou tirar pontos da Paxllité.
Tá, a ideia da professora era legal, mas o que há com aquela mulher, cara? Não respira pra falar não? É sempre vamos fazer isso e é assim, daí blá blá blá... Assim não acompanho, tenha santa paciência. Ou calma, né, porque... Ela nos disse que haviam uniformes nos vestiários, elásticos de cabelo, bastões e mais um monte de bugigangas que poderíamos precisar. Sorri maleficamente. Tinha as cartas na manga. Íamos ganhar os cinco pontos pra Pax e o que mais poderia nos ajudar era a agilidade para nos aprontarmos. Não precisaríamos de primeiros socorros. Cassidy, pelo que lembrava, uma vez havia me ajudado como batedora então tinha alguma experiência.
Após um desejo de boa sorte, ela mandou que nos trocássemos. Sentei-me e Cassidy se adiantou, já em pé. Ela virou-se para ir ao vestiário, trocar as roupas. - Psiu! - Chamei-a. Ela voltou e virou-se para mim, com as sobrancelhas arqueadas. Estendi os braços e elas primeiramente se negou a ajudar que me levantasse. Suspirei. Como eu tinha uma amiga anta. - Olha só, me ajuda e a gente ganha isso. - Propus, apesar de não ser uma proposta havia soado como uma. Ela me estendeu as mãos e eu segurei-as, deixando com que me puxasse. Levantei-me mas não soltei uma de suas mãos, pelo contrário puxei-a pela mão até o vestiário. Quanto menos tempo perdêssemos mais pontos seríamos capazes de fazer.
Não imaginei que as garotas eram, não sei, agiam menos como os garotos achavam, tipo, nada haver essa coisa de Amor frágil. Quando chegamos ao vestiário estava tudo uma zona, as meninas mal conseguiam vestir as roupas. Algumas até pegavam tamanhos menores sei lá pra que. Nos vestimos no máximo com um minuto e pouco. Não perdi meu tempo arrumando o cabelo. Ele se encontrava trançado, mas a trança estava meio desfiada, okay, mas não iria perder meu tempo com ela novamente. Esperei a lerda da Cassidy se arrumar. Não que ela não soubesse vestir o uniforme como o resto ou se preocupasse em quebrar as unhas... Pensando bem, não tenho certeza se ela não estava preocupada com as unhas. Enfim, é que ela amava enrolar. Não de proposito, mas como precisava se fingir de diva tinha que estar bela como uma. Me sentei no banco esperando até ela finalmente, por milagre, conseguir se vestir.
Saímos para o campo com uma grande vantagem de tempo a frente das outras garotas. Não conseguia parar de pensar nos pontos. E em como isso já estava me dando fome. Afastei os pensamentos de gorda pra longe. Analisei as vassouras. Ok, eram todas iguais, mas eu queria escolher a que me chamasse mais atenção. Cas se adiantou, mas eu coloquei meu braço a sua frente. Ela teimou e se virou para uma vassoura, estendo a mão, mas eu a puxei. Cassidy me olhava agressivamente como se dissesse: 'Ei, perdi alguma coisa? Ou você quer perder um olho?' Sorri amigavelmente para ela. - Querida, se eu vou ter você como batedora, tenho o direito de ter a vassoura que eu ache mais segura - Forcei um olhar de 'óbvio, não?', porém ela continuou indiferente. Suspirei e me voltei para a vassoura que ela iria escolher antes e estendi a mão para ela, pegando-a. Pude perceber o olhar fuzilante de Cassy sobre mim, mas ignorei, apenas rindo baixo.
Subi na vassoura e dei impulso. Subi apenas alguns metros, o vento frio batendo leve e delicadamente no meu rosto, como se pedisse permissão para passar. Não havia sensação melhor. Comecei a rir do nada. Aquilo tudo era tão agradável e eu simplesmente amava tudo isso. Me sentia tão bem comigo mesma... Eu quase caía da vassoura enquanto ria, mas não conseguia controlar o impulso. Vi o suposto goleiro de brinquedo nos aros e aquilo só me fez rir mais ainda. Eu ia ter que enfrentar um boneco. Oh, Merlin, vamos ao ataque dos bonecos! Tenho que matá-lo antes que ele defenda a bola. Comecei a rir e não conseguia parar, por mais que tentasse e quisesse, era inevitável.
Do nada surge um ser voando ao meu lado e começa a gritar comigo. Eu não entendia completamente nada do que Cassidy dizia, era como se nem entrasse na minha cabeça e ela estivesse tão ocupada em rir que não conseguia raciocinar nem pensar em mais nada. Eu sabia que ela gritava comigo, é claro, mas o que nunca cheguei a descobrir. A única coisa que ouvi, logo que comecei a parar de rir foi ela gritando algo com 'TÁ LOUCONA, FILHA?'. Respirei fundo, ainda dando algumas risadinhas. - Eu sou loucona, mãe - Respondi-a. Ela bateu o bastão na mão. Olhei para estes como uma demente. - Hm... Bastão - Pronto. Tinha dado a oportunidade perfeita pra Cassy e suas ironias. Só o que me faltava. Revirei os olhos pela milésima vez e segurei o cabo da vassoura com mais força. A goles debaixo do meu braço. "Vamos, gatita, respira, é assim...", a voz de Quinn ecoou na minha cabeça. Ótimo. Olhei para baixo, tentando disfarçar para Cassidy.
As lágrimas começaram a rolar e era inevitável que qualquer um que estivesse próximo não ouvisse os soluços. Cassy voou até mim e segurou meus braços, me tranquilizando e perguntando o que havia. Eu balançava a cabeça negativamente por um motivo qualquer. Ela me aconchegava e perguntava-me qual o problema, se eu estava bem, o que tinha acontecido e mais um turbilhão de coisas. Passei as mãos no rosto, detendo e limpando as lágrimas. - Não é nada. - Não, Quinn não é nada. Eu a odiava por ter me feito sofrer sofrer tanto. Não iria me mostrar fraca pra sempre. Nem pensar.
Nos preparamos para o mini jogo. Corri com a goles pelo campo, o goleiro mexia-se nos aros. Cassidy vinha em meu alcance, com seu bastão preparado. Um balaço passou raspando na minha cabeça, mas Cass o rebateu. Fiquei com medo de que ela caísse com a força com que bateu nele, mas eu conheço aquela Campbell e ela sabia se virar. Voei o mais depressa para os aros e arremessei no da ponta. O goleiro defendeu. Droga. Virei meu rosto para olhar nos olhos de Cassy. Ela me incentivou, afirmando com a cabeça.
Respirei fundo e mergulhei. O goleiro, no aro central, olhou pra baixo me procurando, mas eu não estava no campo de visão dele. Subi rapidamente por trás dele e lancei a goles de frente no aro da direita. Ele se enfureceu, com uma cara de boneco encapetado e um balaço quase teria me acertado se Cassy, como um ninja não tivesse aparecido na minha frente e rebatido.
Voei mais rapidamente, saindo do centro novamente, e fingi que jogaria a goles para um lado, fiz menção de jogar para o outro, ele correu para defender aquele lado, mas na verdade joguei na primeira opção. Pensei que os botões nos olhos dele escondiam raios lazer, porque, santo Merlin, vou te dizer. Depois disso fui usando minhas táticas até que marcamos cinco pontos divamente.
Mergulhamos até chegarmos ao chão e Cassidy se dirigiu a minha frente, em direção a professora. Ela exalava superioridade. E quem disse que não era? Digo, não éramos? Ela se dirigiu a professora com todo o seu blá-blá-blá, de: 'de nada pela demonstração, professora' e 'eu sei que sou diva, mas quero meus cinco pontos'. Eu apenas ri, dei o braço a ela e me virei para a professora igualmente. - Tá, tia, não precisa ficar surpresa, agora, vá lá, cinco pontos pra Paxllité. Se precisar trago até torcida, mas dispensa a gente, fazendo o favor... - Pedi. Ela nos olhou com uma certa cara de desaprovação e nos mandou embora. Soltei um longo 'Eh!' e fomos nos trocar saltitando, para sair dali.
Lucy Bradd. Campbell- Monitor Paxlitté
- Mensagens : 39
Idade : 26
Data de inscrição : 07/08/2014
Re: Aulas
We are the champions, my friends
And bad mistakes, I've made a few, I've had my share of sand, Kicked in my face, But I've come through, And we mean I to go on and on and on and on, We are the champions, my friends, And we'll keep on fighting, Till the end, We are the champions, We are the champions, No time for losers, 'Cause we are the champions of the world, I've taken my bows, And my curtain calls, You brought me fame and fortune, And everything that goes with it, I thank you all -------------------------------- ♦
Fim da aula de artes, o que eu teria que fazer agora? Ah, realmente era uma droga não conseguir decorar horários. Andei em passos curtos até a comunal da Paxllité, subindo em seguida ao dormitório, com o objetivo de encontrar Lucy e ver meu próximo horário. Quando adentrei o dormitório, estava completamente vazio. Ah, claro, o que a gorda da Lucy faria em um horário vago? Comeria, bem óbvio. Dei uma olhada rápida em meu horário que estava em cima da cama; teria voo. Olhei-me no espelho. Com certeza não conseguiria fazer de sapatilha. Fui até as coisas de Lulis, ela sempre estava com um tipo de bota diferente e calçávamos o mesmo número, então não havia mal algum em pegar emprestado, ela só descobriria mais tarde mesmo. Calcei qualquer uma das botas divas dela e coloquei a varinha dentro, saindo correndo em seguida. Teria dez minutos para achar minha gatinha e puxá-la até o campo de quadribol.
Correr do quarto andar de um castelo até o subsolo não é uma coisa tão fácil quanto a maioria das pessoas imaginam. 'Ah, são só alguns lances de escada, que mal tem?'. É, com certeza alguns lances de escada, mais alguns metidos do segundo ano atrapalhando o trânsito, conhecidos te parando para pedir autógrafo... E depois de tudo isso eu só consegui chegar á cozinha em sete minutos. -O que a senhorita deseja? -um mini ser apareceu do nada em minha frente. Duncan, meu amigo das madrugadas de assalto a cozinha. -A Lulis tá por aqui, Duncan?-perguntei passando os olhos por toda a cozinha. -Por incrível que pareç... Opa, desculpe Duncan, senhorita. E não, sua amiga não está aqui.-falou se encolhendo. Murmurei um 'obrigada' e saí correndo para o campo, onde aquela menina havia se metido?
Quando cheguei ao campo de quadribol, a professora já estava falando com alunos ali presentes. Caminhei praticamente na ponta dos pés tentando fazer com que ela não percebesse meu atraso. Olhei para o pessoal que estava ali, procurando Lucinda. Achei um ser pequeno com o cabelo trançado, só poderia ser ela. Aproveitei sua distração e sentei-me ao seu lado silenciosamente. Fiquei vesga de propósito e fiz um biquinho exagerado. Ri ao ver o susto que minha amiga levou. -Então pode morrer, sabe quantas pessoas querem fazer dupla comigo? -perguntei jogando os cabelos para trás e fazendo uma cara de indiferença totalmente falsa. Bem óbvio que se Lucy morresse eu morreria junto. De uns tempos para cá ela havia se tornado minha base de energia para que eu conseguisse levantar da cama a cada dia e olhasse para as pessoas entediantes daquele colégio. Com Lucy tudo se tornava mais... feliz. -Ah, você me paga. -ela sabia o quanto respostas como aquela me deixavam completamente irritada.
Tia Isa explicava como seria o joguinho de quadribol que faríamos naquela aula. Ah, finalmente uma coisa legal na escola. Mas... Pera. Eu sou artilheira, certo? Lucy é artilheira, certo? Nós duas jogaríamos juntas, certo? Ah, com certeza já sabia quem seria a batedora, afinal, sempre sobre pra mim né? Mas, ok. Não trocaria de dupla apenas porque não colocaria a vida de Lucy nas mãos de qualquer um. Ia concordar, mas antes que eu fizesse isso minha amiga caiu do nada no chão. Ser normal pra que quando se poder ser uma Lucy da vida, né?
A professora falou que no vestiário estariam os uniformes, coisinhas de cabelo e etc. A mulher não parava de falar por um segundo, sério, ela raramente respirava. Pude até ouvir alguns comentários de um menino da Lucttore do tipo 'ela tem esse fôlego todo e poderia usá-lo para me beijar'. Demência, essa palavra resumia o guri.
Depois de nos desejar boa sorte -coisa que eu e Lucy não precisaríamos tendo em vista que éramos divas até no quadribol- Isabelle mandou que nos vestíssemos para o jogo. Enquanto Lucy ainda estava deitada, levantei e comecei a caminhar em direção a um lugar onde um monte de meninas frescas estariam com pena de amarrar o cabelo porque marcaria. Mereço? Continuei andando até ouvir um 'psiu'. Virei-me para o lado de onde o som havia vindo e arqueei as sobrancelhas. Encontrei uma Lucy com os braços estendidos, para que eu a levantasse. -Eu não, larga de preguiça e levanta sozinha, fia. -falei bocejando forçadamente. Ouvi a proposta e, mesmo sabendo que ganharíamos aquilo de qualquer jeito, voltei e a levantei. Quando ia soltar suas mãos a doida saiu me puxando até o vestiário.
Lá dentro estava uma zona só. Era uma ajudando a outra a prender o cabelo, outras remendando o esmalte ou gritando por ter quebrado a unha, outras pegando uniformes tão curtos e apertador que eu tinha certas dúvidas se elas conseguiriam respirar por mais alguns minutos. Fui logo pegando meu uniforme e vestindo. Certo, eu podia não ser tão lerda para me arrumar quanto as patricinhas ali presentes, mas eu tinha que me arrumar direito. Depois de já vestida, prendi meu cabelo em um rabo e tirei meus acessórios. Peguei o espelho que uma menina estava usando pra tirar as sobrancelhas e conferi meu visual: estava diva como sempre.
Puxei Lucy para o campo e fomos quase correndo até o amontoado de vassouras. Mesmo com a vantagem que estávamos em comparação as 'lindas' do dormitório, tínhamos que garantir os pontos para nossa casa de qualquer jeito. Eu já fui logo me adiantando e escolhendo minha vassoura. Tudo bem, segundo a professora eram todas iguais, mas nunca se sabe, não é? Lucy, porém, atrapalhou meus planos colocando o braço em minha frente. Ah, para! Bufando, me virei para a vassoura ao meu lado. Parecia ser a mais bonitinha ali. Estendi o braço para pegar, mas fui puxada bruscamente pela gatinha da Lucinda. Semicerrei os olhos agressivamente e fechei o punho, que droga! Lucy foi lá e pegou a MINHA vassoura. Na moral, Lucy só podia ser débil, por que né... Fui lá e peguei uma vassoura qualquer apenas na vontade de perguntar qual era o problema de Lucy logo. Quando já estava passando a perna por cima da vassoura para voar, lembrei que teria que pegar um bastão ainda. Suspirando, fui caminhando até a professora rapidamente. -Owens, onde eu acho um bastão? -perguntei impaciente. Ela apontou para notavelmente menos de bastões atrás da de vassouras. Corri até lá e peguei o que parecia ser o maior. Finalmente, pronta para voar, subi na vassoura, pegando impulso logo em seguida.
Voei em paz por uns dois minutos, apenas sentindo o vento bater em meu rosto. Não sabia a quantos tempo não voava assim, apenas por voar. Voar sempre me trouxe uma sensação de liberdade. Eu poderia ir pra onde quisesse, quando quisesse. Bastava subir na vassoura e voar. A solução para todos os meus problemas se encontrava em um pedaço de madeira.
Mas o momento de descanso acabou rapidamente. Encontrei Lucy rindo sozinha. -VOCÊ PIROU GURIA? PRIMEIRO NÃO ME DEIXA SER A ARTILHEIRA, DEPOIS PEGA A MINHA VASSOURA E DEPOIS FICA RINDO SOZINHA PELOS CANTOS? TA LOUCONA, FIA? -gritei, sabendo que o vento abafava a minha voz. Certo, Lucy nunca foi normal e, desde que eu conheço ela, ela tem crises desse tipo. Mas eu não podia perder a oportunidade e isso era fato. -Não, imagina, não é um bastão. É um cotonete!-indaguei ironicamente e pude ver Lucy revirar os olhos. Bem capaz de ficar vesga com tantas reviradas de olhos. Mas então ela abaixou a cabeça do nada, coisa que ela só fazia quando ia chorar. Aproximei-me com delicadeza e segurei seus braços. -Ei, princesa, não fica assim não. Calma, não chora. O que aconteceu, Lulis? Ein? Por favor, não fica assim. -falei com uma voz extremamente compreensiva. Não gostava de ver a razão do meu viver daquele jeito. Ninguém gosta de ver a pessoa que ama triste ou chorando. Ela disse que não era nada e eu apenas afirmei com a cabeça, esperaria ela se acalmar e a noite falaria com ela.
Então, o mini-jogo estava prestes a começar. Subi o mais alto que pude, observando o campo. Os goleiros eram... ridículos. Com certeza o jogo já era nosso. O que um boneco pode fazer contra a capitã do time de quadribol da Paxllité? Nada, exatamente nada. O boneco não, mas os balaços sim, e era pra isso que eu estava ali, protegeria minha princesinha não importa o que tivesse que fazer para que ela saísse vive dali, nem que apenas ela saísse viva.
Lucy voava maravilhosamente bem e eu ia em seu encalce, preparada para jogar qualquer balaço inconveniente para a China. Vi um balaço quase batendo em Lucy, então usei toda a minha força para rebatê-lo para longe dela. A força usada foi tanta que meu corpo tombou paro o lado, fazendo a vassoura virar comigo. Antes que ficasse parada de ponta cabeça, dei impulso e fiz a vassoura voltar ao normal. Minha amiga já estava perto dos aros e arremessou, mas o goleiro conseguiu defender. Boneco maldito. Lucy virou-se para mim e eu balancei a cabeça de forma positiva, como se dissesse 'vai, você consegue'.
Lucy então arremessou a goles por trás do goleiro, que se enfureceu. A essa altura eu já estava voando normalmente até ela para prevenir, mas então vi um balaço indo em sua direção. Inclinei o corpo para frente, aumentando a velocidade da vassoura 10x mais. Quando finalmente cheguei a frente dela, o balaço já estava perto demais. Segurei o bastão com as duas mãos e o rebati com tanta força que um segundo depois ele já não estava mais a vista. Respirei fundo aliviada e voltei a acompanhar Lucinda de perto. Ela foi marcando gol por gol e eu apenas gritava e ria da cara do boneco horroroso e recalcado que ficava se mordendo de raiva. Balaços rebatidos pra lá, balaços rebatidos pra cá e o jogo acabou.
Fomos descendo calmamente até chegarmos perto dos outros alunos ali. Larguei minha vassoura no chão, desamarrei o cabelo e prendi novamente, empinei o nariz e coloquei um sorriso sarcástico no rosto e fui andando até a professora. -Eai, Owens, curtiu a demonstração? De nada, de nada... Por favor, não fique assustada com minha divosidade, basta dar meus cinco pontos e você não vai ser alvo dela. Opa, to brincando. -ri. -Mas sério, quero meus cinco pontos. -uma expressão totalmente séria tomou conta do meu rosto e Lucy chegou, resumindo tudo que eu falei e pedindo para Isabelle nos liberar. Nada mais justo depois de termos ensinado os outros aluninhos a jogar quadribol divamente, certo? A professora mesmo com uma cara de 'se liguem, eu sou a professora aqui' nos liberou e eu e Lucy saímos em direção ao vestiário pulando. Ela, como sempre, comentando o quanto estava com fome e que precisaríamos passar na cozinha com urgência.
Correr do quarto andar de um castelo até o subsolo não é uma coisa tão fácil quanto a maioria das pessoas imaginam. 'Ah, são só alguns lances de escada, que mal tem?'. É, com certeza alguns lances de escada, mais alguns metidos do segundo ano atrapalhando o trânsito, conhecidos te parando para pedir autógrafo... E depois de tudo isso eu só consegui chegar á cozinha em sete minutos. -O que a senhorita deseja? -um mini ser apareceu do nada em minha frente. Duncan, meu amigo das madrugadas de assalto a cozinha. -A Lulis tá por aqui, Duncan?-perguntei passando os olhos por toda a cozinha. -Por incrível que pareç... Opa, desculpe Duncan, senhorita. E não, sua amiga não está aqui.-falou se encolhendo. Murmurei um 'obrigada' e saí correndo para o campo, onde aquela menina havia se metido?
Quando cheguei ao campo de quadribol, a professora já estava falando com alunos ali presentes. Caminhei praticamente na ponta dos pés tentando fazer com que ela não percebesse meu atraso. Olhei para o pessoal que estava ali, procurando Lucinda. Achei um ser pequeno com o cabelo trançado, só poderia ser ela. Aproveitei sua distração e sentei-me ao seu lado silenciosamente. Fiquei vesga de propósito e fiz um biquinho exagerado. Ri ao ver o susto que minha amiga levou. -Então pode morrer, sabe quantas pessoas querem fazer dupla comigo? -perguntei jogando os cabelos para trás e fazendo uma cara de indiferença totalmente falsa. Bem óbvio que se Lucy morresse eu morreria junto. De uns tempos para cá ela havia se tornado minha base de energia para que eu conseguisse levantar da cama a cada dia e olhasse para as pessoas entediantes daquele colégio. Com Lucy tudo se tornava mais... feliz. -Ah, você me paga. -ela sabia o quanto respostas como aquela me deixavam completamente irritada.
Tia Isa explicava como seria o joguinho de quadribol que faríamos naquela aula. Ah, finalmente uma coisa legal na escola. Mas... Pera. Eu sou artilheira, certo? Lucy é artilheira, certo? Nós duas jogaríamos juntas, certo? Ah, com certeza já sabia quem seria a batedora, afinal, sempre sobre pra mim né? Mas, ok. Não trocaria de dupla apenas porque não colocaria a vida de Lucy nas mãos de qualquer um. Ia concordar, mas antes que eu fizesse isso minha amiga caiu do nada no chão. Ser normal pra que quando se poder ser uma Lucy da vida, né?
A professora falou que no vestiário estariam os uniformes, coisinhas de cabelo e etc. A mulher não parava de falar por um segundo, sério, ela raramente respirava. Pude até ouvir alguns comentários de um menino da Lucttore do tipo 'ela tem esse fôlego todo e poderia usá-lo para me beijar'. Demência, essa palavra resumia o guri.
Depois de nos desejar boa sorte -coisa que eu e Lucy não precisaríamos tendo em vista que éramos divas até no quadribol- Isabelle mandou que nos vestíssemos para o jogo. Enquanto Lucy ainda estava deitada, levantei e comecei a caminhar em direção a um lugar onde um monte de meninas frescas estariam com pena de amarrar o cabelo porque marcaria. Mereço? Continuei andando até ouvir um 'psiu'. Virei-me para o lado de onde o som havia vindo e arqueei as sobrancelhas. Encontrei uma Lucy com os braços estendidos, para que eu a levantasse. -Eu não, larga de preguiça e levanta sozinha, fia. -falei bocejando forçadamente. Ouvi a proposta e, mesmo sabendo que ganharíamos aquilo de qualquer jeito, voltei e a levantei. Quando ia soltar suas mãos a doida saiu me puxando até o vestiário.
Lá dentro estava uma zona só. Era uma ajudando a outra a prender o cabelo, outras remendando o esmalte ou gritando por ter quebrado a unha, outras pegando uniformes tão curtos e apertador que eu tinha certas dúvidas se elas conseguiriam respirar por mais alguns minutos. Fui logo pegando meu uniforme e vestindo. Certo, eu podia não ser tão lerda para me arrumar quanto as patricinhas ali presentes, mas eu tinha que me arrumar direito. Depois de já vestida, prendi meu cabelo em um rabo e tirei meus acessórios. Peguei o espelho que uma menina estava usando pra tirar as sobrancelhas e conferi meu visual: estava diva como sempre.
Puxei Lucy para o campo e fomos quase correndo até o amontoado de vassouras. Mesmo com a vantagem que estávamos em comparação as 'lindas' do dormitório, tínhamos que garantir os pontos para nossa casa de qualquer jeito. Eu já fui logo me adiantando e escolhendo minha vassoura. Tudo bem, segundo a professora eram todas iguais, mas nunca se sabe, não é? Lucy, porém, atrapalhou meus planos colocando o braço em minha frente. Ah, para! Bufando, me virei para a vassoura ao meu lado. Parecia ser a mais bonitinha ali. Estendi o braço para pegar, mas fui puxada bruscamente pela gatinha da Lucinda. Semicerrei os olhos agressivamente e fechei o punho, que droga! Lucy foi lá e pegou a MINHA vassoura. Na moral, Lucy só podia ser débil, por que né... Fui lá e peguei uma vassoura qualquer apenas na vontade de perguntar qual era o problema de Lucy logo. Quando já estava passando a perna por cima da vassoura para voar, lembrei que teria que pegar um bastão ainda. Suspirando, fui caminhando até a professora rapidamente. -Owens, onde eu acho um bastão? -perguntei impaciente. Ela apontou para notavelmente menos de bastões atrás da de vassouras. Corri até lá e peguei o que parecia ser o maior. Finalmente, pronta para voar, subi na vassoura, pegando impulso logo em seguida.
Voei em paz por uns dois minutos, apenas sentindo o vento bater em meu rosto. Não sabia a quantos tempo não voava assim, apenas por voar. Voar sempre me trouxe uma sensação de liberdade. Eu poderia ir pra onde quisesse, quando quisesse. Bastava subir na vassoura e voar. A solução para todos os meus problemas se encontrava em um pedaço de madeira.
Mas o momento de descanso acabou rapidamente. Encontrei Lucy rindo sozinha. -VOCÊ PIROU GURIA? PRIMEIRO NÃO ME DEIXA SER A ARTILHEIRA, DEPOIS PEGA A MINHA VASSOURA E DEPOIS FICA RINDO SOZINHA PELOS CANTOS? TA LOUCONA, FIA? -gritei, sabendo que o vento abafava a minha voz. Certo, Lucy nunca foi normal e, desde que eu conheço ela, ela tem crises desse tipo. Mas eu não podia perder a oportunidade e isso era fato. -Não, imagina, não é um bastão. É um cotonete!-indaguei ironicamente e pude ver Lucy revirar os olhos. Bem capaz de ficar vesga com tantas reviradas de olhos. Mas então ela abaixou a cabeça do nada, coisa que ela só fazia quando ia chorar. Aproximei-me com delicadeza e segurei seus braços. -Ei, princesa, não fica assim não. Calma, não chora. O que aconteceu, Lulis? Ein? Por favor, não fica assim. -falei com uma voz extremamente compreensiva. Não gostava de ver a razão do meu viver daquele jeito. Ninguém gosta de ver a pessoa que ama triste ou chorando. Ela disse que não era nada e eu apenas afirmei com a cabeça, esperaria ela se acalmar e a noite falaria com ela.
Então, o mini-jogo estava prestes a começar. Subi o mais alto que pude, observando o campo. Os goleiros eram... ridículos. Com certeza o jogo já era nosso. O que um boneco pode fazer contra a capitã do time de quadribol da Paxllité? Nada, exatamente nada. O boneco não, mas os balaços sim, e era pra isso que eu estava ali, protegeria minha princesinha não importa o que tivesse que fazer para que ela saísse vive dali, nem que apenas ela saísse viva.
Lucy voava maravilhosamente bem e eu ia em seu encalce, preparada para jogar qualquer balaço inconveniente para a China. Vi um balaço quase batendo em Lucy, então usei toda a minha força para rebatê-lo para longe dela. A força usada foi tanta que meu corpo tombou paro o lado, fazendo a vassoura virar comigo. Antes que ficasse parada de ponta cabeça, dei impulso e fiz a vassoura voltar ao normal. Minha amiga já estava perto dos aros e arremessou, mas o goleiro conseguiu defender. Boneco maldito. Lucy virou-se para mim e eu balancei a cabeça de forma positiva, como se dissesse 'vai, você consegue'.
Lucy então arremessou a goles por trás do goleiro, que se enfureceu. A essa altura eu já estava voando normalmente até ela para prevenir, mas então vi um balaço indo em sua direção. Inclinei o corpo para frente, aumentando a velocidade da vassoura 10x mais. Quando finalmente cheguei a frente dela, o balaço já estava perto demais. Segurei o bastão com as duas mãos e o rebati com tanta força que um segundo depois ele já não estava mais a vista. Respirei fundo aliviada e voltei a acompanhar Lucinda de perto. Ela foi marcando gol por gol e eu apenas gritava e ria da cara do boneco horroroso e recalcado que ficava se mordendo de raiva. Balaços rebatidos pra lá, balaços rebatidos pra cá e o jogo acabou.
Fomos descendo calmamente até chegarmos perto dos outros alunos ali. Larguei minha vassoura no chão, desamarrei o cabelo e prendi novamente, empinei o nariz e coloquei um sorriso sarcástico no rosto e fui andando até a professora. -Eai, Owens, curtiu a demonstração? De nada, de nada... Por favor, não fique assustada com minha divosidade, basta dar meus cinco pontos e você não vai ser alvo dela. Opa, to brincando. -ri. -Mas sério, quero meus cinco pontos. -uma expressão totalmente séria tomou conta do meu rosto e Lucy chegou, resumindo tudo que eu falei e pedindo para Isabelle nos liberar. Nada mais justo depois de termos ensinado os outros aluninhos a jogar quadribol divamente, certo? A professora mesmo com uma cara de 'se liguem, eu sou a professora aqui' nos liberou e eu e Lucy saímos em direção ao vestiário pulando. Ela, como sempre, comentando o quanto estava com fome e que precisaríamos passar na cozinha com urgência.
Cassidy Rewards Campbell- Paxlitté
- Mensagens : 17
Idade : 26
Data de inscrição : 07/08/2014