Vassouras X Tapetes
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Mensagem por Marie-Angèlie Thévenet Qui 7 Ago - 19:42

É um tópico off criado para mostrar a vocês como era em Beauxbatons (RPG)
E pra vocês acompanharem como uma fanfic ♥
Marie-Angèlie Thévenet
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Mensagem por Lucy Bradd. Campbell Qui 7 Ago - 19:50

(voo)


in your eyes i see all my strength ☠
but I can see them also my insecurity

Depois do almoço passei um tempo na biblioteca, já que tinha sido injustamente suspensa da aula de Artes e Cassidy não. Abri uns dois ou três livros e fui passando os olhos nas páginas, examinando as imagens destes. Haviam algumas de bruxos duelando, outras de castelos, principalmente os das escola, Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. Perguntei-me mentalmente como seria na Durmstrang, uma escola só para garotos com algumas garotas admitidas, pelo que ouvia. Diziam que o ensino era rigoroso. O de Beauxbatons era tão... Tão livre e relaxado. Se não quisesse fazer alguma aula, era simplesmente não ir. Fácil. Eu, ao contrário de alguns folgados, gostava de comparecer e enfrentar o perigo de algumas das aulas. Queria passar de ano e me divertir com uma das minhas melhores amigas, Cassidy. Era tão divertido quando estavamos juntas e fazíamos brincadeiras e palhaçadas no meio da aula, quando ela reclamava e me irritava e quando eu quase metia a mão na cara dela.

Sai da biblioteca de cabeça baixa e fui até o campo, onde teria aula de voo. Me sentei na grama, verdinha e levemente molhada. Tirei um chiclete de melancia do bolso e masquei, observando uma movimentação de alunos e a professora chegando. Olhei para os lados a procura de Cassidy. A professora já chegara e dava um 'bom dia' não tão caloroso como de outros professores. Meus olhos zig-zaguearam pelo campo. Nada (?) Fiz o mesmo caminho, correndo os olhos da minha direita, até minha esquerda, onde um ser me olhava com os olhos forçadamente vesgos. Dei um pulo com o susto. Xinguei baixo, para que a professora não percebesse. - Se você me matar do coração não vai ter dupla, retardada. - Comentei, revirando os olhos. Tinha a capacidade de prestar atenção ao meu redor e ao mesmo tempo na fala dos professores isso facilitava em 99% da aula. - É claro que você vai comigo. - Respondi-a. Aquela garota se achava a top, só pode ser, mas, pelo amor de Merlin, vamos concordar, mais ou menos tudo nela é egocêntrico, então já não tinha problemas com isso. Eu sempre tinha as respostas na língua, então ou ela se calava ou eu ia ser obrigada a usá-las. Até era fácil conviver com Cassidy assim: você escuta ela, revira os olhos e dá uma resposta digna. - E eu não te perguntei. - Respondi, maldosamente, revirando os olhos. Isso deixava Cassy indignada e consideravelmente - tipo, completamente - furiosa.

Owens nos orientou sobre como seria o 'jogo' de quadribol. Isso era muito injusto. Artilheira e artilheira no mesmo time? Mas como eu sou a Lucy diva.com e capitã do time da Pax eu tinha prioridades. Cassidy que se virasse. Cheguei a cabeça perto de sua orelha, onde um brinco brilhava a luz do sol e quase me cegava. - Desculpe, Cassy, mas as artilheiras devem ser as mais divas. Então, desculpe ter que te jogar a real, batedora. - Ela deu sinal de que diria algo, então caí deitada na grama, fugindo de sua fala. Rezei para que a professora não me visse ali deitada e viesse brigar comigo ou tirar pontos da Paxllité.

Tá, a ideia da professora era legal, mas o que há com aquela mulher, cara? Não respira pra falar não? É sempre vamos fazer isso e é assim, daí blá blá blá... Assim não acompanho, tenha santa paciência. Ou calma, né, porque... Ela nos disse que haviam uniformes nos vestiários, elásticos de cabelo, bastões e mais um monte de bugigangas que poderíamos precisar. Sorri maleficamente. Tinha as cartas na manga. Íamos ganhar os cinco pontos pra Pax e o que mais poderia nos ajudar era a agilidade para nos aprontarmos. Não precisaríamos de primeiros socorros. Cassidy, pelo que lembrava, uma vez havia me ajudado como batedora então tinha alguma experiência.

Após um desejo de boa sorte, ela mandou que nos trocássemos. Sentei-me e Cassidy se adiantou, já em pé. Ela virou-se para ir ao vestiário, trocar as roupas. - Psiu! - Chamei-a. Ela voltou e virou-se para mim, com as sobrancelhas arqueadas. Estendi os braços e elas primeiramente se negou a ajudar que me levantasse. Suspirei. Como eu tinha uma amiga anta. - Olha só, me ajuda e a gente ganha isso. - Propus, apesar de não ser uma proposta havia soado como uma. Ela me estendeu as mãos e eu segurei-as, deixando com que me puxasse. Levantei-me mas não soltei uma de suas mãos, pelo contrário puxei-a pela mão até o vestiário. Quanto menos tempo perdêssemos mais pontos seríamos capazes de fazer.

Não imaginei que as garotas eram, não sei, agiam menos como os garotos achavam, tipo, nada haver essa coisa de Amor frágil. Quando chegamos ao vestiário estava tudo uma zona, as meninas mal conseguiam vestir as roupas. Algumas até pegavam tamanhos menores sei lá pra que. Nos vestimos no máximo com um minuto e pouco. Não perdi meu tempo arrumando o cabelo. Ele se encontrava trançado, mas a trança estava meio desfiada, okay, mas não iria perder meu tempo com ela novamente. Esperei a lerda da Cassidy se arrumar. Não que ela não soubesse vestir o uniforme como o resto ou se preocupasse em quebrar as unhas... Pensando bem, não tenho certeza se ela não estava preocupada com as unhas. Enfim, é que ela amava enrolar. Não de proposito, mas como precisava se fingir de diva tinha que estar bela como uma. Me sentei no banco esperando até ela finalmente, por milagre, conseguir se vestir.

Saímos para o campo com uma grande vantagem de tempo a frente das outras garotas. Não conseguia parar de pensar nos pontos. E em como isso já estava me dando fome. Afastei os pensamentos de gorda pra longe. Analisei as vassouras. Ok, eram todas iguais, mas eu queria escolher a que me chamasse mais atenção. Cas se adiantou, mas eu coloquei meu braço a sua frente. Ela teimou e se virou para uma vassoura, estendo a mão, mas eu a puxei. Cassidy me olhava agressivamente como se dissesse: 'Ei, perdi alguma coisa? Ou você quer perder um olho?' Sorri amigavelmente para ela. - Querida, se eu vou ter você como batedora, tenho o direito de ter a vassoura que eu ache mais segura - Forcei um olhar de 'óbvio, não?', porém ela continuou indiferente. Suspirei e me voltei para a vassoura que ela iria escolher antes e estendi a mão para ela, pegando-a. Pude perceber o olhar fuzilante de Cassy sobre mim, mas ignorei, apenas rindo baixo.

Subi na vassoura e dei impulso. Subi apenas alguns metros, o vento frio batendo leve e delicadamente no meu rosto, como se pedisse permissão para passar. Não havia sensação melhor. Comecei a rir do nada. Aquilo tudo era tão agradável e eu simplesmente amava tudo isso. Me sentia tão bem comigo mesma... Eu quase caía da vassoura enquanto ria, mas não conseguia controlar o impulso. Vi o suposto goleiro de brinquedo nos aros e aquilo só me fez rir mais ainda. Eu ia ter que enfrentar um boneco. Oh, Merlin, vamos ao ataque dos bonecos! Tenho que matá-lo antes que ele defenda a bola. Comecei a rir e não conseguia parar, por mais que tentasse e quisesse, era inevitável.

Do nada surge um ser voando ao meu lado e começa a gritar comigo. Eu não entendia completamente nada do que Cassidy dizia, era como se nem entrasse na minha cabeça e ela estivesse tão ocupada em rir que não conseguia raciocinar nem pensar em mais nada. Eu sabia que ela gritava comigo, é claro, mas o que nunca cheguei a descobrir. A única coisa que ouvi, logo que comecei a parar de rir foi ela gritando algo com 'TÁ LOUCONA, FILHA?'. Respirei fundo, ainda dando algumas risadinhas. - Eu sou loucona, mãe - Respondi-a. Ela bateu o bastão na mão. Olhei para estes como uma demente. - Hm... Bastão - Pronto. Tinha dado a oportunidade perfeita pra Cassy e suas ironias. Só o que me faltava. Revirei os olhos pela milésima vez e segurei o cabo da vassoura com mais força. A goles debaixo do meu braço. "Vamos, gatita, respira, é assim...", a voz de Quinn ecoou na minha cabeça. Ótimo. Olhei para baixo, tentando disfarçar para Cassidy.

As lágrimas começaram a rolar e era inevitável que qualquer um que estivesse próximo não ouvisse os soluços. Cassy voou até mim e segurou meus braços, me tranquilizando e perguntando o que havia. Eu balançava a cabeça negativamente por um motivo qualquer. Ela me aconchegava e perguntava-me qual o problema, se eu estava bem, o que tinha acontecido e mais um turbilhão de coisas. Passei as mãos no rosto, detendo e limpando as lágrimas. - Não é nada. - Não, Quinn não é nada. Eu a odiava por ter me feito sofrer sofrer tanto. Não iria me mostrar fraca pra sempre. Nem pensar.

Nos preparamos para o mini jogo. Corri com a goles pelo campo, o goleiro mexia-se nos aros. Cassidy vinha em meu alcance, com seu bastão preparado. Um balaço passou raspando na minha cabeça, mas Cass o rebateu. Fiquei com medo de que ela caísse com a força com que bateu nele, mas eu conheço aquela Campbell e ela sabia se virar. Voei o mais depressa para os aros e arremessei no da ponta. O goleiro defendeu. Droga. Virei meu rosto para olhar nos olhos de Cassy. Ela me incentivou, afirmando com a cabeça.

Respirei fundo e mergulhei. O goleiro, no aro central, olhou pra baixo me procurando, mas eu não estava no campo de visão dele. Subi rapidamente por trás dele e lancei a goles de frente no aro da direita. Ele se enfureceu, com uma cara de boneco encapetado e um balaço quase teria me acertado se Cassy, como um ninja não tivesse aparecido na minha frente e rebatido.

Voei mais rapidamente, saindo do centro novamente, e fingi que jogaria a goles para um lado, fiz menção de jogar para o outro, ele correu para defender aquele lado, mas na verdade joguei na primeira opção. Pensei que os botões nos olhos dele escondiam raios lazer, porque, santo Merlin, vou te dizer. Depois disso fui usando minhas táticas até que marcamos cinco pontos divamente.

Mergulhamos até chegarmos ao chão e Cassidy se dirigiu a minha frente, em direção a professora. Ela exalava superioridade. E quem disse que não era? Digo, não éramos? Ela se dirigiu a professora com todo o seu blá-blá-blá, de: 'de nada pela demonstração, professora' e 'eu sei que sou diva, mas quero meus cinco pontos'. Eu apenas ri, dei o braço a ela e me virei para a professora igualmente. - Tá, tia, não precisa ficar surpresa, agora, vá lá, cinco pontos pra Paxllité. Se precisar trago até torcida, mas dispensa a gente, fazendo o favor... - Pedi. Ela nos olhou com uma certa cara de desaprovação e nos mandou embora. Soltei um longo 'Eh!' e fomos nos trocar saltitando, para sair dali.

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Mensagem por Cassidy Rewards Campbell Qui 7 Ago - 19:54


We are the champions, my friends
And bad mistakes, I've made a few, I've had my share of sand, Kicked in my face, But I've come through, And we mean I to go on and on and on and on, We are the champions, my friends, And we'll keep on fighting, Till the end, We are the champions, We are the champions, No time for losers, 'Cause we are the champions of the world, I've taken my bows, And my curtain calls, You brought me fame and fortune, And everything that goes with it, I thank you all -------------------------------- ♦

Fim da aula de artes, o que eu teria que fazer agora? Ah, realmente era uma droga não conseguir decorar horários. Andei em passos curtos até a comunal da Paxllité, subindo em seguida ao dormitório, com o objetivo de encontrar Lucy e ver meu próximo horário. Quando adentrei o dormitório, estava completamente vazio. Ah, claro, o que a gorda da Lucy faria em um horário vago? Comeria, bem óbvio. Dei uma olhada rápida em meu horário que estava em cima da cama; teria voo. Olhei-me no espelho. Com certeza não conseguiria fazer de sapatilha. Fui até as coisas de Lulis, ela sempre estava com um tipo de bota diferente e calçávamos o mesmo número, então não havia mal algum em pegar emprestado, ela só descobriria mais tarde mesmo. Calcei qualquer uma das botas divas dela e coloquei a varinha dentro, saindo correndo em seguida. Teria dez minutos para achar minha gatinha e puxá-la até o campo de quadribol.

Correr do quarto andar de um castelo até o subsolo não é uma coisa tão fácil quanto a maioria das pessoas imaginam. 'Ah, são só alguns lances de escada, que mal tem?'. É, com certeza alguns lances de escada, mais alguns metidos do segundo ano atrapalhando o trânsito, conhecidos te parando para pedir autógrafo... E depois de tudo isso eu só consegui chegar á cozinha em sete minutos. -O que a senhorita deseja? -um mini ser apareceu do nada em minha frente. Duncan, meu amigo das madrugadas de assalto a cozinha. -A Lulis tá por aqui, Duncan?-perguntei passando os olhos por toda a cozinha. -Por incrível que pareç... Opa, desculpe Duncan, senhorita. E não, sua amiga não está aqui.-falou se encolhendo. Murmurei um 'obrigada' e saí correndo para o campo, onde aquela menina havia se metido?

Quando cheguei ao campo de quadribol, a professora já estava falando com alunos ali presentes. Caminhei praticamente na ponta dos pés tentando fazer com que ela não percebesse meu atraso. Olhei para o pessoal que estava ali, procurando Lucinda. Achei um ser pequeno com o cabelo trançado, só poderia ser ela. Aproveitei sua distração e sentei-me ao seu lado silenciosamente. Fiquei vesga de propósito e fiz um biquinho exagerado. Ri ao ver o susto que minha amiga levou. -Então pode morrer, sabe quantas pessoas querem fazer dupla comigo? -perguntei jogando os cabelos para trás e fazendo uma cara de indiferença totalmente falsa. Bem óbvio que se Lucy morresse eu morreria junto. De uns tempos para cá ela havia se tornado minha base de energia para que eu conseguisse levantar da cama a cada dia e olhasse para as pessoas entediantes daquele colégio. Com Lucy tudo se tornava mais... feliz. -Ah, você me paga. -ela sabia o quanto respostas como aquela me deixavam completamente irritada.

Tia Isa explicava como seria o joguinho de quadribol que faríamos naquela aula. Ah, finalmente uma coisa legal na escola. Mas... Pera. Eu sou artilheira, certo? Lucy é artilheira, certo? Nós duas jogaríamos juntas, certo? Ah, com certeza já sabia quem seria a batedora, afinal, sempre sobre pra mim né? Mas, ok. Não trocaria de dupla apenas porque não colocaria a vida de Lucy nas mãos de qualquer um. Ia concordar, mas antes que eu fizesse isso minha amiga caiu do nada no chão. Ser normal pra que quando se poder ser uma Lucy da vida, né?

A professora falou que no vestiário estariam os uniformes, coisinhas de cabelo e etc. A mulher não parava de falar por um segundo, sério, ela raramente respirava. Pude até ouvir alguns comentários de um menino da Lucttore do tipo 'ela tem esse fôlego todo e poderia usá-lo para me beijar'. Demência, essa palavra resumia o guri.

Depois de nos desejar boa sorte -coisa que eu e Lucy não precisaríamos tendo em vista que éramos divas até no quadribol- Isabelle mandou que nos vestíssemos para o jogo. Enquanto Lucy ainda estava deitada, levantei e comecei a caminhar em direção a um lugar onde um monte de meninas frescas estariam com pena de amarrar o cabelo porque marcaria. Mereço? Continuei andando até ouvir um 'psiu'. Virei-me para o lado de onde o som havia vindo e arqueei as sobrancelhas. Encontrei uma Lucy com os braços estendidos, para que eu a levantasse. -Eu não, larga de preguiça e levanta sozinha, fia. -falei bocejando forçadamente. Ouvi a proposta e, mesmo sabendo que ganharíamos aquilo de qualquer jeito, voltei e a levantei. Quando ia soltar suas mãos a doida saiu me puxando até o vestiário.

Lá dentro estava uma zona só. Era uma ajudando a outra a prender o cabelo, outras remendando o esmalte ou gritando por ter quebrado a unha, outras pegando uniformes tão curtos e apertador que eu tinha certas dúvidas se elas conseguiriam respirar por mais alguns minutos. Fui logo pegando meu uniforme e vestindo. Certo, eu podia não ser tão lerda para me arrumar quanto as patricinhas ali presentes, mas eu tinha que me arrumar direito. Depois de já vestida, prendi meu cabelo em um rabo e tirei meus acessórios. Peguei o espelho que uma menina estava usando pra tirar as sobrancelhas e conferi meu visual: estava diva como sempre.

Puxei Lucy para o campo e fomos quase correndo até o amontoado de vassouras. Mesmo com a vantagem que estávamos em comparação as 'lindas' do dormitório, tínhamos que garantir os pontos para nossa casa de qualquer jeito. Eu já fui logo me adiantando e escolhendo minha vassoura. Tudo bem, segundo a professora eram todas iguais, mas nunca se sabe, não é? Lucy, porém, atrapalhou meus planos colocando o braço em minha frente. Ah, para! Bufando, me virei para a vassoura ao meu lado. Parecia ser a mais bonitinha ali. Estendi o braço para pegar, mas fui puxada bruscamente pela gatinha da Lucinda. Semicerrei os olhos agressivamente e fechei o punho, que droga! Lucy foi lá e pegou a MINHA vassoura. Na moral, Lucy só podia ser débil, por que né... Fui lá e peguei uma vassoura qualquer apenas na vontade de perguntar qual era o problema de Lucy logo. Quando já estava passando a perna por cima da vassoura para voar, lembrei que teria que pegar um bastão ainda. Suspirando, fui caminhando até a professora rapidamente. -Owens, onde eu acho um bastão? -perguntei impaciente. Ela apontou para notavelmente menos de bastões atrás da de vassouras. Corri até lá e peguei o que parecia ser o maior. Finalmente, pronta para voar, subi na vassoura, pegando impulso logo em seguida.

Voei em paz por uns dois minutos, apenas sentindo o vento bater em meu rosto. Não sabia a quantos tempo não voava assim, apenas por voar. Voar sempre me trouxe uma sensação de liberdade. Eu poderia ir pra onde quisesse, quando quisesse. Bastava subir na vassoura e voar. A solução para todos os meus problemas se encontrava em um pedaço de madeira.

Mas o momento de descanso acabou rapidamente. Encontrei Lucy rindo sozinha. -VOCÊ PIROU GURIA? PRIMEIRO NÃO ME DEIXA SER A ARTILHEIRA, DEPOIS PEGA A MINHA VASSOURA E DEPOIS FICA RINDO SOZINHA PELOS CANTOS? TA LOUCONA, FIA? -gritei, sabendo que o vento abafava a minha voz. Certo, Lucy nunca foi normal e, desde que eu conheço ela, ela tem crises desse tipo. Mas eu não podia perder a oportunidade e isso era fato. -Não, imagina, não é um bastão. É um cotonete!-indaguei ironicamente e pude ver Lucy revirar os olhos. Bem capaz de ficar vesga com tantas reviradas de olhos. Mas então ela abaixou a cabeça do nada, coisa que ela só fazia quando ia chorar. Aproximei-me com delicadeza e segurei seus braços. -Ei, princesa, não fica assim não. Calma, não chora. O que aconteceu, Lulis? Ein? Por favor, não fica assim. -falei com uma voz extremamente compreensiva. Não gostava de ver a razão do meu viver daquele jeito. Ninguém gosta de ver a pessoa que ama triste ou chorando. Ela disse que não era nada e eu apenas afirmei com a cabeça, esperaria ela se acalmar e a noite falaria com ela.

Então, o mini-jogo estava prestes a começar. Subi o mais alto que pude, observando o campo. Os goleiros eram... ridículos. Com certeza o jogo já era nosso. O que um boneco pode fazer contra a capitã do time de quadribol da Paxllité? Nada, exatamente nada. O boneco não, mas os balaços sim, e era pra isso que eu estava ali, protegeria minha princesinha não importa o que tivesse que fazer para que ela saísse vive dali, nem que apenas ela saísse viva.

Lucy voava maravilhosamente bem e eu ia em seu encalce, preparada para jogar qualquer balaço inconveniente para a China. Vi um balaço quase batendo em Lucy, então usei toda a minha força para rebatê-lo para longe dela. A força usada foi tanta que meu corpo tombou paro o lado, fazendo a vassoura virar comigo. Antes que ficasse parada de ponta cabeça, dei impulso e fiz a vassoura voltar ao normal. Minha amiga já estava perto dos aros e arremessou, mas o goleiro conseguiu defender. Boneco maldito. Lucy virou-se para mim e eu balancei a cabeça de forma positiva, como se dissesse 'vai, você consegue'.

Lucy então arremessou a goles por trás do goleiro, que se enfureceu. A essa altura eu já estava voando normalmente até ela para prevenir, mas então vi um balaço indo em sua direção. Inclinei o corpo para frente, aumentando a velocidade da vassoura 10x mais. Quando finalmente cheguei a frente dela, o balaço já estava perto demais. Segurei o bastão com as duas mãos e o rebati com tanta força que um segundo depois ele já não estava mais a vista. Respirei fundo aliviada e voltei a acompanhar Lucinda de perto. Ela foi marcando gol por gol e eu apenas gritava e ria da cara do boneco horroroso e recalcado que ficava se mordendo de raiva. Balaços rebatidos pra lá, balaços rebatidos pra cá e o jogo acabou.


Fomos descendo calmamente até chegarmos perto dos outros alunos ali. Larguei minha vassoura no chão, desamarrei o cabelo e prendi novamente, empinei o nariz e coloquei um sorriso sarcástico no rosto e fui andando até a professora. -Eai, Owens, curtiu a demonstração? De nada, de nada... Por favor, não fique assustada com minha divosidade, basta dar meus cinco pontos e você não vai ser alvo dela. Opa, to brincando. -ri. -Mas sério, quero meus cinco pontos. -uma expressão totalmente séria tomou conta do meu rosto e Lucy chegou, resumindo tudo que eu falei e pedindo para Isabelle nos liberar. Nada mais justo depois de termos ensinado os outros aluninhos a jogar quadribol divamente, certo? A professora mesmo com uma cara de 'se liguem, eu sou a professora aqui' nos liberou e eu e Lucy saímos em direção ao vestiário pulando. Ela, como sempre, comentando o quanto estava com fome e que precisaríamos passar na cozinha com urgência.






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Mensagem por Lucy Bradd. Campbell Qui 7 Ago - 19:57

(feitiços)

Terceira Aula de Feitiços
I'm crazy, but you're more. See, where I'm? HELP ME, PLEASE!
Depois de uma longa aula de Herbologia todos mereciam uma pausa para o almoço. E é claro que com todos quero dizer eu. Não que eu fosse a pessoa mais esfomeada do mundo... Não, pera, essa sou eu sim.

Subimos até o dormitório e, no estado que acabei, Cassidy me fez trocar de roupa. Soltei o cabelo e joguei o prendedor longe, tirei as luvas de Herbologia e as lavei, em seguida, as colocando para secar. Por fim, tirei minha bota especial pra aulas onde mexia com a terra e voltei a colocar minhas botas de salto. Certifiquei-me de que minha varinha estava na bota direita e esperei Cassy terminar de se arrumar.

Depois de voltarmos a comunal e nos limparmos eu e Cassidy seguimos para o Salão Imperial. Na verdade, eu corri e ela foi puxada. Não aguentava de fome. Se Cass reclamasse mais um pouco de eu estar puxando-a e criticando a minha fome eu jurava que a tacaria escada abaixo.

Sentamo-nos na mesa da Paxllité e coloquei tudo o que podia – e cabia – no meu prato. Comecei a comer quanto um ser de cabelos loiros se sentou do meu lado, entre mim e Cassidy. Eu quase lancei um tapa na cara de Camilla. ~ Se mete entre mim e a minha comida mesmo, Campbell. ~ Bradei, rangendo os dentes. Por mais que eu ame alguém até a morte, minha comida é a minha comida, e quando eu estou comendo ninguém que me interrompa, se não...

Era estranho ver Milla quebrando as regras e sentando-se na mesa da Paxllité quando era tão fiel a casa, Lucttore e nem tão fã da nossa casa só pelo fato de estarmos vencendo a copa das casas. ~ O que tu tá fazendo aqui, gorda recalcada? ~ Perguntei com todo o amor. Enchi a boca de qualquer coisa, não estava prestando atenção de fato. Engoli mais um pedaço acho que de carne enquanto Milla e Cassidy conversavam sobre algo. Bebi um gole de suco de abóbora, o que foi uma má ideia, porque dei uma cusparada no menino que estava na minha frente. ~ COMO ASSIM VOCÊS VÃO PASSAR AS FÉRIAS NA MANSÃO CAMPBELL? NADA DISSO, VAMOS PROS REWARDS DAR FESTAS, NÃO LEMBRAM, SUAS FILHAS DA LADY?! ~ Gritei a plenos pulmões, mas só metade da mesa da Pax conseguiu ouvir. Cassy riu e Milla me olhou séria, com uma daquelas caras dela de ‘sua retardada, olha o que você está fazendo!’. Ela me mandou calar a boca e que eu não podia dedurá-la. Ou qualquer coisa assim. Tossi, com a garganta raspando. ~ Dedurar...? Aaaah, sim! ~ Soltei uma risada antes de Cassidy nos puxar pelo braço dizendo que devíamos ir logo, que a aula já ia começar.
...

Chegamos na sala antes e antes que ou eu, ou Camilla nos sentássemos mais na frente, Cassy nos puxou para a quarta ‘bancada’. Acomodamo-nos nos bancos, eu entre as duas, e percebi algumas canetas em cima das mesas. Passei o dedo em cima da bancada até pegar uma das caneta. ~ Não precisávamos trazer nosso próprio material de anotação ou sei lá? ~ Perguntei as duas. Quando Milla focou os olhos na caneta e prestou atenção no que eu disse, deu um tapa na caneta, que caiu de volta na mesa. Ela achava a caneta perigosa? Sério? ~ Ah, Milla, para, vai! ~ Ri. ~Deixa disso! Né, Cassy? ~ Perguntei, me virando pra ela e sacudindo minha cabeça em afirmação, enquanto piscava pra ela.

O sinal tocou e eu quase cai quando vi aquele monte de gente se espremendo na porta. Alguns se sentaram perto de nós, outros se enrolaram procurando um lugar pra sentar. De imediato, a professora Charlotte bateu a porta e começou a andar pela sala. Não é por nada não, mas ela me dava um pouco de medo.

Ela começou a falar de criaturas e sobre se assustar. Ops... Duas coisas que se encaixam muito bem na minha personalidade. Assustar-me com criaturas mágicas. E aranhas, claro. Quando ela perguntou sobre quem nunca sonhou em enfrentar ou ver esses animais eu me levantei, subindo a mão no ar, me manifestando. ~ Ér... ~ Camilla me tentou puxar meu braço, mas me desviei. Ouvi Cassidy rindo e sussurrando algo com Milla. ~...Acho que eu e mais uma grande parte de pessoas que não gostam de ser amedrontadas. ~ Comentei sorrindo. A monitora da Lucttore continuou tentando me puxar, inutilmente. A professora me olhou friamente, como se me pedisse para sentar. E também para calar a boca. ~ Minha opinião. E antes de tudo... ~ Continuei. Ok, eu podia estar indo longe demais, mas sou eu, Lucy, então, normal... Respirei fundo e abri a boca novamente. ~...Você que perguntou. Não se esqueça. ~ Pisquei pra professora que tinha as feições contorcidas, completamente irritada comigo e com a minha participação especial. Apenas deixei que Camilla me puxasse pra baixo enquanto Cassidy ria e parava de sussurrar no ouvido da garota.

A professora continuou, mas jurava que ela olhava mais pra mim do que para qualquer outro. Char começou a explicar a todos o que devia ser feito e eu apenas sorria pra ela. Quando ela dizia algo que achava que me daria medo eu apenas olhava minhas unhas e as soprava. ~ Viram? É assim que se torna uma aula animada. ~ Sussurei para Camilla e Cassidy, ainda sorrindo para a professora.

Ela nos pediu para segurar a caneta. Peguei a caneta a minha frente enquanto Milla sussurrava algo como um eu te avisei pra não tocar na caneta. É, acho que era isso. Quando acabei de analisar a caneta e me virei para falar com Camilla ela já não estava mais lá. ~ Ein? ~ Percebi que não estávamos na sala de aula. Estávamos em um lugar completamente destruído, paredes sujas, teto quebrado, cadeiras que não se sabia se eram pretas ou verdes porque estavam completamente sujas e quebradas. Lá era completamente escuro e eu não conseguia achar as meninas naquela multidão. ~ CAMILLA? ~ Gritei, chamando-a. Não houve resposta. Não conseguia achar seus cabelos loiros naquele meio. ~ CASSIDY? ~ Era impossível achar qualquer morena em toda aquela baderna. Alguém acabou por me empurrar e cai sentada em uma cadeira.

Todos já estavam sentados quando Charlotte nos orientou e passou um holograma do lado de fora. Arregalei os olhos, murmurando um ‘wow’. Nunca imaginaria que algum dia frequentaria um lugar daquele jeito. Passei os olhos pela sala quando finalmente encontrei um par de olhos azuis. “Camila!”, pensei. Me levantei, pretendendo ir em sua direção quando minha visão escureceu e eu cai de joelhos, segurando a cadeira.

Vi a professora fazendo um gracioso movimento com a varinha. E então me vi caída no chão, com a cabeça baixa. De repente minha cabeça se levantou e olhei por debaixo da cadeira. Não havia mais ninguém na sala. Enfiei a mão debaixo da cadeira quebradiça e voltei com uma adaga na mão. Meus olhos brilharam.
Minha cabeça ainda girava. Levantei a cabeça e a sensação foi parando. Me lembrei da visão. Olhei para minhas mãos. Claro que nada. Abaixei a cabeça e conferi debaixo da cadeira. “Isso!” Passei a mão pela cadeira com o cuidado de não me cortar e peguei a adaga. Analiso-a, vendo meu reflexo nela. Coloco-a no interior de minha bota esquerda ainda cuidando para não me ferir. Respirei fundo, mordendo meu lábio inferior. Ótimo, salto alto. Saio andando da sala, sem nenhuma animação.

Lá fora era pior que o salão. Era REALMENTE medonho. Prédios totalmente destruídos, alguns que pareciam ter risco de cair, árvores caídas, o chão quebrado, o mar completamente escuro e uma floresta negra. Senti um arrepio percorrer minha espinha. A caixa preta deveria estar em um lugar acessível, mas que ninguém em sã consciência iria. O problema é que tudo naquele lugar se encaixava na descrição. O mar teriam sereianos, óbvio, mas eu não queria enfrentar aquelas criaturas. A floresta poderia ter qualquer coisa... Mas e os prédios? O que podiam ter? Barretes? Era um lugar mais inteligente para se buscar.

Escolhi um prédio que parecia ter menos riscos de desabar. Ao entrar encontrei o que tempos atrás deveria ser um belo hall e, andando mais um pouco, encontrei um elevador. Um elevador com várias madeiras pregadas e uma placa gigante onde se lia ‘interditado’. É claro. Bufei. Ao lado havia uma porta de um tom preto quase vermelho. Deduzi que eram as escadas. Puxei a porta e lá se encontrava um lance de escadas cinzentas. Respirei fundo. Malditos saltos. Subi até o primeiro andar. Investigar ali séria óbvio demais. Abri a porta da escada novamente quando ouvi um barulho vindo de um dos apartamentos. Fechei a porta lentamente e me virei. Fui andando evitando fazer qualquer barulho, até chegar à porta da casa. Espiei para dentro. Alguém revistava a casa. Continuei sem fazer o mínimo barulho, observando. A menina parecia frustrada. Apertei os olhos. A garota estava de costas. Era loira...

~ Camilla? ~ Chamei. A loira se virou e sorriu pra mim. Encarei seus olhos azuis, aliviada. Corri para dentro do apartamento, acompanhada pelo ‘clap clap’ dos meus saltos e abracei. ~ Graças a Merlin! Esse lugar me dá arrepios. ~ Comentei, me arrepiando e lhe mostrando. Dei uma risadinha. Estava feliz por não ser um lobisomem ou algo assim. Pelo que parecia ela também perdera Cassidy no caminho, mas a encontraríamos logo, ela sabia se virar. ~ AI! ~ Gritei. Alguma coisa havia... Me mordido? Uma mordida pequena... Mas, me mordido? Como? ~AI! AI! Aaaaaiiii! Camiiilaaaa, me ajuuudaa! ~ Pedia. Mas ela parecia com o mesmo problema. Começou a raciocinar, mas a única coisa que eu conseguia era me coçar e gritar. Até que ela teve uma suspeita e gritou, enquanto também reclamava da dor. ~Fadas... AI! Mordentes? Você tem... UI! AIII! Fadicida aiiiiiii!? ~ Ela negou e continuamos nos coçando. Eu berrava e ela também, até que consegui murmurar algo. ~ ENTÃO VAI DE PETRIFICUS MESMO! OSHI, ME LAAAARGAAAAIIIIII! ~ Segurei uma com o indicador e o polegar e a soprei, sem solta-lá. ~ Cansei de... AI!... Brincar... AI! ~ Bradei. Rangi os dentes, tirei minha varinha da bota, ignorando as mordidas para não errar a pronúncia. ~ PETRIFICUS TOTALUS! ~ A fadinha ficou imóvel e eu a joguei longe. Milla sorriu para mim e começou a fazer o mesmo. Fomos jogando o feitiço até que me restou a última, que tentava subir no meu cabelo. ~ MEU CABELO NÃO, PROJETO DE BITCH! PETRIFICUS TOTALUS! ~ Taquei-a longe e arrumei meu cabelo. Me virei para Milla. ~ Nada aqui? ~ Ela negou. Rangi os dentes, recolocando minha varinha na bota. Ela indicou que fossemos antes de que o efeito passasse. Saímos, fechando a porta. Peguei um pedaço de cimento que havia, provavelmente, caído e coloquei do buraco da fechadura.

Descemos escada abaixo e voltamos a cidade destruída. Estava completamente tudo em silêncio. A não ser por um grito vindo do mar. Nos viramos. Cassidy batia os braços e fugia, saindo da água. Ela começou a gritar conosco, dizendo que não sabíamos o que ela havia passado e a única coisa que consegui fazer foi abraçá-la. Camilla colocou a mão no meu ombro. Ela disse que tínhamos que nos apressar e nos indicou a floresta. Me arrepiei novamente. Olhei para Cassidy. Ela confirmou. Fomos andando, eu respirava pela boca, nervosa, e então adentramos a floresta negra.

Tarde demais. Tarde demais pra correr. Sem possibilidade de fugir. Erámos só nós e aquela fera cabeluda, já no meio da floresta. Haviam galhos presos nos nossos cabelos e folhas grudadas nos mesmos. Minha bota estava completamente cheia de barro. Destruída. Espera. Isso. A bota. Pisquei para Cassidy. Ela entendeu e se atirou em frente ao lobo e começou a provocá-lo. Milla me olhou, confusa. Eu apenas pisquei para ela. O lobo pulou para cima de Cassy e eu corri até ele, minha mão puxando algo da bota. E então finquei a adaga nele. Camilla pulou para frente e jogou o feitiço para que ficasse paralisado. Os olhos frios dele permaneceram abertos. Meu coração desapertou-se.

Cassidy nos chamou até o lugar de onde ele havia vindo. A caixa preta se encontrava lá. Entreolhamo-nos. Quem iria? Cassidy começou sua fala sem fim sobre ela ter que ir e blá blá blá. Mas eu indiquei Camilla. Cassy ficou séria e disse que não havia problema pra ela. ~ Voltaremos com as canetas. ~ Milla sorriu e se precipitou a encostar na caixa, mas antes de tocá-la, diabretes surgiram, estapeando as mãos dela. Camilla se virou para mim e eu afirmei com a cabeça. Tirei minha varinha da bota. ~ PETRIFICUS TOTALUS! ~ Começamos a enfeitiçar as criaturas, que caiam duras no chão. Finalmente Milla terminou com o último. Eu e Cassidy pegamos nossas canetas. ~ SAINDO! ~ Murmuramos as três e Camilla tocou a caixa. Fechei os olhos.
...


Estávamos de volta na sala. Charlotte se encontrava sentada em sua mesa. Dei um sorriso cínico a ela, coloquei a caneta em sua mesa e sai da sala, esperando as meninas lá fora. Não queria ficar mais um segundo perto de Char.
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Aulas                   Empty Re: Aulas

Mensagem por Milla Leff. Campbell Qui 7 Ago - 20:00


terceira aula de feitiços
mas sinceramente, se fosse tão fácil viver, não teria graça


Milla bocejou levemente, e sentiu o estômago roncar, como se estivesse a dialogar com sua boca. A loira colocou a mão na barriga, e ouviu o mesmo som vindo dela, como se reclamasse por comida; então, riu. Estava tremendamente faminta; acordara parcialmente - para não dizer muito - atrasada naquela manhã, e isso a impedira de fazer seu desjejum. — Calma, estou quase lá. — Sussurrou para sua barriga, de modo discreto; quem a visse falando com a própria barriga poderia vir a chamá-la de louca. E estava quase lá, mesmo; há poucos passos do Salão Imperial. Já podia sentir o aroma das delícias que a esperavam lá, e apressou o passo, quase atropelando um ou outro aluno. — Desculpe, mas é uma emergência! — Gritava para sobre o ombro toda vez que batia em alguém sem querer. Não queria ser conhecida como a "mal educada", mesmo duvidando que alguém a rotularia daquele jeito. Ultimamente, ganhara o cargo de "nerd", algo que não achava merecer. Quer dizer, fazia apenas sua obrigação, certo? Ela achava que sim. Foi, praticamente saltitando, até a mesa da Lucttore, enquanto pensava - ou melhor, tentava lembrar - qual era sua primeira aula depois do almoço. Era feitiços ou transfiguração? Ela não sabia. Acomodou-se na mesa e colocou a mochila ao seu lado, ocupando um lugar em que um aluno poderia sentar. Fitou a mesa, olhando as variedades; lasanha? Não. Frango? Comera ontem. Tortinha? Já tinha enjoado. Serviu seu copo com suco de abóbora - seu favorito, sempre vale a pena lembrar - e olhou para as outras mesas, dando-se conta então que não serviam a mesma coisa em todas elas. Secou a mesa da Noble com os olhos, vendo o que havia lá, e depois a da Pax, sempre pulando a Sagesse. E então, avistou aquela linda empada no centro da mesa da Pax, perto de Cassidy - sua prima - e de Lucy - uma amiga. "Vai lá, vai lá", uma vozinha muito convidativa falava, em sua cabeça. "É proibido", resmungou outra. "E?". Era um imenso diálogo mental que confundia Milla, que por fim, tirou o distintivo de monitora, guardando-o na mochila e caminhando, disfarçadamente, até a mesa da Pax, sentando-se entre Cassidy e Lucy, que parecia ser capaz de agredi-la. — Não precisa me bater, Fontaine. — Devolveu a monitora da Lucttore, ironicamente; rindo logo depois. Milla pescou uma empada quente da bandeja e mordiscou-a, apreciando o delicioso recheio, antes de ouvir Lucy voltar a falar. — A comida de vocês é melhor, sabe? E isso não é justo. — A loirinha responde, terminando sua empada e pegando mais outra. E a olha depois, mostrando a língua. — E gorda é senhora sua avó. — Lucy nem parecia ouvi-la, e logo Camilla passou a falar com sua prima, Cassidy. Milla comentou o fato da mansão estar em reforma, mas que, até o início das férias, estaria habitável de novo. Só quando Milla sente os pingos gelados e babados de suco de abóbora descendo-lhe pelo braço é que olha pra Lucy de novo. — Não cospe em mim, recalcada. — Milla fala, passando o guardanapo nos braços, tentando limpar os restos de baba da amiga, já ouvindo-a gritar. Milla apenas encarou-a, perguntando-se se a amiga era retardada ou o quê; Cassidy riu. Revirou os olhos, e largou a sua metade de empadan o prato da prima, cutucando Lucy. — Cale a boca. Não chame atenção pra cá, sua louca. E se me veem? — Sussurra, alto. — E se me dedurar, também, vai ver. — Ameaça. Ela riu, e antes que pudesse responder, Cassidy as fez levantar para a próxima aula, que teriam juntas. — Desde quando virou responsável, prima? — Camilla a alfineta, e ri.

Seguiram pelos corredores se provocando e rindo. O caminho até a sala pareceu mais curto, e isso devia ser devido à companhia com que Milla se encontrava. Simplesmente adorava passar um tempo com aquelas garotas, por mais chatas que fossem às vezes. Entraram na sala conversando em voz alta, e antes que pudessem pensar onde iriam sentar, Cassidy Campbell puxou as três para o meio da sala, o que já era de se esperar; ela não era "nerd" nem certinha. Gostava de fazer bagunça, e nas aulas não devia ser diferente. Se acomodaram nas carteiras duras e desconfortáveis - Milla preferia as salas com pufes fofinhos -; Lucy no meio, com Cassidy à direita e Milla logo à sua esquerda. A conversa de ambas garotas logo morreu, e Lucy deteu-se a caneta que havia ali, na sua carteira; assim como nas demais mesas. Camilla olhou a caneta com atenção, e quando entendeu o que aquilo poderia ser, estaou-a, fazendo-a cair da mão da amiga e ir ao chão. Ambas bruxinhas não pareceram entender o comportamento da loira, mas só Lucy pronunciou-se. — Se prestar atenção, Lucy... — Ela começou a explicar, mas interrompeu-se. Sabia que de nada ia adiantar; então para quê tentar? O sinal alto e chato que Milla simplesmente odiava tocou, dando início à aula. Charlotte fechou a porta sem o mínimo de delicadeza e começou a falar. Milla mete a mão na bolsa e pega seu distintivo, o colocando no uniforme de novo; voltando a sua atenção logo então para professora. Apoiando os braços na mesa, depositou seu rosto entre as mãos, os dedos pressionando nas bochechas. Charlotte começou a aula citando alguns monstros - ou criaturas, tanto faz, na cabeça de Milla - e perguntando aos alunos se eles se assustavam facilmente. Lucy levantou-se e começou a "desafiar" a professora; todos os olhares da sala agora estavam nela e nas Campbells. Milla virou-se para Lucy, completamente corada. — Senta, Lucy. — Sussurrou, quase implorando. Sendo então ignorada, Camilla passou a usar a sua 'força física'; puxando Lucy, que era mais forte do que aparentava. Puxou de novo, antes de falar, agora mais alto: — Chega, Lucy! Sente-se! — Nada. Só depois de atrair muita atenção e o ódio da professora, Lucy obedeceu Camilla. Quando a amiga sentou, a monitora da Lucttore a cutucou com força abaixo das costelas. — Não faça mais isso, Lucinda. — Disse, com a testa enrugada, braba. A professora voltou a falar, então, mas sempre lançando olhares feios para Lucy. Então, sem rodeio nenhum, disse que eram aquelas e outras mais criaturas que havia citado que os alunos enfrentariam naquela aula; seriam mandados para uma cidade abandonada, onde teriam que achar uma caixinha preta. "Segurem suas canetas", a professora disse, e Milla logo lançou um olhar de "eu não disse?" à Lucy, que só revirou os olhos e agarrou sua caneta. Milla analisou a sua antes de segurá-la; depois, pegou-a, ainda receosa, como se a caneta fosse explodir. E então, um clarão cegou-a, e ela só teve tempo de meter a mão na bolsa e pegar sua varinha, às cegas.

Quando o foco retornou aos olhos de Camilla, ela estava em uma sala que parecia que ia desmoronar sobre sua cabeça; de pronto, a loira começou a sentir-se claustrofóbica. A sala era pequena, e isso fazia com que parecesse que o númeor de alunos havai triplicado. Após passar mais algumas recomendações e criar um holograma, a professora sumiu dali, deixando alunos apavorados sobre um teto amarelado e embolorado. Os alunos começarama correr para fora, e Camilla foi arrastada com eles. Só teve tempo de ouvir um "Camilla!" desesperado antes de se ver sob um céu marrom e cinza feioso. Olhou para cima, tentando achar o sol, e nada. Colocou as duas mãos ao redor de concha nos lábios, e gritou: — CASSIDYYYYYY? LUCYYYYYYY? — Nenhum sinal delas. Olhou ao redor. Aquele lugar era enorme; como acharia elas duas ali? Respirou fundo, e piscou algumas vezes; já estava sozinha. Todos haviam saído em busca da tal caixa preta. — Onde você pode estar? — Perguntou-se, sem saber ao certo se falava das amigas ou do objeto escondido. Virou-se para cidade, observando-a então pela primeira vez. Prédios antigos e desmoronando; florestas negras e nada atraentes; um rio negro e sujo, que com certeza devia estar infestado de sereianos. Camilla seviu em um dilema. Nadar? Nunca. Floresta? Devia estar cheinha de acromântulas. Não. Olhou para todos os lados, tentando ver uma caixa; como se ela fosse estar escondida aqui, sua idiota, pensou consigo mesma. Pôs-se a caminhar, sem um destino certo. Precisava deixar o medo e receio de lado, mas não era fácil. Ia chutando os entulhos pela rua, pensando em onde estariam as amigas e a caixinha, até entrar em uma rua sem saída. A última casa da rua era, com certeza, a mais estranha; feita de madeiras apodrecidas e um telhado de telhas quebradas, tinha um ar de mal assombrado. Milla estava pronta para sair dali, quando se deu conta que ali seria um ótimo lugar para esconder uma caixa preta. Apertou os dedos em volta da varinha, respirando mais pesadamente. Ao colocar o pé no primeiro degrau, sentiu-o ceder um pouco. — Ai meu Mérlin. — Sussurrou consigo mesma. Subiu o resto e tentou abrir a porta da casa; sem sucesso. Forçou-a mais, e nada. Chutou-a, até; nem isso. Pegou a varinha então; se era bruxa, porque não recorrer a magia logo de primeira? — Alohomora. — Uma faísca branca saiu da ponta de sua varinha; o barulho da porta se abrindo foi alto e desagradável. Respirando fundo, Camilla abriu a porta.

Escuridão era tudo que havia lá. O pó parecia dançar com o breu, e isso era assutador. — L-lux. — Gaguejou, e sua varinha se iluminou. Ficou parada, encarando os móveis velhos e empoeirados que habitavam a casa. Forçou-se a dar um passo, e depois outro. — Vamos, Camilla. — Falou para si mesma. Soprou a franja, e seguiu em frente. Toda vez que via alguma porta, tentava abri-la. Uma, no entanto, não abria de jeito nenhum. — Mas ué... alohomora. — Tentou, uma terceira vez, já meio preocupada. Nada. — Isso devia acontecer? — Questionou-se, meio confusa. E então, uma escrivaninha começou a brilhar. Ela se encontrava ao lado da porta, e sua gaveta caiu no chão, como se tivesse sido cuspida. Camilla observou tudo aquilo com um leve espanto no olhar. Apontou a varinha para o chão, e viu então que, na gaveta, haviam milhares de chaves. Ela se abaixou, e pegou o máximo que suas mãos pequenas e delicadas permitiam. Depois de tentar todas, e nenhuma caber, Camilla se irritou. "Tenho que parar de fazer tudo do modo trouxa", pensou, erguendo a varinha. — Accio chave. — Uma chave preta e velha, enorme, pulou da gaveta e foi parar nas suas mãos. Rapidamente, testou-a na porta, e, como era de se esperar, era a certa. "Nada supera a magia", pensou. Então, refez o feitiço "lux" e desceu as escadas que com certeza levavam para o porão. Lá era igualmente escuro. Milla ouviu um som, e apontou sua varinha na direção dele. Agarrou-se na escada ao ver o que viu. Ali estava um barrete vermelho, e ele estava... comendo um cadáver. Milla sentiu a náusea tomar-lhe, e colocou a mão na barriga, segurando a varinha com a outra. A criatura lhou-a, analisando, sangue escuro descendo de sua boca. Ele sorriu - ou algo do tipo - e começou a vir na direção da monitora da Lucttore. — Não, sai daqui! — Gritou, e ele aproximou-se cada vez mais rápido. — Bubbles. — Falou o primeiro feitiço que lhe veio a cabeça e, embora achasse que não funcionaria, funcionou melhor que o esperado. As bolhas acertou o bicho nos olhos, e este se contraiu e foi para um canto, dando a Milla o tempo necessário para voltar correndo lá para cima. Pegou a chave e passou-a na fechadura, jogando-a longe depois e saindo correndo daquela casa.

Só parou de correr quando sentia que suas pernas não aguentavam mais. Parou e olhou para trás, para certificar-se de que não havia ninguém ali. Não fora seguida; para sua alegria. — Respire, respire... — Falou, entre um gole de ar e outro. Estava agora de novo no "centro" da cidade abandonada, defronte à um prédio que parecia que ia cair a qualquer instante. Encarou-o, séria. Estaria ali a caixinha? Ela torcia para que sim, pois tinha certeza que e aula estava quase acabando e ela não estava nem perto de achar a tal caixa. — Lá vamos nós de novo. — Murmurou, irritava, enquanto entrava no lugar. "É como se os professores quisessem nos matar", ela pensa, mal humorada. Charlotte não era a primeira a mandá-la para uma missão suicida. O prédio estava com seu interior rachado e quebrado. O lugar parecia deserto, totalmente deserto; livre de alunos e monstros. Respirou fundo, e pôs-se a subir as escadas; nem tentou ir pelo elevador, afinal, era meio óbvio que estava quebrado. Subiu até o primeiro andar. "Um de cada vez", pensou, ao colocar o pé no último degrau da escada, que levava para o corredor. O corredor cheio de portas era mal iluminado e tinha aparência de assombrado. Milla forçou as portas de novo, e só entrou no apartamento - ela descobrira que aquele prédio era na verdade um condomínio - que estava destrancado. Era muito ajeitadinha, com seu sofá azul empoeirado e sua TV antiga. Começou a revistar as gavetas das cômodas, sempre com cuidado. Mas, num momento, deixou um álbum de fotos - sim, ela estava olhando um álbum; era muito metida quando queria - que ecoou e fez um barulho enorme ao cair no chão. Ela juntou-o rapidamente, e ouviu passos no corredor. Sentiu as mãos suarem e o rosto perder a cor; que monstro seria agora? Um lobo? Um unicórnio?

Uma menina. Lucy, na verdade. Descobriu ser a garota quando ouviu-a chamá-la, e antes de se virar para encarar a amiga de escola, já sabia que era ela. Lucy correu até a monitora da Lucttore e a abraçou; estavam ambas muito assustadas. — Não só em você. — Camilla concorda, separando-se dos braços da amiga. — Cassidy! Você não a viu? Não está com você? — A garota Campbell perguntou, olhando sobre o ombro da amiga. Onde estaria sua prima? Será que estaria bem? Ou machucada? Estremeceu, e só voltou a si quando ouviu um grito; vindo de Lucy, é claro. — Que foi Lu... AI! — A resposta havia mordido Mills também. Lucy gritava e pedia ajuda, mas Camilla estava em situação quase pior que a da amiga. — Calma, Lu... AI?, cy, já te aju.. AI!.. do. — Falou, entre mordidas. Fadas mordentes. Aqueles bichos horríveis da casa agora eram quase atraentes aos olhos de Camilla. As mordidas doíam e coçavam, e estavam deixando Milla louca. Só quando Lucy gritou um feitiço foi que Milla voltou a pensar. Seguindo o exemplo da amiga, brandou a varinha e petrificou muitas das fadinhas, que se revelaram mais feias do que a garota imaginavam. Depois e alguns minutos, ambas se livraram das fadas. Terminaram de procurar, e nada acharam. Lucy olhou ao redor várias vezes, desapontada. — Lucinda, elas vão acordar. Vamos logo. — Seu tom era de uma criança mimada e com medo. Depois de tomarem algumas providências - como tapar todos os buracos do lugar - saíram dali, voltando ao ar livre; sempre juntas, inseparáveis.

As garotas pensavam em onde ir quando ouviram um grito, vindo do mar. Lucy e Milla se viraram, praticamente ao mesmo tempo e com a mesma expressão assombrada no rosto, em direção ao rio sujo. Era Cassidy. Milla sentiu um alivio enorme, com se um peso lhe tivesse sido tirado das costas; Lucy parecia sentir o mesmo. Cassy saiu da água e Lucy abraçou-a. Camilla apenas observava; era claro que era uma "intrusa" no momento, mesmo a garota molhada sendo sua prima. Pigarreou, e tocou no ombro de Lucy. Já era tarde. — Se não formos agora, não acharemos a maldita caixa, gente. — Sussurrou para prima e para sua amiga, que concordaram. Olhou para floresta, e suspirou. — Acho que devemos ir para lá, né? — Perguntou e ordenou, tudo junto. As garotas concordavam, e o medo pairava sobre elas como uma nuvem de chuva.

Caminhando juntas, ambas seguiram até a floresta. Ao se aproximarem dela, foi como se o ar ficasse mais denso, pois Camila teve dificuldades de respirar; ofegava. Um arrepio subiu-lhe da coluna à cabeça, e sentiu as mãos suarem. Mas mesmo assim, seguiu com as amigas. Mas então, as três se detiveram. "Já não chega?", Camilla queria gritar, com raiva. Um lobo, enorme, negro e raivoso as encarava. Lucy olhou para Cassy, e Cassy para Lucy. Milla ficou parada, sem reação. E o que aconteceu depois disso foi muito rápido.

Lucy tirava sua bota enquanto Cassidy provocava o lobo; que acabou por pular em cima dela. Lucy correu até ele então e enfiou uma adaga nele, o petrificando depois. — Adaga? — A lucttoriana se perguntava como Lucy havia achado uma adaga. Quando voltou a pensar em tudo que estava acontecendo, Milla pegou sua varinha e petrificou o lobo, que caiu duro e estaqueado no chão. Camilla soltou o ar de seus pulmões, e sorriu, cansada; soprando a franja do rosto. Estava acabado? Finalmente! Cassidy chamou as garotas para irem até ela, que havia seguido uma trilha até o local de onde o lobo viera. Havia achado a caixinha preta, sim. — Vamos pra casa, vamos. — Camilla quase pulava. Cassidy começou sua falanção sobre elaser importante, ter se arriscado, e essas coisas, e por causa disso ter o direito de pegar a caixa. Lucy indicou Milla, que sorriu. Sentia-se agradecida com isso. — Mas vocês voltarão como? — A loira preocupou-se. Elas falaram que voltariam com as canetas, e Mills então tocou na caixa. Ou quase isso. Diabretes surgiram e começarama puxar os cabelos das garotas, que logo revidaram, os petrificando.

— Vamos embora daqui. — Milla gemeu, e els pegarma suas canetas, e a garota tocou na caixa. Tudo ficou branco.

...


Ao abrir os olhos, Mills estava sentada no seu lugar novamente. Lucy escapuliu o quanto antes, mas Cassidy e Milla deram um 'tchau' para professora, seguindo para suas próximas aulas.
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Aulas                   Empty Re: Aulas

Mensagem por Cassidy Rewards Campbell Qui 7 Ago - 20:01

feitiços


Lavei as mãos mais uma vez tentando tirar o resto de terra debaixo das unhas e caminhei para o dormitório lentamente, onde Lucy me esperava. Peguei minha escova de cabelos azul e parei de frente ao espelho, desembaraçando lentamente meu cabelo lindo. –Who says, who says you're not perfect... –cantarolei perfeitamente enquanto enfiava a escova dentro do sobretudo de Beauxbatons, nunca se sabe quando você vai precisar pentear os cabelos. Mandei dois beijinhos para meu reflexo no espelho e parei ao lado de Lucy. –Vamos, Lulis? –e assim saímos do dormitório, finalmente indo matar a vontade da passa fome que era minha amiga.

Lucy começou a correr e a me puxar, demonstrando sua fome horrivelmente macabra, quem olhasse aquele corpinho de modelo jamais diria que a menina come mais que toda a Paxllité junta. –Calma ai guria, desse jeito eu vou suar. –comentei com ironia, tentando parar um pouco, mas ela foi mais rápida e meu deu um puxão, me fazendo tropeçar e ter que me esforçar para acompanhar ela sem cair. Fui reclamando o caminho inteiro, sabendo que isso iria irritá-la. Ótima amiga eu? Sempre. Devido a correria de Lucinda, logo já estávamos sentadas na mesa da Páx, eu comendo civilizadamente e ela like a meninos sem educação. Logo um ser loiro sentou-se ao nosso lado, um ser muito fofo, mas de fato sua presença ali poderia ser estranhada: Camilla era sempre a monitora certinha, nerd e que não se importava se a pessoa era conhecida ou não, sempre cumpriria sua função de monitora. O que ela estava fazendo na mesa de uma casa rival?

Milla comentou algo sobre nossa comida ser melhor. Não só a comida, a casa toda né fia quase comentei com ela, mas sempre soube que ela apelava quando falávamos algo assim, pelo simples fato de a Páx estar ganhando de lavada de todas as outras casas, inclusive a Lucttore. Começamos a conversar sobre o que faríamos nas férias, algo sobre a nossa mansão, mas parou assim que Lucy cuspiu todo o suco de abóbora nela. Comecei a rir escandalosamente não só pelo fato de minha priminha linda ter levado um banho da minha Lulis, mas sim pelo fato da mesma ter chamado atenção com seus gritos extremamente irritantes e estar sendo repreendida por Camilla. Decidi que já estava na hora de ir, a próxima aula começaria em alguns minutos e se eu não desse uma de responsável ali, a briga continuaria até que eu entrasse na Irmandade Negra para divar com uma das comensais lindas, Thalia. –Desde quando eu tenho que fazer o papel de mãe de toda a nossa família por ser mais sensata que todos juntos, querida. –respondi a outra Campbell revirando os olhos, empurrando as duas meninas em direção á sala de aula.

Já em sala de aula, joguei as meninas no quarto banquinho e a Lucy já começou a encaipirotar, dando uma de criancinha como sempre e pegando uma das canetas que estavam em cima da bancadinha. –Xi, vai dar merda. –comentei quando Lucy pegou uma delas. Milla, dando uma de certinha como sempre, repreendeu-a e Lucy mandou-a parar, tipo, eram apenas canetas, não iriam decepar o braço de ninguém. –Tipo isso Lulis, para ai Millinda, que isso não mata ninguém e não vai engordar a Lucy porque é praticamente impossível, já que ela já é extremamente obesa, é amore? –zoei um pouquinho.

Logo uma multidão de alunos passou pela porta e a professora fechou-a. Ah, a professora. Charlotte não era lá muito bem educadinha, mas era uma das docentes mais fofinhas no quesito aparência, minha vontade era correr até ela e morder suas bochechas, mas não fiz isso. Ela iniciou a aula falando sobre criaturas e isso me deu sono, e eu teria dormido se não tivesse certeza que Milla me acordaria com um sermão dos grandes. A professora perguntou quem nunca sonhou em enfrentar uns animais dos quais ela citara e começou o show. Lucy se levantou e começou a falar -baboseiras reais, como sempre. Milla tentava a todo minuto puxá-la de volta ao banco, envergonhada pelo simples fato de estarem olhando para a gente. É, Camilla sempre teve esse problema, mas qual o problema de olharem para nós? QUANTO MAIS IBOPE MELHOR! Lucy estava quase sendo morta pela professora e pela minha prima, e eu apenas me acabando de rir. Cheguei perto de uma Milla ainda vermelha e comecei a sussurrar. –Que foi Millinha, tá com vergonha é baby? Fica assim não. –ri, enquanto finalmente Lucy concluía o espetáculo e se sentava.

A aula continuou e Lucy comentou sobre deixar a aula animada, me fazendo rir. Eu podia sentir o olhar da professora em nós e com certeza naquele dia nascera um imenso amor encubado de relação a ela para com Lucy.

Charlotte nos mandou segurar as canetas, e eu cautelosamente peguei uma das canetas acima da bancada e apenas tive que esperar para que o mal estar começasse. Primeiro veio a tontura e a sensação de que a caneta estava tremendo, depois tudo ficou escuro por uns dois segundos e veio o enjoo, então finalmente eu me vi parada em um lugar horrivelmente horrível, tumultuado por alunos ainda confusos como eu. Fechei os olhos por alguns instantes até que me lembrei: Camilla e Lucinda. Abri os olhos rapidamente procurando Milla, seria mais fácil acha-la já que era mais alta e loira, como a luz no fim do túnel. Girei umas cinco vezes feito barata tonta e nada. Não adiantaria procurar por Lucy, tendo em vista que ela era um toquinho de gente e morena como a maioria ali. Frustrada, sentei-me na cadeira mais próxima de mim, não me importando se ela estava ali para isso.

O sorriso que a docente abriu a seguir foi macabramente horripilante, daqueles que quem está mandando pessoas para a morte. Ela explicou que teríamos que achar caixinhas pretas para voltarmos à sala de aula. Qual é, essa professora só devia amar minha pessoa mesmo. Ela não citara nada sobre animais bizarros, mas com certeza teríamos de quase ficar em coma lutando com um deles para chegarmos até a bendita caixa. Então, deixando apenas um holograma da cidade em que estávamos e fazendo uns movimentos loucos com a varinha, ela se retirou dali. Sem mais delongas, me levantei vagarosamente e observei minha roupa por um instante; tinha comprado aquela roupa em uma loja extremamente cara no mundo trouxa e se ela saísse dali com um furinho se quer eu faria de Charlotte um esqueleto enfeitado com purpurina rosa. Estiquei os braços alongando-os e estava quase começando a sair dali quando fui empurrada por uma filha do demônio ruiva. Cai de cara no chão e gemi de dor, praguejando em pensamento e amaldiçoando a guria em sussurros. Ia me levantar quando alguém empurrou uma cadeira em cima de mim, como se eu fosse invisível. –TA DE BRINCADEIRA COM A MINHA CARA NÉ MANÉ. VOLTA AQUI PRA VOCÊ LEVAR UM AVADA NA CARA, FILHO DE UM AUROR. –gritei segurando a cadeira para que ela não atingisse meu lindo rostinho de boneca. Foi quando vi uma coisa prata reluzir. Enrugando a testa, sentei-me no chão e coloquei a cadeira sobre meu colo, vendo uma adaga. –Ótimo, pelo menos vou ter algo para cortar meus pulsos se alguma coisa acontecer com minha roupa. Ou quem sabe os pulsos da professora, é. –falei sozinha, pegando a adaga e colocando no mesmo bolso em que eu havia colocado a escova de cabelo mais cedo. Levantei-me e reparei que não havia mais ninguém ali, estava tudo silenciosamente estranho. Um arrepio passou pelos meus braços, me fazendo sair correndo dali.

Quando cheguei lá fora, eu poderia dizer que a luz do sol estava me cegando e que a paisagem era como o Havaí. Claro que eu poderia dizer. Se essa não fosse uma aula da professora que mais tenta matar os alunos. A cidade era macabra, assim como a capacidade da professora de me amar. Os prédios eram todos de cor cinza, a maioria quase desmoronando. Eu me via no meio de um cruzamento. Eram três ruas. A da esquerda levava para um monte de pedras, a da direita para uma floresta e a da frente para os prédios. –E agora? Qual opção de morte eu escolho? Floresta definitivamente não, nunca se sabe o que eu posso encontrar ali. Prédios também não, vai que eu dou de cara com um morador maluco e canibal? Enfim, me restam as pedras. –balbuciei. Preguiçosamente, fui andando pela ruela. O sol e os prédios faziam com que sombras estranhas fossem projetadas, me dando a sensação de estar sendo perseguida.

Já chegando às pedras, empunhei minha varinha procurando mentalmente algum feitiço útil para o que quer que eu possa enfrentar. Quando cheguei finalmente ao meu destino, percebi que não eram apenas pedras, como eu imaginara. Era um penhasco rochoso, estranho e que me transmitiu medo assim que eu bati o olho. Ele levava até o mar, que pelo que eu pude perceber cercava toda a cidade. Com certeza eu não acharia nenhuma caixa ali, então já ia saindo, decidida a encarar os prédios, quando eu pisei em falso e comecei a cair, e cair, e cair...

TIMBUM! E eu estava completamente molhada, não, pera, eu estava me molhando. Meus olhos ardiam e a água estava extremamente fria. Como não havia prendido a respiração antes de mergulhar acidentalmente, estava quase morrendo afogada. Mas... Espera... Eu estava esquecendo uma coisa... O que era mesmo? Aé, eu, Cassidy Bianchi Rewards Champoudry Campbell, ainda não sabia nadar. Comecei a me debater como se estivesse sendo mordida por milhares de formigas ao mesmo tempo, tentando achar um jeito de ir para a superfície. Minha visão já estava ficando turva e minha cabeça já estava doendo quando eu percebi que o penhasco ia até o fundo do mar, ou seja, eu poderia escalar ele e sobreviver, para a alegria ou não de algumas pessoas. Fui nadando –ou me debatendo, como preferir- até chegar perto o bastante das pedras para que eu conseguisse segurá-las. Ainda segurando fortemente a varinha, comecei a escalar o paredão rochoso do penhasco como uma profissional desesperadamente burra a procura de ar. Estava a mais ou menos um metro da superfície quando senti algo morder minha perna. Olhei para trás e uma sereia horrível mordia minha perna. Sereia? Opa, sereiano. Chutei a cara feia do bicho e finalmente terminei de chegar à superfície. Infelizmente só tive tempo de respirar e puxar oxigênio antes de ser puxada para baixo. Estava cara a cara com dois sereianos enviados do tártaro, não lembrava nenhum feitiço feliz para matá-los e não sabia nadar, lembrando que eu estava dentro de um oceano. E tudo culpa de quem? Da professora de feitiços.

Os bichanos feios me encaram como se fossem me matar se eu tentasse sair dali. –SAIA E MORRA MORTAAAAAAALRGH. –disseram os dois sinistramente ao mesmo tempo com uma voz rouca horrível. Eu, em um extremo ato de coragem, ergui as sobrancelhas como se desafiasse os dois a fazer qualquer coisa contra mim, e isso pareceu provoca-los. Um deles se aproximou, tendo em ‘mãos’ um tridente. O que o trocinho estava se achando, o último Poseidon do mundo? Revirei os olhos e levantei minha varinha, vasculhando a mente rapidamente em busca de um feitiço enquanto o sereiano se aproximava. O bicho, ao contrário do que eu pensei, não apontou o tridente para mim, mas continuou chegando perto. Meu ar já estava acabando, teria que dar um jeito naqueles malditos rapidamente. O bicho já estava a menos de dez centímetros de mim, então fiz o que me veio na cabeça: enfiei a varinha no olho dele. O bicho soltou o que pareceu um grito e saiu nadando, fala sério, coisinha mais fresca.

O irmão –eu acho –do outro se emputeceu e veio para cima de mim. Este já não tinha um tridente, o que deixava tudo mais fácil. Fingi que ia acertá-lo no olho como fiz com o outro e ele se esquivou, então acabei acertando o buraquinho do seu nariz. A varinha ficou presa por alguns segundos ali e eu logo tirei, vendo o último sereiano fugir. Ah, eu brilho demais para eles ficarem e encararem uma boa briga. O oxigênio dos meus pulmões já estava em falta, não daria tempo de escalar. Pensei em um único feitiço que uma vez eu vira minha irmã usando. –Ascendio! –falei, ou tentei, tendo em vista que eu estava dentro do oceano. Fui jogada para cima, mas mesmo assim meus pulmões se encheram de água. Tossindo, observei onde estava: a parte mais perto da praia. Comecei a bater os braços como estivesse nadando, mas já estava no raso e conseguia andar, queria apenas sentir-me uma nadadora. –AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! –gritei de raiva já saindo do mar. Foi quando vi duas meninas se aproximando, Lucy e Camilla. Não aguentei e comecei a desabafar. –VOCÊS SABEM PELO QUE EU PASSEI? EU CAÍ DE UM PENHASCO, FUI ATACADA POR DOIS SEREIANOS METIDOS A POSEIDON, MINHA VARINHA ESTARIA SUJA DE MELECA SE EU NÃO ESTIVESSE NO MAR, MEUS PULMÕES ESTÃO CHEIOS DE ÁGUA SALGADA, MINHA GARGANTA E MEUS OLHOS ARDENDO... E TUDO POR CULPA DE QUEM? CHARLOTTE, AH, ELA VAI SE VER COMIGO. –gritei, enquanto sentia Lucy me abraçar e minha prima ficar parada. Ok, os papéis estavam invertidos, mas eu não ligava, apenas queria um abraço de alguém que me amasse e isso eu já estava tendo.

Milla comentou que deveríamos seguir em frente e eu concordei. Falou sobre termos de ir para a floresta, obviamente elas deviam ter começado pelos prédios, então a única coisa que faltava era a floresta. Eu estava tremendo de frio e de medo, mas o medo também era um sentimento presente nas duas outras garotas. Ao se aproximarem da floresta, o clima pareceu mudar; Milla e Lucy encontravam-se ofegantes e eu comecei a tossir do nada, uma tosse seca, o que fazia minha garganta ser ‘arranhada’. Então tivemos de parar; um lobo enorme e parecendo o diabo nos deteve. Olhei para Lucy e ela para mim, conversando entre olhares rapidamente. Tudo estava decidido: eu distrairia o encapetado, a Lucy usaria sua inteligência e daria um jeito de mata-lo, e a Milla... Bem, a Milla eu não sei, talvez devesse ficar parada, eu sentia como se fosse minha obrigação defende-la já que por diversas vezes ela havia feito o mesmo por mim.

Pulei na frente no lobo. –NANANANANA, o lobinho é sozinho é gente? OWN, BEM FEITO. Coisa horrorosa e sem sal! Ó, teu sonho ser divo como eu né? –comentei rebolando e jogando o cabelo para trás. Isso bastou para que ele pulasse em cima de mim. Lucy então tirou uma adaga não sei de onde e o acertou. Milla lançou um feitiço nele e o bicho virou estátua. Dei um jeito de sair de baixo dele e bati em minha roupa, tentando tirar o excesso de sujeira, principalmente uma na altura do meu umbigo. Pera, não era sujeira. Era um rasgado. AH, A PROFESSORA IRIA ME PAGAR!

Milagrosamente, a caixa preta estava no lugar de onde o lobo tinha saído. –Ok, eu vou com a caixa. Eu fui a que mais sofreu nessa missão e ainda rasguei a blusa! Qualé! Duvido vocês enfrentarem um sereiano no mar sem saber nadar. –falei, mas de nada adiantou já que Lucinda decidiu que Camilla deveria ir com a caixa. Fala sério, eu podia amar minha prima, mas com certeza ela não havia passado nem por um terço do que eu havia passado aquele dia. –Hm. Ok então, sem problemas. –comentei séria, com uma pontinha de ciúmes e fingindo estar bolada. Lucy falou para Milla que voltaríamos com as canetas e eu apenas concordei sorrindo de lado.

Milla foi levando a mão até a caixa, porém, antes que pudesse tocá-la, milhares de bichinhos infernais saíram do além e começaram a nos atacar. As meninas começaram a petrificá-los e eu nem pensei em usar a varinha no momento de desespero, enquanto um enviado do tártaro puxava meu cabelo. Então, uma lâmpada mágica se ascendeu em minha mente e eu me lembrei da adaga. Puxei alguma coisa do bolso sem ver o que era e lancei no olho de um dos diabretes, tendo tempo de ver uma escova azul de plástico voando em direção ao olhinho dele. –MINHA ESCOVA DE CABELO! –gritei em meio à confusão, porém ninguém ouviu. Vi uma das meninas petrificando o diabrete que puxava meus cabelos e joguei-o para longe. Olhei ao redor e não restava mais nenhum bichinho nos atacando.

-Ah, vamos logo antes que coisa pior apareça. Saindo! –falei pegando minha caneta, vendo Lucy fazer o mesmo e Milla pegar a caixa. Tudo ficou escuro e senti um puxão no estomago.

Quando tudo voltou ao foco, percebi que estávamos em sala de aula. Lucy já estava saindo e Milla ia saindo quando eu a chamei. –Hey prima, vamos dar tchau para a professora! –comentei alto. – E não se esqueça de manda-la abrir NOSSA caixa. –sussurrei frisando o “nossa”. Milla e eu fomos até Charlotte, a qual eu olhei com desdém fazendo uma nota mental de mandar-lhe o preço da blusa depois. Então finalmente saímos daquele lugar, com uma caixa repleta de doces. Lá fora nos encontramos com Lucy e eu sorri, abraçando as duas pelos ombros. –É meninas, quase morremos para no fim ganharmos apenas doces, não é ótimo? –comentei ironicamente, rindo logo em seguida, caminhando com meus dois amores para as próximas aulas.




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Aulas                   Empty Re: Aulas

Mensagem por Cassidy Rewards Campbell Qui 7 Ago - 20:03

(tcm)

trato das criaturas mágicas


Cassidy se encontrava totalmente hiperativa naquele dia. Sempre gostara de sextas-feiras e, além disso, já havia aprontado muito com Lucy naquele dia. Caminhando com a colega de casa, foi comentando sobre a aula que teria agora. –Essa professora é muito, muito louca! Na última aula tive que sair carregada por um gatinho e por incrível que pareça não foi de propósito. Mas ela é legal... Você estava na última aula dela, Lulis-magia? –perguntou usando o último apelido que inventara para a amiga.

Quando chegaram à clareira alguns alunos já estavam ali. Cassidy não esperava que todos que estiveram presentes na aula passada continuassem fazendo a matéria, afinal, com certeza ela não fora a única que quase morrera. A professora também estava ali com um amasso ao seu lado. Era óbvio que Cassidy sabia o que era um amasso e sabia muito bem diferenciar um de algum felino. –Os mais burros podem diferenciar o amasso de um gato hoje fácil demais, né? Bem óbvio que de gatinha aqui só eu mesmo. –comentou para Lucy e riu.

As duas se sentaram em um dos bancos e ficaram fofocando sobre os mais bonitos. Na verdade Cassidy teve apenas que ficar escutando Lucy, já que na verdade era uma santa. A professora resolveu enfim mostrar o porquê de estar sendo paga e começou a aula. A docente estava de mau-humor, o que fez Cassidy revirar os olhos. –Como essa criatura pode ficar de mal com a vida sendo que ela pode dar aula para pessoas tão divas como nós? –sussurrou e passou a prestar atenção nas explicações entediantes de Amy.

Sra. Scarllett começou perguntando se todos sabiam que ela estava segurando um amasso. A menina aproveitou a confusão de vozes e gritou. –NÃO, IMAGINA PROFESSORA, ACHEI QUE FOSSE VOCÊ. –e riu, puxando Lucy e se escondendo atrás dela. A docente continuou falando que amassos poderiam ser mais inteligentes que gatos. –Essa tia pratica bullying com os coitados dos gatinhos, isso é inveja. –comentou com a laranjinha ao seu lado, observando a docente comentar sobre Carly, seu amasso, largando o bichano no cão.

Cassidy parou de prestar atenção em Amy e passou a olhar Carly, um amasso realmente bonito e que aparentava dar medo á todos da turma menos ela. Carly foi ‘caminhando’ lentamente até a menina. –Oi pequena, tudo bem com você, coisinha fofa? –acariciou os pelos do amasso. Ouviu o breve comentário da professora sobre Carly tê-la trocado. A aluna pegou o amasso no colo e ficou brincando com ele ao mesmo tempo em que voltara a ouvir a professora.

Pelo que entendeu, Cassidy seria enviada para uma floresta qualquer e teria que salvar amassos. Do que? Não sabia. Amy conjurou uma caixa preta, onde falou que existiam vários nomes de florestas, e começou a passar pelos alunos, deixando cada um sortear o seu. Quando chegou sua vez, a morena fechou os olhos como se rezasse e depois os abriu, olhando para a professora. –Me deseje sorte, véia. –e pegou seu papelzinho rapidamente, abrindo. – Dark Florest – Sem localização, e você, Lu-gatinha? –falou olhando para a amiga quando percebeu que a docente já havia passado por ali. Ao ouvir a resposta da amiga, desejou-lhe boa sorte e esperou as próximas instruções da professora, que perguntou se estavam prontos e logo após fez um movimento com a varinha, fazendo o papel de Cassidy ficar cada vez maior e por fim engoli-la.

A cabeça da menina Campbell doeu por um leve momento e tudo começou a girar. Um frio em sua barriga nasceu e ela ficou automaticamente enjoada. Fechou os olhos tentando não vomitar e quando voltou a abri-los estava em uma floresta.

Se é que aquilo poderia ser chamado de floresta. Sem sombra de dúvidas era o lugar mais horripilante em que já estivera em toda sua vida. Talvez mais horripilante que a comunal da Noble, mas daí já não poderia provar nada. A começar pelo cheiro: fumaça misturado com sangue e carne podre. Depois vinha o quesito aparência: ao contrário de florestas normais, os troncos das árvores da Dark eram quase pretos, as árvores não tinham folhas nem nada do tipo e eram tão altas que se a paisagem fosse um pouco mais bonita Cassidy poderia escalar uma e fingir ser João no Pé de Feijão. –Essa Amy só não pode virar uma Adeline da vida e me mandar pra uma missão de morte. Chega de Adelines. –comentou a menina enquanto observava mais detalhadamente o local.

Árvores secas, montes de galhos quebrados ao chão, esqueletos de passarinhos - ou alguma ave maior – e folhas secas deixavam o inabitável. Barulhos de gravetos quebrando eram ouvidos a todo o momento, como se ali estivessem presentes milhões de pessoas e não apenas Cassidy. Com cuidado, a menina prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e empunhou a varinha, preparando-se para qualquer situação em que tivesse que agir rapidamente. Então passou a andar, pulando poças de água suja e troncos caídos. Não seria fácil encontrar amassos ali, e mesmo que encontrasse, seria mais fácil que ele a salvasse do que ao contrário.

Cassy andou por longos minutos, desejando encontrar um amasso logo e sair dali. Mas isso não aconteceria tão fácil assim, afinal, atividades propostas por uma Liv Scarllett geralmente faziam com que o aluno chegasse perto da morte. E sendo essa uma atividade proposta por Amy, a solteirona das professoras desta família, com certeza Cassidy teria que ralar muito para ao menos sair inteira dali. –Tenho que lembrar de matar a Amy quando voltar para Beauxbatons. Como pode uma pessoa me amar tanto a ponto de me mandar para a morte? –resmungou pulando mais um tronco caído, mas infelizmente não obteve sucesso. Alguma coisa agarrara sua perna.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH. –Cassidy gritou tão alto que tinha quase certeza que se ali tivesse algum monstro, ele iria atrás dela. Olhou para baixo e percebeu que o tronco estava quebrado e dentro dele tinha um... índio [?] sem roupa e com cara de tarado. Cassidy se rebateu, chutando a cara do índio e terminando de pular o tronco. Pode ouvir o barulho do cara tentando se levantar e saiu correndo, não queria ser abusada sexualmente.

Depois de alcançar uma distancia consideravelmente boa do índio taradão, a menina parou um pouco e se abaixou, tentando descansar. Se perguntava onde estariam os malditos amassos, não estava afim de ficar ali por muito tempo apenas com a varinha para se defender. Respirou fundo e se levantou, andando calma e cuidadosamente por entre as árvores gigantes da floresta negra. Atordoada e bolada por ainda não ter achado nenhum amasso, lembrou-se de uma música e começou a cantar a tradução, nunca gostara de ter que ficar adivinhando a letra das músicas e sempre preferira as traduções. – De repente eu paro, mas eu sei que é tarde demais, estou perdido em uma floresta, sozinho, a garota nunca esteve lá, é sempre a mesma coisa... –cantou o trecho que mais gostava da música da banda de heavy metal. – Estou correndo dentro do nada, de novo, de novo, de novo... –ouviu vozes e passos e pulou atrás de uma árvore, se escondendo e encerrando a música.

Esperou alguns instantes e espiou o outro lado da árvore, não encontrando nada. Ergueu as sobrancelhas e saiu do esconderijo, olhando para todos os lados. –Devo estar delirando. –sussurrou e voltou a andar, dessa vez em silêncio. Finalmente se tocou: o que um índio estaria fazendo em uma floresta como aquela? Floresta negra não, floresta para maluco, isso sim, pensou a menina que agora chegava a um rio.

Sentando-se na margem do rio, a menina bocejou e coçou os olhos. Apoiou os braços atrás do corpo e jogou a cabeça para trás, estalando o pescoço. Observou ao seu redor e percebeu que mesmo que já estivesse ali a algum tempo, o lugar permanecia escuro e com uma densa neblina que deixava tudo parecendo com um cenário de filme de terror. –Parabéns, Cassidy, você está estrelando Pânico na Floresta 4, vai ganhar um Oscar por melhor atuação. –falou sozinha, pela milésima vez naquele dia. –Pô, nem pra safada da professora mandar mais uma pessoa pro mesmo lugar que eu? Quanto amor dessa... –parou de falar quando avistou um... –Ovo cozido? O que um, epa, perai, são vários ovos. O que eles estão fazendo aqui? –indagou se aproximando dos “ovos”.

Deixando a fome falar mais alto, a menina pegou um dos ovos cozidos e aproximou do nariz, constatando que ele não tinha um cheiro bom. Mesmo assim, desesperada, abriu a boca e quando estava quase mordendo, decidiu que seria melhor se cortasse o ovo no meio para ver o que tinha dentro. Olhando para as unhas extragrandes pintadas de preto, percebeu que seria a única forma de cortar. Com certo nojo e fazendo uma careta tão horripilante que poderia ganhar um prêmio de cara mais assustadora, foi aproximando a unha do ovo. Quando estava quase começando a cortar sua deliciosa refeição, ouviu barulhos estranhos. Por impulso, olhou para cima e avistou o que menos queria ver naquela hora: aranhas gigantes, mais conhecidas por acromântulas. –Ferrou. –fez uma careta e ergueu a varinha, percebendo que não teria tempo de correr. Obrigada, Amy. MUITO obrigada. Tentou lembrar algum feitiço que pudesse usar contra aranhas enormes. Foi andando para trás enquanto ao menos cinco acromântulas desciam das árvores rapidamente. Sentiam seu pé ficar molhado e olhou para baixo rapidamente e viu que já estava entrando no rio. –Shit. Ahn... Arania Exumai! –pronunciou o feitiço que uma vez ouvira seu pai usando para proteger a irmã de uma aranha. O feitiço não funcionou e um dos monstros se aproximou da garota, ficando apenas a um metro de distância. Ai meu Merlin fofinho, ajuda ai vai seu corno... Opa, sorry ai tio. - Sai pra lá monstrengo, SAAAAAAAAI! –agitou a varinha em frente à cara do bicho e consegui acertar um dos olhos dele, enfiando a varinha pela metade. A aranha se contorceu e foi pra trás das outras que se aproximavam lentamente.

Cassidy se concentrou e quando as aranhas chegaram perto o suficiente, tentou mais uma vezo feitiço que nunca tinha tentado usar. –ARANIA EXUMAI! –a aranha que estava na frente foi afastada e levou com ela as outras. Aproveitando a distância das aranhas a menina começou a dar uma de maratonista e correu como se não houvesse amanhã. Olhando para trás teve a infeliz visão das aranhas acompanhando-a, e dessa vez conseguiu contar, eram apenas três aranhas do gigantes e horrorosas que dariam sete Cassidys perseguindo ela. Pulando trilhões de troncos e tomando o cuidado de não ser agarrada por outro índio nu, pulou para o lado desviando de uma poça d’água. Sabendo que, infelizmente, não poderia ficar correndo por toda a vida já que teria de voltar para Beauxbatons e matar a professora de Trato das Criaturas Mágicas, se jogou no chão após pular mais um tronco, ficando perto o suficiente dele para que ficasse escondida. Quando as acromântulas começaram a passar, Cassidy preparou a varinha e, já sabendo o feitiço que usaria, esperou a última pular o tronco. –Reduccio! –falou normalmente mas com bastante emoção na voz e viu a aranha enorme se transformar em uma coisa pequena e fácil de se esmagar. Antes que as outras acromântulas e levantassem e a atacassem, a menina levantou rapidamente e pisou na aranha minúscula e inofensiva. –Uma já foi, faltam apenas duas enviadas do tártaro. –comentou olhando para os lados e terminando de pisar na aranha.

Quando as duas acromântulas restante se viraram para Cassidy, ela já estava com um olhar assassino e com a língua afiada. –Venham, coisas horríveis e recalcadas! EU TENHO UMA VARINHA, BITCHES. –riu loucamente e segurou fortemente a varinha, como uma louca fugitiva da cadeia, talvez uma assassina em série... –VAMOS, APROXIMEM-SE, COVARDES! NÃO TENHAM MEDO DA MORTE, GARANTO UMA RÁPIDA E DOLOROSA! –riu malignamente e balançando a cabeça de um lado pro outro. Uma das acromântulas foi se aproximando e Cassy quase perdeu a coragem, QUASE. –Prefere morrer do jeito da sua amiguinha lá atrás, querida? –falou carinhosamente, sorrindo. O bicho levantou algumas patas como se fosse um cavalo e Cassidy optou por usar o mesmo feitiço que usara minutos atrás. –Reduccio! – e a outra aranha diminui até ficar do tamanho do dedo mindinho de qualquer humano normal. A menina não se preocupou em pisar em cima dessa, ela já não seria mais um problema.

Esticando os braços e juntando-os para alonga-los enquanto olhava para a criatura a sua frente tediosamente. –Ok, ok. Você já presenciou a morte de suas duas irmãs feias. Mas não fique triste, ok? É assim que crescemos na vida. Um ótimo exemplo sou eu: perdi meu pai, minha mãe é uma perua que sumiu no mundo sem deixar rastros e eu nem sei se ela está viva... E mesmo assim eu continuo linda e diva, seduzindo os garotos e fazendo amizades legais. Curtiu? –falou ironicamente para a acromântula sobrevivente enquanto andava calmamente até ela. Parando a uns três metros de distância do bicho. Percebeu que ele estava prestes a ataca-la e no último segundo se jogou para o lado como o goleiro do Barcelona, um time de “futebol” - esporte trouxa amado por pessoas ridículas e bestas que perdem seu tempo correndo atrás de uma simples bola. Buscou em sua mente algum feitiço que tivesse aprendido com sua família, sabia que existia um, mas qual? Pesquisou nas gavetas de seu cérebro, que estava mais bagunçado que seu armário em Beauxbatons, e finalmente achou um. Sem mais delongas, sorriu e olhou no fundo dos ‘olhos’ do troço em sua frente. –Vera Verto! –pronunciou o feitiço que deveria transformar a aranha gigante em um cálice de água, porém o bicho se transformou em um cálice de água com duas patas traseiras de aranha. Cassidy se empolgou e foi correndo até o cálice-monstro, chutando-o tão forte que não poderia deixar de pensar tê-la mandado para outro planeta.

Por fim, exausta, ela se deitou no chão e respirou fundo, não era nada fácil matar três animais enormes de uma vez como uma louca. Enquanto descansava, ouviu um barulho quase que imperceptível de folhas sendo amassadas. Sentou-se no chão se sentindo incapaz de levantar para mais uma luta e apenas segurou firme a varinha, apontando para o lado de aonde viera o barulho. Arregalando os olhos e se preparando para morrer, viu o bicho sair de trás da árvore.

-AAAAAAAAAAAAAAAWN, QUE COICINHA MAIS FOFA, MEU DEUS! –gritou sem se importar se assustaria o amasso ou não. O pequenino não se assustou e foi se aproximando, até que subiu no colo da garota, permitindo Cassidy que lhe fizesse carinho. –Você estava ai escondido esse tempo todo, amorzinho? Epa, que é isso no seu pelo? Passou glitter? Epa, não, o brilho esta aumentando... AI MEU MER... –tudo sumiu por um milésimo. –LIN! –A garota agora se encontrava de fronte com Amy, que estendia os braços para pegar o bichano. –EPA, TIRA O OLHO FOFA. Você acha que eu quase me matei pra no final você ficar com essa coisa fofinha? Se liga idosa. Beijos recalque. Posso ir? A aula já acabou? Ok, tchau. Se avistar a Lucy por ai avisa que eu já fui. –falou tudo em um fôlego só, despejando por fim um beijo na bochecha da docente. Pegou suas coisas no banco em que estava no início da aula e saiu da clareira, tentando decidir qual seria o nome do seu novo animal de estimação.




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Aulas                   Empty Re: Aulas

Mensagem por Lucy Bradd. Campbell Qui 7 Ago - 20:04

Segunda Aula de TCM,
And all those sleepless nights, the ones you made ​​me cry. No more.
Segunda, Terça, Quarta, Quinta... Sexta. Finalmente. O melhor dia da semana. Onde Cassidy e eu aprontávamos muito. Quer dizer... Mais do que em dias comuns, o que já é muito difícil, mas nunca impossível pra divas como nós. Cassy andava pelo corredor enquanto eu pulava ao seu lado na mesma velocidade. Ri dela e das suas recaídas onde só sabia falar de garotos lindos, maravilhosos e gostosos, sempre em lugares onde eu não estive. – Não estive, Recal-Cassy, mas imagino como deve ser louco. – Ri mais alto pelo apelido que ela me dera e pelo o que arranjara para ela. Claro que se dependesse dela eu nunca poderia dizer uma coisa dessas ainda viva, mas como ela me amava e não se importava tanto por ser eu que vós falava ela deixou passar.

Chegamos à clareira. A aula não parecia ser algo tão grande e o lugar não tão diferente, considerando que a aula era de TCM. A professora tinha um amasso em seus braços. Ele era tão fofinho, gordinho e peludinho... Minha primeira intenção foi de pular em cima dele e mordê-lo, mas eu não queria ser mandada pra fora da aula e perder pontos pra Paxlitté, o que me levar a repetir o ano de novo. – Osh, gatinha? Você? Tem certeza que tá falando de você mesmo? – Perguntei sarcástica. – A única gata realmente visível aqui sou eu. Você é só uma iludida, meu amor – Sorri para Cassidy. Sabia que a irritava quando a chamava de ‘meu amor’.

Quando nos sentamos quase pulei no pescoço dela. Ela não conseguia parar de falar de cada garoto que passava na nossa frente. Quem sabe se eu fosse mais ‘atirada’, como ela, eu estaria apaixonada à uma hora dessas. Quando a professora finalmente resolveu começar a aula Cassidy começou a reclamar baixo do meu lado, enquanto eu que sou muito normal fiz o que as pessoas normais fariam e gritei: - ALELUIA, IRMÃO! - Cassy me fuzilou com o olhar e depois, com raiva, foi ouvir o que a professora estava falando/explicando. Depois ela não se conteve e sussurrou algo super egocêntrico e normal (por ser ela) pra mim.

Depois todos fizeram uma imensa confusão só pra responder se sabiam que o que a professora segurava era um amasso. Cass gritou alguma coisa louca como ela e me segurou na sua frente, automaticamente colocando a culpa em mim por qualquer coisa que ela tenha feito. – CALA A BOCA, CASSIDY, TU SABE QUE OS AMASSOS SÃO MELHORES, SUA RECALCADA – Gritei com ela. Olhei em volta. Só a sala inteira me olhava com cara de “WTF?”. Voltei o olhar pra professora e sorri pra ela, ficando em pé. - Que isso, professora? Tu me ama e vai deixar isso de boa, agora pode continuar a aula que eu deixo - Pisquei pra ela.

Voltei a sentar e prestei atenção em toda a fala dela, já que a santa Cassidy não voltou a falar comigo. A gente tinha que executar tipo a ‘missão impossível.com’. Ela conjurou uma caixa preta e pelo que ouvi, tínhamos que tirar um papelzinho onde havia escrito a qual floresta deveríamos ir. Peguei meu papel e fechei os olhos rapidamente. Voltei a abri-los. Abri o pequeno papel. “Fria”. Calafrios percorreram meu corpo. Eu estava amedrontada. Cassidy não parecia preocupada por ter tirado a floresta negra, mas, sinceramente, estava mais preocupada comigo. – Cold – Respondi-a rindo. Mas não tinha a menor graça.

Acromântulas. São só acromântulas, Lucy. Só acromântulas. Aranhas gigantes, mas você consegue. Não, você não consegue. Comecei a chorar, os olhos fechados. Então me dei conta de que não estava mais na sala de aula da professora Scarlett. Abri os olhos e olhei em volta. Porque eu? Porque eu?

Era muito fria. Eu queria um casaco e queria fugir para uma cabana com uma lareira, mas tinha que escapar das acromântulas. Acromântulas. O medo voltou. Olhei em volta, desesperada. Só haviam árvores e plantas a minha volta. E todos os seres vivos presentes naquele lugar estava congelados. Corri para uma árvore. Precisava subir. Agarrei um dos galhos. Minha mão quase escorregou ao me apoiar nele, mas eu continuei segurando firme. Meus dedos quase congelaram. Tentei subir, mas meus pés escorregavam. Me pendurei no galho até que escorreguei e caí com tudo no chão. Definitivamente a aula não era tão boa como Cassy tinha contado.

Procurei pedras pelo chão. Nada. Fogo. Precisava de fogo. Me lembrei da minha varinha. Puxei-a da minha bota e a apontei para um lugar vazio. Não me lembrava do feitiço. Esquecera tudo. Olhei pra trás buscando algo. Mas não encontrei nada. Ao fundo consegui ver algumas coisas pretas se aproximando. Continuei buscando algo. Espera. Me caiu a ficha. Coisas pretas? Gigantes? - AAAAAAAHHHHH! SOCOOOORROOOO! ME TIRA DAQUI SUA PROFESSORA MALUCA! – Gritava como uma louca, mas tudo inutilmente.

Corri por entre as árvores, mas elas notaram minha presença. Me escondi atrás de uma árvore. - ESTUPEFAÇA! – Foi o primeiro feitiço me veio na cabeça. Uma voou longe e bateu em uma estalaquitite ou estalaquimite de gelo, não lembrava a diferença. O gelo passou por ela e pude ver a ponta dele do outro lado das costas dela. As outras correram mais rápido até mim. Corri enquanto lançava feitiços. - ESTUPEFAÇA! ESTUPEFAÇA! REDUCTO! – Tentei. Quebrei a perna de uma com o ‘reducto’, mas não faria grande diferença. - ESTUPEFAÇA! – Quando olhei pra trás percebi que me levavam para seu ninho. - NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! ESTUPEFAÇA! – Bati minha perna em uma pedra e cai. - AI! – Minha perna começou a sangrar. - ESTUPEFAÇA! – Ainda haviam três aranhas e eu estava caída no chão, impossibilitada. Eu tinha que lembrar o feitiço contra aranhas.

Então minha clarividência começou a funcionar. Me via caída no chão, aranhas gigantes tentavam me comer, ou sei lá, quando eu lancei um feitiço que as lançou longe e fez um felino aparecer andando para mim. Ouvindo o feitiço, voltei a minha razão.

- ARANIA EXUMAI! – Gritei. As três aranhas foram lançadas para longe, no último segundo e eu me levantei com dificuldade. Um amasso apareceu na minha frente. - Vamos, bichano! – Quando toquei nele me vi de novo na clareira. - EU TENHO MEDO DE ARANHAS, SUA... SUA... ARGH! – Gritei com a professora, sem querer. - Enfermaria. – Anunciei e sai do lugar.


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Mensagem por Lucy Bradd. Campbell Qui 7 Ago - 20:05

(herbologia)

Segunda Aula de Herbologia,
everyone are afraid. I'm afraid. Thorns are scary. Hello, herbology.
Logo após o almoço, Cassidy me trocou por sua aula de poção. Fiz uma ronda pela escola, sozinha, como se fosse monitora e depois fui para o dormitório. Vasculhei minha bolsa atrás do meu horário. Claro que, com a minha organização, tive que tirar tudo da bolsinha e só o encontrei amassado no fundo dela, junto a alguns papeis de bala trouxa. - Hum... Herbologia... Murmurei para mim mesma. Tirei minha bota de salto onde guardava minha varinha e coloquei uma na qual me permitia suja-lá o quanto quisesse em uma aula onde se meche com a terra. Amarrei meus cabelos em um rabo, coloquei o livro de Herbologia na mini-mochila e minhas luvas, saindo para as estufas.

Algumas garotas conversavam e riam, bobas, o que me fez sentir falta de minha amiga laranja. Estava atenta ao relógio. Cobrei a ela que logo que terminasse a aula ela correria para se encontrar comigo nas estufas. Estava nervosa. Não gostava de ficar sozinha, me sentia deprimida e muito excluída. 16 horas. Onde ela estava? Eu iria cortar os cabelos dela a noite se não chegasse o mais rápido. Finalmente, uma morena apareceu correndo até a aula. "Não quer se atrasar pra aula de jeito nenhum, é claro." Cassy gostava de chegar cedo as aulas para não trazer prejuízos a Pax. Ela começou a ofegar ao meu lado. - Tá morrendo? Ri de seu rosto tão vermelho quanto o vermelho do distintivo de monitora de Camilla, da Lucttore. Pensei que ela ia me fritar e depois me comer no jantar, que já era o próximo compromisso. - Eu não te mato por ter me abandonado e você não me mata, pode ser? Porque eu te amo e você me ama. Sorri, meiga pra ela, só não queria um não. Era um daqueles casos de vida ou morte.

Antes que ela respondesse o professor nós mandou para a estufa 3. Olhei para Cass, confusa. - Não era aquela estufa... Esperei que ela me completasse ou dissesse que sim ou que estava me enganando. Ouvira dizer que um menino novato da Paxllité havia colocado fogo naquela estufa e era por isso que agora lutávamos por pontos para casa. Entramos, acompanhando o professor. Olhei para todos os cantos e tudo estava igual. - Mas como?... Sussurrei. Notei que, no fundo, não havia nenhuma planta em uma pequena área, onde estava mais escuro. Um arrepio me ocorreu. Olhava para onde pisava o tempo todo com o maior medo do mundo. Então Rupert, como haviam me dito que se chamava, nos alertou dos perigos e sobre algumas plantas que haviam no local. Senti calafrios. Não gostava muito das plantas mágicas, eu sempre tive uma má impressão delas, já Lola as amava, queria entrar para o Saint Alliance desde pequena.

O professor nos lembrou do acidente e contou do acidente com algumas plantas. "Graças a Merlin!" não pude deixar de pensar. Puxei Cassidy para o meu lado. Digo, se algo me atacasse, antes ela do que eu. Continuei puxando-a até nos sentarmos em volta da mesa onde Rupert se encontrava. Era um bom professor, não tão amoroso e etc., mas nos orientava bem. Mordi a língua. Só não gostava do nome da planta. Medros? Por que se parece com 'medo'? Coisa do destino ou acaso? Hello, clarividência, tem alguém ai pra me ajudar?

Tirei minhas luvas de dentro da bolsa e as coloquei. Esperei que Cassy fizesse o mesmo e fomos buscar nossas mudas. Aproveitei e catei um chiclete tutti-fruit, uma bala extremamente gostosa, trouxa e comecei a mascar. Levei minha muda de Medro para o canteiro e puxei o saco de estrume de dragão para mais perto. - Sabe... Comentei para Cassidy, fazendo um buraco com a pá, na terra. Minha franja caia em meus olhos e eu a afastava. Elas as vezes atrapalhavam bastante. -...acho que prefiro dragão a bezerro. Ainda mais apaixonado. Até ele e eu não. Isso é depressivo. Dei uma risadinha. Não queria admitir que estava apaixonada, aliás, não, não estou.

Cavava o buraco com o cuidado para que a planta coubesse direitinho no lugar. Coloquei a pá de lado, suada, e, fugindo dos espinhos, peguei o Medro, tremendo, com medo de me furar, e o coloquei dentro do buraco perfeito que cavara. Não, não era perfeito. "Um pouquinho mais fundo" analisei. Pus a planta no chão novamente, peguei a pá de novo e cavei um pouco mais. - Pronto. Coloquei a planta no buraco, quase acabando por me cortar com um espinho. Passei a mão sobre minha testa, limpando o suor e fui preenchendo todos os espaços necessários com o estrume de dragão. Apalpei a terra e cai sentada no joelhos. Durante meu trabalho o professor só me olhava e não dissera uma palavra. Presumira que havia feito tudo certo. Quase pude ver um sorriso no rosto de Rupert, mas deveria ter sido impressão, porque ela não dissera nada. Cassidy já me esperava. Tirei as luvas, as bati, tirando grande parte da terra, coloquei-as num saquinho e este de volta a bolsa. Corri até a Paxlliteriana. - Jantar! Finalmente! Que fome! Dei meu braço a ela, rindo e aliviada por nada ter me acontecido na aula. - Ah, não vem! Eu não sou tão esfomeada assim não! Choraminguei. Não queria mais discutir. Eu estava com fome e queria comer, andei mais depressa, ouvindo Cassidy me chamar de gorda. Como se eu nunca ouvisse isso dela!
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Mensagem por Cassidy Rewards Campbell Qui 7 Ago - 20:06

herbologia


-Droga, droga, droga! A Lucy vai me matar! SAIAM DA FRENTE SEUS LERDOS! –falei tentando correr pelo corredor até chegar à comunal, mas parecia que logo naquele dia o pessoa havia decidido passear um pouco pelos corredores. Quando finalmente cheguei a comunal, corri até o dormitório e comecei a me trocar, não existiam possibilidades de que eu fosse para a próxima aula de sapatilha e cabelo solto, sendo a mesma Herbologia. Ah, droga, mexer com terra não é comigo, pensei enquanto terminava de colocar minhas botas de cano baixo lindas da última coleção de uma marca trouxa e prendia meu cabelo em uma trança feita rapidamente, ou seja, totalmente mal feita. Depois de pegar minhas coisas sai correndo em direção ás estufas, além de ser morta por Lucy eu provavelmente traria problemas a Paxllité se chegasse atrasada.

Correndo mais que um maratonista, finalmente consegui chegar ás estufas. Olhei em meu relógio de pulso, três minutos para o inicio da aula e pelo que eu já conhecia do professor, ele não demoraria nada para dar inicio a ela. Procurei Lucy e a achei com uma cara de dar dó, mas era a Lucy e eu não conseguia sentir dó da mesma com aquela cara de palhaça que ela tinha. –Cheguei Lulis. –disse ofegante ao seu lado, tendo que ouvir piadinhas sobre meu estado. Ok, eu sabia que não estava uma miss França, mas afinal, o que seria do mundo se as pessoas já fossem bonitas por natureza? Ops, na verdade algumas já são, como eu e minhas primas... –Se liga Elizabeth, para de ser iludida. –chamei-a pelo seu segundo nome, mesmo sabendo que ela não gostava. Ela não queria brincar? Então vamos brincar.

Antes que ela respondesse, Rupert chegou e mandou-nos para estufa três. Lucy comentou algo sobre ser na estufa um e deixou a frase no ar para que eu completasse. –Não discute e anda nanica. Não ficou sabendo do que um colega nosso aprontou? –falei empurrando-a. Não que eu pudesse falar muito sobre altura, mas qualquer coisa era válida quando se tratava de zoar a Lucy. Quando chegamos à estufa três percebi que estava tudo normal. Nenhum sinal de incêndio. –What? –sussurrei arregalando os olhos. Com certeza algum sinal do incêndio deveria ter ficado, mas eu não sairia por ai procurando por ele. Continuei andando com Lucy, porém olhando para minhas unhas. Ouvi o professor comentando algo sobre cogumelos explosivo e atenção sobre os lugares que tocávamos. Parando imediatamente de olhar para minhas unhas passei a prestar atenção no solo. Devo quase ter pisado em cogumelos explosivos umas três vezes, mas conseguira me safar.

O professor lembrou a turma sobre incidente com a plantação de Medro, uma planta esquisita e chata com um nome esquisito e chato que eu não sabia nem o que era, bem justo. Lucy me puxou para seu lado, com certeza estava tramando alguma. Ótimo, agora teria de prestar atenção na louca ao meu lado e no chão. O professor explicou sobre a planta de nome estranho e falou que ela poderia até levar-nos a morte. Sorte? Ah, claro. Que não. O docente explicou que teríamos que replantar o Medro em uma parte de terra ali na estufa que eu ainda nem havia percebido. Prestar atenção em coisas relacionadas a qualquer coisa que pudesse sujar minhas unhas nunca foi meu forte.

Abrindo minha bolsa, fiquei tentando lembrar se eu tinha pegado luva ou não. Olhei o maior bolso e não tinha nada ali. Olhei o menor e só algumas coisas para retocar a maquiagem. Torcendo para achar no terceiro, abri-o vagarosamente e ali estava meu belo par de luvas próprias para Herbologia, mas na cor rosa. Eu e Lucy fomos pegar o que precisaríamos para replantar o Medro e a vi pegando um chiclete e colocando na boca, a sem educação nem se quer ofereceu...

Peguei uma pá e uma muda da planta e deixei ao lado das de Lucy. Voltei para pegar o adubo e fiquei em dúvida entre qual escolher, ambos eram nojentos demais para mim. Optei pelo excremento de bezerro apaixonado, pelo menos o pobre coitado estava apaixonado na hora de... produzir aquilo. Lucy fez um comentário sobre até o bezerro estar apaixonado e ela não. –Mas veja bem amiga, ele poderia até estar apaixonado, mas será que era correspondido? A vida não esta fácil pra ninguém não, dona Lucy. –indaguei rindo e fazendo um buraco na terra com a pá.

Depois de retirar terra diversas vezes dali, finalmente gostei do tamanho do buraco. A pobre planta poderia crescer sem nenhum trauma sobre lugares apertados. Joguei a pá de lado e peguei na planta com cuidado, lembrando-me dos avisos do professor. Eu ainda estava jovem demais para morrer, isso só poderia acontecer depois que eu fosse madrinha de casamento da Lucy e dos sete filhos dela. Coloquei a planta com cuidado no buraco e chegou a pior parte da aula: adubação. Com muito nojo, peguei o saco de excremento de bezerro e rasguei, deixando cair um pouco para todos os lados. Olhando para Lucy, prendendo a respiração e mordendo a língua pra não soltar um “eca”, enfiei a mão ali dentro rapidamente e joguei uma boa quantidade de adubo na planta. Refiz o processo mais algumas vezes até que o buraco ficasse completamente tapado. Quando terminei ergui o rosto e dei de cara com Rupert me olhando, maneei a cabeça como se dissesse ‘eai, tio’. Levantei dali e vi que Lucy ainda terminava seu trabalho, sempre caprichosa demais.

Retirei as luvas e larguei em cima da mesa, eu possuía um estoque daquelas e me recusava a usar algo que estivesse com cheiro de adubo ou algo parecido. Peguei minhas coisas e fiquei esperando minha amiga já na saída da estufa. Esta veio correndo e mostrando seu lado não lady, parecendo uma necessitada. –Vamos ô gulosa, não sei como você não fica obesa, já que gorda você já é. –comentei rindo sabia que ela ficaria emburrada. Fui puxando Lucy para a comunal sem que ela percebesse, afinal, ainda precisaríamos tomar banhos antes de ir para o salão imperial pagar mico com ela demonstrando ser esfomeada até demais.




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Mensagem por Lucy Bradd. Campbell Qui 7 Ago - 20:08

(artes)

Segunda Aula de Artes,
And all those sleepless nights, the ones you made ​​me cry. No more.
Artes. Eu havia adquirido um certa antipatia e desgosto daquela aula. Ela me fazia pensar muito além nos meus problemas, porque era logo o que eu amava fazer, e me deixava mais confusa e piedosa com alguns assuntos os quais eu não queria nem pensar nem ir tão longe. Eu me escondia das aulas, parara de frequenta-las, mas sabia que algum dia iria voltar a elas. E tinha razão.

Este com certeza fora o meu pior almoço. Eu comia depressa e mal mastigava a comida. Artes me faziam lembrar passos leves e certos, mas me trazia antigas lembranças pesadas. "Quinn..." Afastei meu pensamento dela. Porque era tão difícil assim? Tive a impressão de que Cassidy estava falando comigo e me virei para ela com a boa tão cheia que não caberia mais um grão de arroz. - Hum? Murmurei com a boca fechada. Não queria sair cuspindo nela. Engoli tudo de uma vez só, quase abrindo uma cratera na minha garganta. - Eu estou bem, porque não estaria? Afinal, nossa próxima aula é de Artes, sim? Cassidy era uma ótima amiga e daria tanto pela Paxllité quanto eu. Exibi um sorriso falso, não querendo preocupá-la.

Eu queria tanto esquecer tudo que havia me acontecido, todos os meus problemas, todas as pessoas as quais eu me preocupava mas não sabia se se preocupavam comigo do mesmo jeito, mas então aparece o tal irmão gêmeo do Scott e me confunde ainda mais. Eu não queria sentir aquilo que estava sentindo, queria odiá-lo e fingir que não me importava, mas era algo tão diferente... Aquilo mexia com a minha cabeça e me fazia sentir como se não fosse preciso odiar tanto quem me fez mal, quem me fez sofrer. Eu estava sendo dura com eles e comigo mesma, claro, mas eles me deixaram e pensaram só neles mesmos. Até Quinn, que prometeu não me abandonar. Aquela a qual eu consolei tanto tempo por um garoto, um garoto que depois abandonou ela, que a deixou completamente cega ao mundo e ao seus próprios sentimentos. Ela largou uma vida para sofrer quieta e sozinha. E ela me deixou, no meio do nada.

A comida, naquele momento, me fazia bem, não me fazia engasgar como meus pensamentos. Eles sim eram maléficos e queriam meu mal, não meu almoço. Ele já era quase um velho amigo. Ainda preferia usar blusas de mangas que tapavam meus pulsos, que ainda tinham marcas dos arranhões do dia que salvei Quinn de cair de uma vassoura e que eu sempre faço questão de esconder. A cama, ao meu lado, no dormitório, já estava ocupada por outra garota e não havia mais espaço na minha vida para ela.

Cassy teve que quase que arrancar a o garfo das minha mãos e tirou meu prato da minha frente antes que eu engolisse, entregando pra um novato qualquer. - Eu disse que tô bem! Quase berrei. - Me devolve minha comida... Choraminguei. Mas ela se negava. Eu fiz beiço, mas ela não quis me devolver. - Ta bom então, tia má Mostrei a língua pra ela, coloquei minha mochila no ombro e fiz uma careta. - Artes, então? "Como se fosse uma opção" pensei.

Fomos andando até a sala de artes. - Ei, Cass, sabe qual a diferença entre a Nathalie e a Lola? Perguntei no caminho da aula. Ela parou pra pensar um pouco. Era difícil. Ambas eram da Sagesse, namoravam garotas, eram fofas e meigas... Enfim ela respondeu. - Nem eu! Começamos a rir da minha trollagem e fazer mais piadinhas, enquanto andávamos pelos corredores.

Não lembrava da porta ser tão grande daquela maneira. Nela, haviam figuras gravadas. Parei para analisá-las e lembrei que havia uma senha. Risos e Lágrimas? Comédia e Terror? Hum... - Não me lembro da senha. Comentei. Começou então um jogo de adivinhação entre nós. No caso, eu chutava e ela dizia se estava 'quente' ou 'frio'. - Tem comédia, não tem? Ela fingiu não saber e começou a rir. - TEM COMÉDIA! EU SABIA! HA-HA! Parecíamos duas loucas em frente a uma porta fechada, rindo e quase batendo uma na outra. - Comédia e...? Chutei tudo que eu podia, mas nenhum era a senha. - Desisto! Você venceu, sua chata Ela começou a rir da minha cara e me zoar. - Sou mongol mesmo, e dai? Ficamos rindo até ela decidir dizer a senha. "Comédia e Tragédia! Como não pensei nisso antes!" Ainda ria da nossa cara.

Nós éramos quase as últimas a chegar, mas não tinha problema, porque não haviam mesas e cadeiras na sala. A professora começou a falar sobre estar de mal humor, mas eu não estava prestando atenção, porque tacava bolinhas de papel em Cassidy. Pensei que ela ia pular no meu pescoço, mas vimos as pessoas começarem a sentar no chão e fizemos o mesmo. Continuei jogando as bolinhas nela. Então a professora falou sobre interação. Cheguei perto do ouvido de Cassy. - Interação, né? Catei algumas bolinhas do chão e as joguei pra cima, fazendo uma 'chuva de papel'. - NEVE NA SALA! Fingi estar conversando com Cass, mas provavelmente a professora percebera que havia sido eu. Ignorei alguns olhares sobre mim, pensando o quanto eu era idiota para eles, mas quem ligava? Eu? Ah, CLARO! Que não. Então me lembrei que não sabia uma coisa. - Qual o nome da professora mesmo, Cassy? Dei um risadinha e quase pude sentir o frio do olhar da professora sob mim.

Demetria colocou um garoto e uma garota no centro no círculo e mandou que eles caçassem um ao outro. Olhares maliciosos inundaram a sala - Huuuuuummmm... Foi a única zoação que eu consegui usar. Mas o mais engraçado foram os dois caindo, principalmente a garota, que notavelmente se achava demais.

A professora, então, resolveu zoar com todos além deles e nos mandou correr pela sala. Eu revirei os olhos. Ela realmente achava que eu iria fazer algo assim? Mas eu não queria ser expulsa de sala, porque a professora já não tinha simpatizado muito comigo. - Sim senhora, professora! Puxei Cassidy pelo braço e corremos a sala inteira. Depois, ela nos fez entrar em um biombo que nos fantasiava. Continuei rindo. Nunca parava. Deixei Cassy ir na frente e depois pulei pra dentro do caixote. 'Eu posso ser quem eu quiser...' pensei '...Ninguém vai me rebaixar, porque posso ser grande. Fechei os olhos, fui saindo da caixa e os abri novamente. Percebi que eu era uma princesa.- Milady Cassidy, onde estás? Procurei-a pela sala. E então meu olhar caiu sobre ela e sua roupa. - Ainnn... Que linda! Não devia ter me manifestado com um elogio. Ela começou a se gabar. - Osh, digo, Vossa Senhoria não se põe como humilde em frente a mim, por que causa? Ri, mais uma vez. Então a professora pulou em cima de nós com suas armas e eu quase tive um ataque do coração e cai dura no chão. - Após essa, cara amiga, me retiro desta sala. Lady Cassidy há de vir comigo? Ela concordou e saímos da sala, correndo para o dormitório para trocar de roupas. E eu consegui atuar sem nenhuma complicação, desta vez. Era o melhor dia da minha vida. Podia fazer o que eu amava, artes cênicas, sem me preocupar com meus problemas pesados.
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