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Hogwarts II

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Mensagem por Anna Kolhs Müller Seg 30 Jan - 13:33

Ato Um
Lizzie.

5º ano. Hogwarts. Biblioteca.
Melina folheava um livro enquanto Paris tinha o olhar distante e o rosto apoiado na mão.
Melina: ...então se você quiser se defender de uma Maldição Imperdoável como o Cruciatus é preciso que você...
Paris estava bem longe e Melina percebeu isso rapidamente.
Melina: ...conjure uma fogueira na sua cabeça.
Paris não respondeu nada, apenas continuou olhando para além da sonserina. Melina fechou o livro com um baque que fez a mesa tremer.
Melina: Entendeu?
A grifina piscou repetidamente e confirmou com a cabeça.
Paris: Uhum.
Melina: Paris, você não tava nem prestando atenção!
Paris: É claro que eu tava!
Melina: Ah é? E o que foi que eu disse?
Paris: Alguma coisa sobre Imperio.
Melina: Você só pode estar brincando com a minha cara! Eu terminei de falar sobre Imperio há uns 20 minutos.
Paris: Você acabou de perceber que você ficou falando sobre fatos inúteis por 20 minutos, né?
Melina: Isso é importante!
Paris: Não, amiga, isso é uma doença. Vai se tratar.
Melina bufou.
Melina: Posso pelo menos saber que coisas inúteis ficaram na sua cabeça por 20 minutos?
Paris: Qualquer coisa que não fosse a aula tediosa do Senhor Longbottom.
Melina: Paris, o Longbottom dá aula de Herbologia, não de Defesa Contra as Artes das Trevas. E você nem faz Herbologia!
Paris: Sei lá, foi o primeiro nome que veio na minha cabeça.
Melina: Amiga, você não tem aula com ele há três anos. Se o nome dele foi o primeiro que veio a sua cabeça, não sou eu que tem que se tratar.
Matt: Ih, eu ouvi “se tratar”? Se você tiver dando esse conselho pra Paris, eu tenho que concordar.
Matt apareceu, sentando em cima mesa.
Paris: Cala a boca, idiota.
Matt: “Idiota?” Você já foi melhor nisso, gatinha.
Sam chegou logo depois e bateu no joelho de Matt, fazendo com que ele se tocasse sobre onde estava e saísse de cima da mesa. Melina revirou os olhos com a chegada do sonserino.
Melina: Nós só estávamos estudando. O que tá rolando?
Matt sorriu maliciosamente.
Matt: Nada. Quer dizer, ainda. A gente ouviu que tá rolando a maior confusão no ministério.
Melina se sentou ereta, como se acordasse com o comentário.
Melina: Sério?
Paris: Como assim “confusão”?
Sam bufou.
Sam: A gente não sabe. O Matthew que adora uma fofoca.
Matt: Ih, nem vem, cara. Eu gosto é de me meter nas confusões.
Melina lhe lançou com olhar de desaprovação enquanto Paris arqueou as duas sobrancelhas como quem pergunta se ele estava falando sério.
Matt: Pra consertar né, velho.
Melina (ironicamente): Ah tá. Mas a gente tem mais o que fazer.
Sam: Tipo o que?
Melina levantou uma sobrancelha, não gostando dele se metendo.
Melina: Tipo começar a estudar pro teste da McGonagall.
Sam abafou uma risada.
Sam: Na biblioteca?
Melina (ofendida): Claro. Onde mais, gênio?
Sam: Nossa não queria invadir seu espaço, não precisa ser agressiva. Acho melhor eu ir começar a estudar de qualquer forma também.
Sam largou a mochila e o livro de Transfiguração em cima da mesa e sumiu entre as estantes da matéria.
Paris: Vocês não podem estar falando sério agora!
Sam: Ahn? Como assim?
Melina: Para de fazer corpo mole, Paris.
Paris: Não é corpo mole, mas eu passo, tenho coisas mais interessantes pra fazer no meu final de semana.
Matt: Eu vou ter que passar essa também, McGonagall já tá no papo.
Paris: Bleh, corvinos.
Matt: Oi?
Paris: Ai ficou surdo agora, foi?
Matt: Ih, que chata meu. Voltando, melhor eu ir porque eu quero descobrir tudo sobre essa parada no Ministério. Alguém sabe onde tá o Seth?
Paris: Na verdade, será que eu podia ir com você?
Matt (ironicamente): O que? Eu ouvi você pedir com jeitinho pra ir comigo? Em que mundo eu fui parar?
Melina mordeu o lábio pra não rir dos dois.
Paris: Cala a boca.
Matt: Tá, mas vamos logo.
Sem dizer mais nada, Paris se levantou e saiu com Matt da biblioteca. Alguns instantes depois Sam voltou.
Sam: Ih, os dois já correram da responsabilidade?
Melina: Já.
Sam distraído coloca a mochila nas costas e pega o livro da mesa para juntar com os outros dois que ele trazia.
Melina: Ei, onde você tá indo?
Sam: Pra fora daqui.
Melina: Mas você disse que ia estudar.
Sam: Eu nunca disse que ia ser aqui.
Melina torceu o nariz. Sam mal percebeu, apenas equilibrou sua pilha de livros e saiu da biblioteca. A sonserina apertou os olhos, pensativa e juntou suas coisas, correndo para alcançá-lo.
--
Paris: Hm, a gente não deveria estar tentando descobrir o que tá rolando?
Matt: Devia. Mas primeiro o que eu preciso descobrir é onde tá o Seth.
Paris: Eu vi ele na comunal hoje cedo e ele disse a coisa que eu mais ouvi ele dizer desde que conheci ele.
Matt: Que ia treinar?
Paris: Uhum.
Matt: Bom, mas ele não está lá, porque nós passamos lá antes de ir pra biblioteca e não tinha ninguém em cima de uma vassoura lá.
Paris: Então ele pode ter ido... Na verdade eu não sei. Além de treinar e comer eu sinceramente não sei o que mais aquele grifino faz.
Matt: Bom, qual outro lugar grande e óbvio nós não checamos?
Paris começou a contar nos dedos.
Paris: Hm, Campo, Biblioteca, Salão, Hall, Ponte... Faltam as torres.
Matt: Melhor a gente ir pro Pátio da Torre do Relógio então, porque dá acesso a todas as outras torres e a ponte coberta.
Paris: Eu sei bobão, não precisa ligar o botão nerd.
Dois andares à cima depois...
Paris: Por aqui.
Matt rolou os olhos.
Matt: Eu sei.
Paris: Agora qual torre?
Matt: Olha, pra mim a única coisa que ele pode ter vindo fazer aqui é checar o corujal, tirando isso vir pras torres não serve basicamente pra nada.
Paris: É, tem razão. Mas quando chegar lá pode ter certeza que eu vou matar o Seth por ter me feito subir isso tudo.
Seth coloca uma coruja marrom de volta onde ela estava.
Matt: Cara!
Seth: Shhh!
A coruja sai voando.
Seth: Mas que merda!
Seth se vira para os dois.
Matt: Onde você tava? Demorou um século pra te achar.
Seth: Calma, achou, não achou? Qual o problema?
Paris deu um empurrão no grifino.
Paris: Para de ser engraçadinho que a gente subiu um bocado de escadas giratórias porque o Matt precisa de você pra tudo.
Seth: Awn, cara.
Matt: Calem a boca vocês dois.
Seth: Mas o que foi? É sobre a parada do Ministério?
Paris: Você ouviu também?
Seth: Lógico que ouvi, até chegar no quinto andar você praticamente vê as notícias correndo. Devo ter ouvido pelo menos umas sete vezes.
Matt (empolgado): E ai, o que você sabe?
Seth riu.
Seth: Calma, eu só sei que foi algum alerta no Nível 2.
Paris franziu o cenho.
Matt (sussurrando): Departamento de Execução das Leis da Magia.
Paris (sussurrando): Eu sabia.
Matt: Mas se eles estão em alerta o que isso significa pro resto do m...
Um alarme alto começa a tocar e uma luz vermelha começa a piscar no lugar das luzes normais do castelo.
Paris: Agora você entende quando eu te mando calar a boca.
Matt: Mas que merda.
Paris: O que a gente faz? Evacua o castelo?
Seth: Vamos sair daqui agora e descobrir.
Os três saem do Corujal para a Pátio da Torre do Relógio.
Seth: Cadê os outros?
--
Sam: Quer parar de me seguir?
Melina: Como você sabe que eu estou atrás de você?
Sam: Você é meio óbvia.
Melina (ofendida): Perdão?!
Sam: E eu tenho quase certeza que isso é invasão de privacidade.
Melina: Bem, você está em espaço compartilhado e eu estou apenas coincidentemente fazendo o mesmo caminho que você.
Sam: Esperando eu ir na frente pra te ‘guiar’, né?
Melina: Você pode provar isso?
Sam: Você é bem cínica às vezes.
Melina: Isso foi uma pergunta?
Sam: Não.
Eles ficaram em silêncio por algum tempo enquanto passavam pelo pátio de entrada até os terrenos externos de Hogwarts, Melina apenas curiosa sobre onde ele estaria indo.
Sam: Melina, para com isso.
Melina: Ora, você zombou do meu lugar de estudo, quero ver qual é a sua ideia de algo tão melhor assim.
Sam parou do nada.
Sam: Você ouviu isso?
Melina: Se você tá pensando que vai se livrar de mim com um truquezi...
Sam: Melina cala a boca e escuta.
Os dois se viraram para ver o pátio de entrada coberto por uma luz vermelha. As torres também estavam envoltas em luz vermelha como se para quem estivesse do lado de fora pudesse ver.
Sam: Que merda.
Melina: Relaxa, deve ser o negócio do Mi...
Sam: Mas que merda!
Sam puxou a mochila dos ombros e jogou no chão junto com os livros que ele carregava.
Melina: Onde você... Ei!
Sam: Vai achar os outros.
Melina: Eu não...
Sam: Vai logo!
Ele se virou de costas pra ela e começou a descer os terrenos.
Melina: Ei!
Melina puxou a camisa de Sam e ele se virou de novo.
Melina: Escuta aqui, ninguém me manda fazer nada, tá legal?! Você quer me dizer o que está fazendo pra eu poder aj...
Olivia: Sam!
Olivia apareceu vindo do Lago Negro e ela largou os livros que tinha nos braços e abraçou o primo forte. Melina franziu o cenho sem entender nada.
Olivia (sussurrando): Que susto, pensei que tivessem te levado.
Sam (sussurrando): Eu achei que fosse ela.
Os dois se soltaram e Olivia abraçou Melina rapidamente.
Melina (ironicamente e fazendo aspas): Perdi a deixa do ‘momento abraço’?
Sam: A gente precisa achar os outros.
As duas concordaram com a cabeça.
Melina: Eles disseram que iam atrás do Seth.
Sam: Então eles estão no campo?
Olivia: Não, eu estava do lado de lá e não vi ninguém no céu.
Melina: Que ótimo, vamos pro castelo então.
--
Paris: Graças a Merlin descer é mais fácil.
Matt: Você reclama demais.
Paris: E você existe demais.
Seth riu.
Matt: Não tem um monitor lugar nenhum! Se...
Paris e Seth: ...fosse eu isso não estaria acontecendo.
Matt encarou os dois.
Paris: É, a gente sabe.
Seth: Acho que essa é a frase que você mais fala.
Paris: Todo mundo já sacou que você tá se coçando pra ser monitor.
Matt: Eu só não acredito...
Paris e Seth: ...que eles escolheram o Connor Van Hallen esse ano.
Matt: Tá, agora chega do corinho né.
Seth: Relaxa, ano que vem você já vai estar na idade de ser considerado.
Paris: Não fala ‘considerado’ perto dele, você é doido?!
Seth: Quis dizer, na idade de ser escolhido.
Matt: Só continuem descendo calados que talvez nós achemos os outros mais ra...
Melina: Finalmente!
Paris: Há!
Matt: Não quero ouvir nenhum comentário sobre a maldição da minha boca.
Ao mesmo tempo que eles estavam chegando ao fim das escadas do térreo, os outros estavam entrando no castelo.
Seth: Agora a gente precisa entender o que esse sinal significa.
Paris: A gente tava achando que era pra evacuar.
Olivia: Evacuar? Na verdade, é o contrário.
Todos olharam para Olivia.
Seth: Como assim?
Matt: Como eu não me lembrei disso antes? Esse é o sinal...
Olivia: ...de quarentena. É.
Paris e Sam: Quarentena?!
Melina: E agora? A gente só fica parado ouvindo esse alarme idiota?
Matt: Não, vamos pro Salão Principal.
Seth franziu o cenho.
Seth: Como vocês dois sabem de tudo isso?
Matt e Olivia: Manual do Monitor.
Paris rolou os olhos.
Paris: Porque eu não estou surpresa?
Sam: Mas porque a gente tá de quarentena? É sobre aquele alarme no Ministério?
Matt: A gente acha que sim, o Seth disse que foi no Departamento de Execução das Leis da Magia.
Melina: Mas então o que? Alguém descumpriu alguma lei dos Aurores? Tipo... Tem um assassino a solta? Alguém fugiu de Askaban ou o que?
Matt: A primeira pessoa a fugir de Askaban foi Sirius Black e ninguém mais conseguiu depois disso com exceção dos que tiveram ajuda dos comensais.
Sam e Olivia se entreolharam.
Olivia: E se... Bem...
Paris: E se o que, Olivia?
Sam: E se alguém estiver em Hogwarts?
Matt: Bom, ai a quarentena ia fazer sentido.
Seth: Mas eles iam nos deixar presos com um assassino? Os futuros bruxos que iriam ocupar os cargos deles?
Melina: Agora melhor a gente ir pro Salão, eles devem falar alguma coisa.
--
Paris: Por que essa demora?
Seth: Relaxa, eles só devem estar esperando todo mundo entrar.
Paris: Pelo menos não tem alarmes nem luzes aqui.
Seth: Ainda consigo ouvir.
Olivia mordeu o lábio, brincando com os dedos.
Sam (sussurrando): Para com isso.
Olivia (sussurrando): Não dá. E se for ela?
Sam (sussurrando): Então eles vão te fazer perguntas. Mas você nem eu sabemos de nada, então são só perguntas.
Olivia (sussurrando): Não sei.
Sam (sussurrando): Tá na cara que você tá nervosa, Olivia. Você não tá enganando ninguém.
Olivia (sussurrando): Não dá, tá? Eu não sou você.
Olivia sai de perto de Sam e vai mais pro lado de Paris e Seth.
Melina observando, franzi o cenho e dá a volta, puxando Matt de lado.
Melina: Preciso falar com você.
Matt: O que foi?
Melina: Vocês não perceberam como a Olivia e o Sam estão estranhos?
Matt: Como assim?
Melina: Eu sempre achei ele meio estranho, como quem tá escondendo alguma coisa...
Matt: Isso é implicância, Mel, você sabe disso.
Melina: Eu sou filha de auror, Matt, eu sei dessas coisas.
Matt: Tá, mas e dai?
Melina: E dai que eu estava com ele quando o alarme tocou e ele surtou.
Matt: Surtou como? Conta direito, Melina.
Melina: Ele jogou tudo no chão, ficou maluco atrás da Olivia, gritando comigo pra ir pra dentro... E ela chegou rapidinho, maluca atrás dele do mesmo jeito e eles se abraçaram como se eles achassem que não iam se ver nunca mais.
Matt: Eles são a família um do outro, você sabe, é claro que um ia estar preocupado com o outro.
Melina: Não foi como preocupação foi como se... Não sei, se eles fossem culpados de alguma coisa.
Matt: Melina, eu te adoro, mas isso é demais. Culpados? Eu entendi que foi uma reação um pouco grande mais, mas mesmo assim...
Melina: Depois a Olivia foi perguntar uma coisa e o Sam sabia exatamente o que era.
Matt: Aquilo de alguém estar em Hogwarts?
Melina: É, e agora eles estão sussurrando por ai.
Matt arregalou os olhos.
Matt: Espera ai...
Melina: O que foi?
Matt: Espera, estou tentando pensar... Você acha que eles estão, tipo, fugindo de alguém?
Melina: Como assim?
Matt: Eles estavam preocupados de alguém estar aqui dentro, ora.
Melina: Caramba... Faria sentido. Ele foi correndo atrás dela e me mandou ir embora, podia estar querendo proteger ela, não fugir de alguma coisa.
Matt: Eu não sei o que é, mas você tem razão, tem alguma coisa rolando. Só não... Não fala pros outros, eu e você vamos ficar de olho neles.
Melina assentiu com a cabeça, encarando Sam que, ela percebeu assustada, olhava para onde eles estavam.
Seth: Ei loirinha, tá tudo bem?
Olivia se embolou um pouco com as mãos e não encarou Seth.
Olivia: Tá.
Seth: Sério? Porque você parece meio nervosa.
Olivia: Tá tudo bem, só... Não estou gostando disso.
Seth: Hm... Tá.
Auror: Boa tarde, alunos de Hogwarts. Desculpe o transtorno, é uma pena que tenhamos que ocupar o seu tempo, então vamos explicar o porquê disso.
Paris (sussurrando para Seth): Não estou gostando desse cara.
Auror: O ministério está em alerta, buscando por uma velha fugitiva. Então não, essa mulher nunca esteve presa, mas ela desapareceu após cumprir uma série de crimes. Só que agora, outra série de crimes estão aparecendo e eles se encaixam no perfil dela, o que nos leva a crer que ela está disposta a voltar com seus ataques como no passado. Vocês devem estar se perguntando o que Hogwarts tem a ver com isso. Bom, nós acreditamos que Hogwarts possui algo que ela queira. Uma coisa que ela deixou para trás nos seus primeiros ataques e que precisa para completar os novos.
Olivia lançou um olhar nervoso para Sam, que apenas continuou a olhar para frente.
Auror: Então, o objetivo dessa quarentena é bem simples. Ninguém entra, nem ninguém sai. Se ela estiver aqui dentro, não conseguirá sair e se tiver lá fora, bem, nós estamos livrando não só vocês da sua ameaça, como todo o mundo mágico, já que ela não vai conseguir o que deixou aqui. Aurores do Ministério ficarão aqui, o que inclui a mim, já que a quarentena já se iniciou. O que esperamos de vocês é bem simples: virem uma mulher que não lecione em Hogwarts, comuniquem imediatamente a um ministerial, professor ou monitor, o primeiro que encontrarem e absolutamente não se envolvam.
Paris rolou os olhos.
Auror: Por ora gostaríamos de falar com alguns alunos de cada uma das casa, mas não se preocupem, é apenas um procedimento padrão com algumas questões de rotinas sobre o que vocês viram hoje, se viram, e assim em diante. Aqueles que por ventura tiverem visto algo suspeito devem nos procurar para relatar mesmo sem terem sido chamados. Podemos, diretora?
McGonagall assentiu silenciosamente da sua cadeira.
O auror nem sequer hesitou, sem nem olhar a ficha na sua mão.
Auror: Sonserina, Olivia Jordan Farley.
Sam a encarou, mas dessa vez ela não correspondeu. O salão inteiro se virava para ela agora, na verdade.
Seth: Olivia...
Paris: Vai lá, Oli.
Melina e Matt trocaram olhares enquanto Olivia ia andando até o Auror e era levada para uma porta atrás da mesa dos professores.
Era uma passagem e levava até a sala da diretora.
Olivia se sentou na cadeira de frente para a mesa de McGonagall, mas era um cara alto de cabelos castanhos com uma cicatriz perto do olho esquerdo que estava sentado no lugar dela.
Rockfeller: Olá Olivia, eu sou o Diretor do Departamento de Execução das Leis da Magia, Jonathan Rockfeller e eu vou precisar te fazer algumas perguntas para você hoje sobre uma mulher chamada Elizabeth Farley Chevalier.
Olivia não respondeu nada, apenas com o nome da mulher ecoando na sua cabeça. Não ajudava que o cara na sua frente fosse o pai de uma de suas melhores amigas.
Rockfeller: É claro que as perguntas que vamos fazer pra você vão ser um pouco diferentes das que nós diríamos pros outros que faríamos já que se trata da sua tia, certo?
Olivia: Vocês vão sair falando o nome dela pra todos que entrarem nessa sala?
Rockfeller: Não se preocupe, a única outra pessoa além de você que vai entrar nessa sala ouvir o nome dela é seu primo. Mas me desculpe, senhorita Farley, eu é quem devo fazer as perguntas aqui. O que eu quero saber é, há quanto tempo você não a vê?
Olivia: Eu nunca a vi, o Ministério sabe disso.
Rockfeller: Bom, isso é o que consta na sua ficha, mas nunca é demais perguntar. Como você se sente por ser uma sonserina?
Olivia (surpresa): Como eu... Como eu me sinto?
Rockfeller: É, sendo uma sonserina com o sangue dos Farley.
Olivia: Como qualquer outro.
Rockfeller: Qualquer outro Farley sonserino?
Olivia: Não! Qualquer outro bruxo! Eu sei... Eu sei o que você está tentando fazer, mas isso não é sobre sangue. Minha mãe é grifina e eu fui criada...
Rockfeller: Sabemos quem é sua mãe. Mas e seu pai? Biológico.
Olivia: Meu pai? Eu...
Olivia virou o rosto e respirou fundo.
Olivia: Eu não sei.
Rockfeller: Que engraçado, porque sua mãe respondeu rapidinho quando a gente perguntou pra ela.
Olivia: Ela fez isso?
Rockfeller: Fez sim, nós até temos o nome dele aqui, você quer saber?
Olivia: Ela... Hm, tem que me dizer quando quiser.
Rockfeller: Ah é? E o que você faria se ela te dissesse, iria atrás dele?
Olivia: Não.
Rockfeller: Não? Por que você não liga pra ele ou o odeia?
Olivia: Porque eu simplesmente não o conheço.
Rockfeller: Interessante...
Olivia: Espera um segundo. Isso é sobre...? Você quer saber se eu mataria o meu pai?!
Olivia levantou, empurrando a cadeira.
Olivia (com raiva): Eu não... Eu não sou obrigada a ficar aqui ouvindo isso!
Rockfeller: Senhorita Farley, eu vou ter que pedir que se sente novamente.
Olivia encarou a cadeira por um longo instante antes de se sentar de novo.
Rockfeller: Como é sua relação com seu primo?
Olivia: Nós somos próximos.
Rockfeller: O quão próximos?
Olivia: Minha mãe criou nos dois juntos, então como irmãos, eu diria.
Rockfeller: Você sabe que essa é uma resposta que poderia te complicar, certo?
Olivia: Eu não minto e não tenho nada pra esconder sobre a minha vida.
Rockfeller: E sobre a vida dele?
Olivia: Os segredos não são meus para contar.
Rockfeller: Bonito. Isso significa que você está ciente do que ele fez?
Olivia: Sim.
Rockfeller: Você conheceu...
Olivia (interrompendo): Não.
Rockfeller: ...seus avós?
Olivia: Ah. Sim.
Rockfeller: Quantos anos você tinha?
Olivia: Seis.
Rockfeller: Vocês se dão bem?
Olivia: Eu vou apostar que um desses papeis é o atual testamento deles, então você sabe a resposta.
Rockfeller: Tudo bem. Vou mudar a pergunta então. Por que você foi deserdada?
Olivia: Simples, eu sou ilegítima.
Rockfeller: Porque quando sua mãe teve você ela era solteira, suponho. E seu padrasto?
Olivia: Meu pai, você quer dizer, é o que ele é pra mim.
Rockfeller: Só nos resta falar sobre a sua tia mesmo então. O que você sabe sobre ela?
Olivia: Só que ela é minha tia e que foi sonserina.
Rockfeller: Você tinha sete anos quando ela atacou pela última vez, mas o que eu quero saber é se está ciente sobre os crimes que ela cometeu contra Joanne Farley?
Olivia: Sim.
Rockfeller: Você seria capaz de jurar lealdade ao Ministério contra Elizabeth Chevalier?
Olivia: Sim.
Rockfeller: Você seria capaz de jurar lealdade ao Ministério contra Samuel Chevalier?
Olivia não respondeu, apenas olhou para baixo.
Rockfeller: Era só isso, senhorita Farley, está liberada.
Ele se levantou, abrindo a porta para ela.
Olivia: Espera.
Ela se levantou.
Olivia: Se ele estiver do lado dela, sim. Eu seria capaz.
Rockfeller sorriu e acenou em afirmação com a cabeça e Olivia saiu da sala. Um auror que estava vigiando a porta entrou.
Rockfeller: Eu quero dois aurores vigiando todos os passos dessa menina. Se a lealdade dela é mesmo ao Ministério, Lizzie não vai demorar a vir atrás dela pra mudar isso.
--
Sam: Ela tá demorando.
Paris: Relaxa, você ouviu o que o cara falou, devem ser só umas perguntinhas chatas, mas o pior é que sendo certinha igual à Olivia ela, ela nem deve tentar saber mais sobre essa tal e os crimes.
Seth: Pra quê você quer saber isso?
Matt (sussurrando): Será que seu pai tá no caso?
Melina (sussurrando): Se estiver eu vou descobrir o que a Olivia tem com isso. O que for não deve ser culpa dela.
Matt (sussurrando): Já entendi onde você quer chegar, para de implicar com o Sam.
Paris: Ela voltou.
Paris foi abraçar a sonserina.
Paris: Como foi?
Olivia: Tudo bem, só umas perguntas normais.
Paris: Não falei? Descobriu mais alguma coisa?
Olivia: Hm... Não, parece que os últimos crimes foram há muito tempo mesmo, tipo uns sete, oito anos.
Paris: E sobre o padrão dos crimes que ele falou?
Sam: Como é que ela vai saber?
Paris: Perguntando, oras.
Seth: Paris sendo Paris.
Olivia: Ele não falou nada sobre a mulher, só ficou perguntando. Mas valeu por terem me esperado aqui. A gente já pode voltar para as atividades normais, então?
Melina: É, mas nada fora do castelo, nem nos terrenos.
Paris: Eu acho que vou ficar aqui sondando um pouco. Quer ficar, Oli? Mel? Bisbilhotando como sempre?
Olivia: Amiga, nem o ministério vai salvar a gente do teste da McGonagall.
Paris: Por que todo mundo fala nisso?!
Sam: Bom, dessa vez acho que eu vou ficar.
Melina: É, agora fiquei curiosa.
Melina lançou um olhar nada discreto para Sam.
Matt: Então vamos todos ficar aqui?
Olivia: Eu passo galera, desculpa.
Paris abraçou Olivia mais uma vez e ela se despediu do resto, que voltava a jogar Xadrez Explosivo como antes dela chegar.
Seth (franzindo o cenho): Espera.
Seth observou Olivia passar pela saída e balançou a cabeça.
Paris: O que?
Seth: Nada. Só não vai roubar nessa rodada.
Paris (maliciosamente): Não te garanto nada.
--
Melina entrou na Sala da Diretora.
Rockfeller: Meu amor!
Melina: Pai? Merlin! É você que está dirigindo o caso?
Rockfeller: Oi filha, tudo bem comigo sim, e com você?
Melina: Desculpa, só fiquei surpresa.
Melina abraçou o pai rapidamente.
Melina: Então você chamou pra me fazer perguntas mesmo ou só pra me sondar?
Rockfeller: Sondar a minha filha é algum crime?
Melina: Mas e o caso? Algum progresso?
Rockfeller: Não, ninguém viu nada. Mas nós estamos de olho na isca.
Melina: E a isca é... Uma coisa mesmo?
Rockfeller: Como assim, Melina?
Melina: Nada. Bobeira.
Rockfeller: Melina...
Melina: Ah, pai, sei lá, é que do jeito que aquele Auror falou eu pensei que pudesse ser alguma coisa ou alguém, só isso.
Rockfeller (sério): Pare de bobeira, Melina.
Melina: Desculpa. Mas qual é a dessa mulher mesmo, ein pai?
Rockfeller: O que você precisa saber é que ela é perigosa.
Melina: Ah, isso todos são.
Rockfeller: Não, filha, é sério. Ela é capaz de tentar coisas contra a própria família. É como eu sempre digo, nunca subestime um assassino sem saber a ficha dele.
Melina gelou.
Melina: Ela tem família então?
Rockfeller: Todo mundo tem família, Melina.
Melina: É que pelo jeito que você falou eu pensei que ela tivesse matado eles.
Rockfeller: Ela tentou. E alguns morreram. Mas isso não foi obra dela.
Melina: Como assim, pai?
Rockfeller: Eu estou falando demais.
Melina: Você sempre fala dos seus casos comigo.
Rockfeller: Esse não é um caso qualquer.
Melina: Porque é em Hogwarts? Ou porque envolve um aluno?
Rockfeller: Já falei pra tirar essa ideia da cabeça?
Melina: Você só está me fazendo acreditar que é verdade.
Rockfeller: Melina...
Melina: Tem a ver com o Samuel Chevalier, não tem?
Rockfeller: Melina chega! Isso é um absurdo, você já chegar aqui no meu trabalho acusando um colega de classe sem provas. Eu queria conversar com você, mas você está impossível hoje.
Melina: Você não me respondeu.
Rockfeller: Nosso tempo acabou.
Melina: O que? A Olivia ficou aqui por bem mais tempo!
Rockfeller: O nosso tempo acabou porque você o encurtou, Melina, não tem nada a ver com meus questionários. Eu quero que você fique longe desse caso, não quero descobrir que você está envolvida no meu trabalho.
Melina bufou e seu virou, andando até a porta.
Rockfeller: Melina?
Melina: O que foi?
Rockfeller: Só... Fica longe desse garoto.
Então ela saiu batendo a porta.
--
Melina chega ao Pátio da Torre do Relógio.
Melina: Esse lugar nunca ficou tão lotado.
Paris: Estamos em falta de espaços abertos.
Melina: Percebi.
Paris: Onde você estava?
Melina: Com o meu pai.
Paris: Seu pai tá aqui? O caso é dele, não é?
Melina: É. Eu só descobri agora.
Paris: Me diz que pelo menos você tirou alguma coisa dele.
Melina: Eu tentei.
Paris: E...?
Melina: Nada.
Paris: Por que você tá mentindo?
Melina: E por que você tá sendo grossa assim?
Paris: É o meu jeito.
Melina: O pior é que eu sei.
Paris: Ih, é o dia de todo mundo ficar estranho agora?
Melina: Como assim?
Paris: Você, a Olivia, o Sam... Aconteceu alguma coisa antes de vocês encontrarem a gente?
Melina: Espera você também reparou que eles estão estranhos?
Paris franziu a testa.
Paris: Era isso que você não parava de cochichar com o Matt?
Melina (surpresa): O que?
Paris: É, eu reparei na saidinha de vocês. Você esquece que eu tenho um terceiro olho pra essas coisas. Eu até falei com o Sam no salão.
Melina: Você falou com ele que eu e o Matt estávamos conversando sobre ele?
Paris: Ah, então é sobre ele?
Melina: Paris!
Paris: Não, Melina, é obvio que eu não falei que era sobre ele, até porque eu não sabia. Só perguntei se ele sabia qual era a de vocês.
Melina: Qual é a minha?! Qual é a dele!
Paris: Você vai me explicar ou vai ficar rodando em círculos mesmo?
Melina: Você mesma falou que achou ele estranho hoje.
Paris: Eu falei que eu acho que aconteceu alguma coisa antes de vocês encontrarem a gente.
Melina: Aconteceu. Eu acho que quem quer que seja essa mulher, tá atrás deles.
Paris: Deles?
Melina: Sam e Olivia.
Paris: Amiga, eu posso te perguntar porque alguém em sã consciência na face dessa terra ia estar atrás da Olivia sendo que essa menina não faz nada de errado? É até chato às vezes.
Melina: Foi isso que eu falei pro Matt, eu acho que é coisa do Samuel.
Paris: Eu não estou acreditando que você foi fazer fofoca pro Matthew ao invés de vir falar comigo.
Melina: Não é fofoca.
Paris: Tá, mas a gente vai investigar, porque eu não vou deixar vocês dois saírem apontando o dedo na cara de ninguém antes de eu saber exatamente o que tá acontecendo.
--
Rockfeller: Samuel Chevalier...
Sam: Sim, que bom que sabemos meu nome, mas por que você não vai direto ao ponto?
Rockfeller: Chevalier, eu te dei uma chance de vir pra essa escola contanto que você não me causasse mais nenhum problema.
Sam: Você não está aqui porque eu te causei algum problema, está?
Rockfeller: Só queria ter certeza que você soubesse que se você tivesse algo com esse problema, esse seria um problema seu.
Sam sorriu cinicamente.
Sam: Que bom que isso já foi esclarecido. O que mais?
Rockfeller: Tenho algumas perguntas para você, naturalmente.
Sam: Previsível. Pode perguntar.
Rockfeller: Quando foi a última vez que você viu sua mãe?
Sam: Você sabe muito bem qual foi à ocasião.
Rockfeller: E ela nunca mais tentou contato?
Sam: Para a sorte dela não.
Rockfeller: O que isso significa? Que você a mataria?
Sam: Depois do que ela fez?
Rockfeller: Segundo os registros não foi ela quem fez.
Sam: Eu não ligo para o que os seus registros dizem. Eu é que estava lá.
Rockfeller: Ainda sim ela é sua mãe.
Sam: Você é um auror, não cabe a você dizer o que ela é minha. Mãe é alguém que se importa. Joanne é minha mãe, não essa mulher.
Rockfeller: E como foi vir para Hogwarts depois de tudo isso? Como um sonserino?
Sam: Não me venha com esse papo de Sonserina, é isso que é, só papo. Eu não me sinto diferente do que eu era. Ser de uma casa não muda ninguém.
Rockfeller: Não quando você já é, certo?
Sam: Não. Não é assim que funciona. Você não é uma coisa por causa da sua casa. Você está em uma casa porque você é uma coisa.
Rockfeller: E a sua prima? O quanto ela é parecida com você?
Sam: Se você ainda estiver falando desse negócio de Sonserina, o que eu tenho pra te dizer é que ela é outro tipo de sonserina que eu. Ambiciosa, defensiva, esperta, ela espera alguma coisa boa da vida. E ela também é boa de coração.
Rockfeller: E você não?
Sam: Mesmo que eu diga que sim, você vai anotar o que você mesmo acha. Isso não é uma auto avaliação, é um questionário.
Rockfeller: O que sua mãe falava da outra parte da família? Sua tia, sua prima...?
Sam: Você provavelmente também sabe essa, então não sei nem qual é o motivo desse questionário. Me fazer dizer em voz alta? Que seja. Ela achava que a irmã dela sujava o sangue da família. Mas se minha opinião conta de alguma coisa, ela estava errada. Era ela que sujava tudo que ela tocava.
Rockfeller: E o resto da família dela?
Sam: Bom, você sabe o que aconteceu com essa parte. Ela sujou também. Ela percebeu que ter o sangue dela não tornava as pessoas iguais a ela, nem na cabeça, nem no coração, então ela teve que fazer o que fez. Estragar tudo.
Rockfeller: Você quer dizer...
Sam se levantou, empurrando a cadeira para trás e batendo na mesa.
Sam (com raiva): Não. Eu não vou responder sobre isso. Você não tem o direito de falar sobre isso.
Ele balançou a cabeça se acalmando e sentou.
Sam: Isso é sobre a volta dela então pergunte sobre isso e pare de ficar tentando mexer com a minha cabeça.
Rockfeller: Você acha que ela estaria atrás de mim?
Sam: Atrás de mim? Como eu disse, só se ela tiver perdido a noção do que ela me fez pra tentar algo comigo.
Rockfeller: Não quis dizer para te matar. Quis dizer pra se juntar a ela.
Sam: Ela não tem motivo, porque sabe que eu nunca faria isso. Ela tentou me transformar nela e sabe que as coisas que ela faz não tem efeito em mim.
Rockfeller: Perdoe-me, mas não é isso que parece.
Sam: Como assim?
Rockfeller: Ela conseguiu muito bem o que queria, ela te transformou.
Sam: Não do jeito que ela queria.
Rockfeller: Tem certeza?
Sam: Você não sabe nada sobre mim. Você acha que ela foi capaz de me transformar em um assassino sem coração? Você falou com a Olivia. Você acha que ela me defenderia se eu não tivesse um coração?
Rockfeller: Te defender?
Sam ficou em silêncio sem entender.
Rockfeller fez um movimento com a varinha e lá atrás, a penseira saiu do lugar. Com outro movimento da varinha, ele projetou o que se passava nela logo acima da mesma.
Rockfeller: Você seria capaz de jurar lealdade ao Ministério contra Samuel Chevalier?
Olivia não respondeu, apenas olhou para baixo.
Rockfeller: Era só isso, senhorita Farley, está liberada.
Ele se levantou, abrindo a porta para ela.
Olivia: Espera.
Ela se levantou.
Olivia: Se ele estiver do lado dela, sim. Eu seria capaz.
A imagem se dissipou com um movimento da varinha de Rockfeller e a penseira voltou ao lugar.
Rockfeller: É isso. Obrigada pelo seu tempo, senhor Chevalier.
Anna Kolhs Müller
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