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Quarto do Sean

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Mensagem por Anna Kolhs Müller Sáb 11 Ago - 20:06

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Última edição por Ana Evans Potter em Dom 2 Fev - 13:19, editado 1 vez(es)
Anna Kolhs Müller
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Quarto do Sean Empty Re: Quarto do Sean

Mensagem por Anna Kolhs Müller Dom 2 Fev - 13:17


Break the ice then the cold heart!
Strike the heart for love frozen by fear is beautiful and menacing
Eu pensei que mal entraria na mansão DiBord e me colocariam para fora. Errei. A primeira coisa que fizera depois de chegar de Londres - antecedida por Los Angeles - foi ver como estavam as coisas por lá. Deixei minhas malas no carro que ganhara de presente - adiantado - de aniversário. Eu me lembrava. Não de tudo, mas do por quê. De porque eu tinha me afastado. E agora que ficara claro eu não me odiava como antes. Entendia o que tinha feito. Não era nenhuma bobagem. Quando bati na porta, a senhora DiBord veio atender, sorrindo ao me ver. Disse que sentia minha falta e agora o Sean vivia quieto, enfiado no quarto. Perguntei se ele estava e ela negou, mas me pediu para entrar. Eu obedeci. Fomos andando até a sala. Era muito bonita mesmo. Notando minha expressão ela rapidamente perguntou se estava bem. Apontei para a minha cabeça. "Amnésia." expliquei. Em seguida, franzi o cenho. "Sean não contou a senhora?" perguntei, confusa. Ele contara para meus amigos e não contara nada a ela? Estranho. Sean contava tudo a mãe, pelo que Julie me dissera a uns dias atrás. A senhora DiBord acabou dizendo que ele não contara nada, mas não tinha problema. Contei a ela que tinha batido a cabeça quando fui atacada por um bando de mascarados, omitindo a existência da Armada e que Sean estava perto. Acabei conversando sobre minha viagem a Los Angeles e ela se animou, me enchendo de perguntas, até que ela disse que eu podia esperar Sean voltar, se quisesse. "Tudo bem se eu subir? Dá para ver meu quarto do dele." pedi, ao que ela assentiu, sorrindo. Nem se quer pensou que pudesse acontecer alguma coisa. Dei de ombros, me levantando. Ela pareceu se lembrar de alguma coisa e me chamou. Disse-me que ultimamente o quarto andava trancado e que ela não tentava entrar porque sabia que ele ficaria uma fera. E de uns tempos pra cá ele andava realmente furioso. Hesitei, mas acabei subindo.
Estava mesmo trancado. Ia levantar a varinha para lançar um "Alohomora" quando lembrei que não pudia ainda. Rolei os olhos e descolei o papelão onde se lia "Quarto do Sean". Atrás dele, havia uma chavinha envolvida em fita crepe. Presa ali. Arranquei-a de lá e colei o papelão na parede novamente. Encaixei a chave e girei-a, abrindo a porta. Estava tudo como eu imaginei: quebrado. Ele ainda não podia fazer nada a respeito, faltava algum tempo pro 16 anos, pra ser maior de idade e poder fazer feitiços fora de Hogwarts. Mas agora parecia pior. A televisão estava trincada. Me ajoelhei no chão frio, coberto de fotos. Fotos rasgadas. As fotos que antes ele havia jogado no chão estavam jogadas na cama, cortadas. Os pedaços cortados estavam no chão. Todos eles tinham só a minha imagem. Tinham, porque agora estavam rasgados em milhões de pedacinhos. Achei um dos meus olhos, meu braço, minha blusa, meu queixo. Quando vi, era tarde. Já estava deitada sobre elas, chorando, com uma delas na mão. Essa, tinha minha imagem inteira. Peguei a foto que completava. Era uma foto dele. Tentei desesperadamente encaixá-los. Não havia como. Estava tudo rasgado, acabado. Sem jeito de colar, de voltar no tempo. Tudo que eu nunca havia chorado eu chorava agora. Mal respirava, quando o fazia, eu tentava puxar o ar pela boca, fazendo barulhos estranhos, chorosos. Grunhia, soltando gritos abafados. Pus meu braço na boca, mordendo-o desesperada até que senti o gosto de sangue na minha boca. Choraminguei sem tirar o braços de lá, continuando a chorar.
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Mensagem por Sean Wittels. DiBord Dom 2 Fev - 14:15


02 FEBRUARY 2014 @ 16:40 PM.

 

an unexpected reunion.


 

THE KING!
sean dibord

 
David podia ser meu melhor amigo, mas ele era bem chato mesmo. Pensei que seria legal passar um tempo com ele enquanto as meninas saiam umas com as outras, mas eu achei que ele não fosse parar de falar nunca mais. Acabei chegando a conclusão de que nossa amizade funcionava mais quando Ana e Julie estavam por perto mandando ele calar a boca. Eu achava que era implicância delas, mas agora entendia que não era. Ele podia até ser engraçado, mas só até um limite de palavras. Como se ele fosse um Twitter ou algo assim. Acabei dando um tapinha nas costas dele e me despedindo.

Em casa não era tão bom também. Logo que cheguei minha mãe disse "oi" e eu mal respondi. Só queria voltar a ficar sozinho. Ela começou a dizer alguma coisa que eu mal entendi e só prestei atenção quando cheguei ao fim da escada. "...alguém te esperando, SEAN!". Ela acabou berrando. - Manda ir embora. Resmunguei, mas antes que ela respondesse bati a porta e entrei no quarto. Ouvi um berro e presumi que fosse ela. Até ouvir de novo. Não era um grito comum, era como se ela estivesse chorando. Mas não era ela. Vinha de dentro do quarto. Agarrei a primeira coisa que vi - um bastão de baseball quebrado ao meio -, avançando para trás da cama. Levantei o bastão por cima da cabeça, pronto pra atacar, mas quando cheguei ao outro lado da cama abaixei-o, surpreso e assustado. Nunca tinha visto nada disso antes. Nunca a vira chorar. Abri a boca uma três vez para dizer alguma coisa, mas nada vinha. Ela estava ali, deitada no meio das fotos rasgadas, em cima dos cacos de vidro, chorando como se se desse conta que nunca mais conseguiria consertar nada daquilo. Talvez ela estivesse certa. - Que diabos você está fazendo aqui, Anabelle?! Acabei berrando. Peguei-a pelo braço que estava em cima da boca, levantando-a. - SAIA DA... Parei quando ela olhou pra mim. Mas não eram os olhos dela que eu encarava. Sangue. Sangue escorria pela boca dela. Olhei para o braço que eu segurava. Mais sangue. - Mas que droga, Ana! Você... Tentei dizer, mas eu não conseguia. Nunca sequer a vira chorar e quando acontecera chegava a isso?
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Mensagem por Anna Kolhs Müller Dom 2 Fev - 14:39


Break the ice then the cold heart!
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"EU? AH, CALA A BOCA, SEAN." explodi. Sim, era eu. Eu naquelas fotos, eu rasgadas, eu quebrada, eu completamente acabada. Não era isso que ele queria? Que acabasse? Bem, eu estava acabada. Não havia sobrado mais nenhum pedacinho meu naquelas drogas de lembranças. Balancei o braços, me soltando das mãos dele. Não estava machucando. Não fisicamente. Costumam dizer que quando eu explodo é como uma bomba. Explode tudo que der pra explodir. Cuspi sangue nas minhas próprias foto espalhadas pelo chão. "Eu vim aqui porque eu me lembrei. Me lembrei do por quê de ter me afastado e..." parei, choramingando e engasgando com o sangue que sobrara. Cobri o rosto com as mãos, chorando antes de continuar. Acabei gritando e deixando as mãos caírem ao lado do corpo de novo. Agarrei-o pelos ombros. "Eu não posso ser egoísta com você, Sean. Quer dizer, eu deveria, mas não posso. Por isso me afastei, por isso, quando vim aqui pela primeira vez, soube que deveria te contar se lembrasse. Mas agora eu entendi o que tudo isso significa." continuei, deixando que as lágrimas caíssem e que as lembranças invadissem a minha cabeça. Tudo parecia voltar agora. A Ana que eu sempre fora parecia voltar e falar pela nova a Ana, a confusa, que não sabia de nada, a que tentava entender. Aquela Ana, que todos diziam ser burra era tão... tão inteligente, tão audaciosa, tão cuidadosa. Aquela que eles diziam ser sem coração, na verdade, talvez tivesse o maior de todos. Ela nunca deveria ter ido embora. Mas ela ia antes de que levassem a memória dela, porque ninguém sabia valorizá-la. E ela nunca ligara. Nunca demonstrara, pelo menos. Era fraca sim, mesmo sem querer admitir e quando as lembranças dessa Ana sumiram, trouxeram quem ela era pra fora. E dos dois jeitos ela foi zombada. Por ser muito forte e por se preocupar demais."VOCÊ SE MANTEVE DISTANTE QUANDO EU MAIS PRECISEI DE VOCÊ. VOCÊ USOU O QUE ACONTECEU COMO DESCULPA, O QUE É MUITO INJUSTO, PORQUE EU NEM SABIA O QUE ERA!" gritei, chorando com mais força. As lágrimas quase pulavam do meu rosto. "Por sua causa eu fiquei assustada. Me senti desprotegida. Você não me protegeu como sempre prometeu que faria. E eu tentei não ser egoísta e pensar que tudo bem, você tinha esse direito, MAS NÃO É JUSTO VOCÊ PODER ME ESQUECER, PODER SE AFASTAR E EU NÃO PODER TE ESQUECER, PORQUE QUANTO MAIS VOCÊ SE AFASTASSE MAIS EU TERIA CERTEZA QUE PRECISAVA DE VOCÊ." coloquei todas as forças em cada uma daquelas palavras e acabei desabando de joelhos, berrando e chorando, em cima das foto, em cima dos cacos, que cada vez se quebravam mais.
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Mensagem por Sean Wittels. DiBord Dom 2 Fev - 15:00


02 FEBRUARY 2014 @ 16:40 PM.

 

an unexpected reunion.


 

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sean dibord

 
Vê-la cuspir o próprio sangue nas fotos rasgadas foi o fim. O fim pra mim. Me senti acabado, como se ela tivesse cuspido em mim. Depois tentei prestar atenção e juntar as palavras do que ela dizia. Ela sabia porque tinha se afastado de mim afinal. E continuou com isso? Ou não? Ela estava aqui, não estava? Tinha visto que era uma bobeira ou só viera para dizer na minha cara que estava certa por ter ficado distante? Avancei com o braço esticado para acariciar as costas dela e pedir que parasse de chorar quando voltou a levantar o rosto e a falar, se aproveitando da proximidade e me puxando pelos ombros. Se afastar tinha sido egoísta sim, é claro. Qualquer um em sã consciência saberia disso. A não ser que...  - Ana, você fez por... Tentei perguntar, mas ela apertou mais meus ombros. Tinha umas mãozinhas de ferro. Ela tinha se afastado porque estava tentando me proteger? Eu não precisa de proteção. E proteção contra o que? Eu é que devia protegê-la. Ainda mais agora. E ela entendeu e começou a gritar comigo exatamente o mesmo em que eu pensei. E estava certa. Mas ela tinha me machucado mais do que protegido. Me ajoelhei na frente dela, envolvendo-a nos braços, a cabeça dela embaixo do meu queixo. - Ana... Ei, Ana! Chamei-a, afastando-a delicadamente, só o suficiente para que ela pudesse me olhar nos olhos. - Pare de agir como... Como você! Você já é uma heroína. Não precisa provar mais isso a ninguém. Agora você já pode contar comigo, tá? Pare de fazer tudo sozinha, pare de querer agir só. Eu estou aqui, mas você tem que confiar em mim. Pedi, abraçando-a de novo. - Tá? Sussurrrei.
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Quarto do Sean Empty Re: Quarto do Sean

Mensagem por Anna Kolhs Müller Seg 17 Fev - 21:26


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"Eu..." murmurei. Esqueci-me do porque gritava. Como se as lembranças, aquela Ana que pensava tivessem se esvaído de novo. Elas reapareciam e sumiam de novo. Era muito frustrante. Não aguentei mais. Chorei tudo que eu guardava. A frustração, o desespero, o medo. Soluçava, gritava, esperneava. Sean me abraçou com mais força. Gritei, chorando mais. Minha cabeça doía, como se estivessem martelando nela. Agarrei a blusa de Sean, puxando o mais, puxando o tronco dele até a minha boca. Meu grito saiu abafado como eu esperava. O choro e a gritaria foi cessando e eu continuei soluçando com o rosto colado na barriga dele. Ele passava a mão pela minha cabeça dizendo que tudo bem, que eu devia chorar o quanto quisesse, que ter sentimentos não era ruim. Descarregá-los não era ruim. Tirei a cabeça do tronco dele, lentamente, o encarando nos olhos, sem soltar a camisa dele. "É?" perguntei como uma criancinha curiosa. Ele afirmou, franzindo o cenho, não entendendo onde eu queria chegar. Mas eu sabia onde eu estava querendo chegar. Voltei a puxá-lo pela blusa, mas agora puxei-o mais pra baixo, o rosto dele de encontro ao meu. E o beijei. Logo que os lábios dele tocaram os meus, larguei-lhe a camisa e segurei-o pela nuca. Sean perdeu o equilíbrio e de repente eu estava em cima dele. E depois ele rolou e ele estava em cima de mim. Depois eu. E depois ele novamente. E os cacos no chão machucavam. Mas as roupas doíam mais. E eu não sabia de quem era aquela camisa no chão. Nem aquele jeans. E como fomos parar aqui em cima da cama mesmo? E, de repente, ninguém estava em cima de ninguém. As roupas não estavam mais lá pra machucar. A cama era fofinha e o lençol quentinho. Mas o meu sonho não foi melhor que a bagunça que acontecera. E nem um pouco melhor que os beijos dele que eu ainda podia sentir no meu pescoço. Não tinham uma sensação melhor do que arranhar as costas dele. A Ana que não pertencia a ninguém encontrara um dono?
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